*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 18 de março de 2011

O doce veneno do pecado: A prostituta antiga era o oposto das esposas santas. Hoje, nossas mulheres da "vida" são chamadas de "garotas de programa" e fazem da cultura do entretenimento tanto quanto os filmes sobre elas.

A prostituta contemporânea não é uma marginal; ela está no centro do sistema, como os advogados, banqueiros ou dentistas. A exploração e violência continuam, claro. Mas a aura obscura do pecado se desfez. [...].

Antes, as "decaídas" precisavam do casamento sagrado que as excluía. A micheteira antiga era uma necessidade fisiológica, uma extensão, um "puxadinho" das famílias, para compensar a tristeza do amor conjugal. [...] Arnaldo Jabor – para o estadãonline15 de março de 2011 | 0h 00

Gosto desse lado Nelson Rodrigues do Jabor - seu mestre inspirador, fato que ele nunca negou. Destaquei estes fragmentos do texto “O doce veneno do pecado”, publicado hoje (15.03), na sua coluna do estadão. As marcações, em negrito, são minhas. O “puxadinho das famílias...” é bom demais. Veja o texto na íntegra no link abaixo.     

O Serviço Geológico dos EUA, agência americana que estuda terremotos, elevou nesta segunda-feira (14) de 8,9 para 9 a magnitude do forte tremor que atingiu a costa do Japão na sexta-feira. Agora, o terremoto subiu de sétimo para quarto na escala de intensidade da agência, empatado com o tremor de 1952 na Rússia, o de 1700 na região da Califórnia (EUA) e de 1868 no Peru. – G1 – 15.03.11

O único estatístico que eu gostei chamava-se Antonio Nocetti Bahia, formado pela ENCE do Rio, mas que trabalhava como analista de sistemas no meu tempo de SERPRO. Também foi o único que conheci ao vivo. Estatístico só são humanos, porque comem, bebem e de vez em quando, morrem - até tenho dúvida se morrem, pois nunca fui a enterro de nenhum e nunca vi no jornal, na coluna Notas Fúnebre, nada como: “A família do José, estatístico, tem o doloroso dever etc...”. Mas cachorros e gatos também tem essas mesmas propriedades, - comem, bebem e de vez em quando, morrem - e não são humanos e muito menos estatísticos.  

Você já deve estar de saco cheio do porque deste discurso, principalmente se é um estatístico, mas explico: os tais, só raciocinam em números. São planilhas Excel encarnadas; os cromossomos, das suas sequencias de DNA, só tem uma função: explicar a frequência da ocorrência de eventos. Só! Para eles não existem emoção nas situações que envolvem o dia a dia do Planeta seja o peido de uma vaca lá no interior do Mato Grosso, um avião que despencou com 200 pessoas a bordo ou um terremoto, como esse que atingiu o Japão. Não importa, é tudo evento.

Se você tem um amigo estatístico e comentar com ele que seu casamento vai mal, com certeza, essa será a arenga: -Eu sabia, pois desde de que você se casou com Maria Helena, esse evento, desculpa, esse relacionamento tinha como probabilidades 23,12% de dar certo, 75,18% de vocês se separarem e 1,70%  de ela lhe matar e olha, com uma pequena margem de erro de 0,4%.

Existiu um cara chamado Plavov que descobriu, e quase por acaso, através do estudo do comportamento dos cães, um negócio chamado reflexo condicionado. Que, resumindo numa simplória explicação, seria algo como “um condicionamento do comportamento”, portanto para encerrar esta prosa, que já está com seu tempo esgotado, estatísticos têm, assim como os cachorros, gatos e os “politicamente corretos”, reflexos condicionados. E tem mais, não morrem, viram estatísticas, assim como o Bahia, que ninguém mais viu, sumiu!? Virou um “%”.  

O Corinthians estuda oferecer um "contrato de produtividade" ao atacante Adriano, 29, que recentemente encerrou seu vínculo com a Roma. A idéia é vista, no clube, como a melhor chance de proteção contra a "instabilidade" do atacante, que coleciona problemas extra-campo. Folhaonline 16.03.11

Legal isso por parte do Corinthians. Resta saber se todas as partes têm o mesmo consenso sobre o significado das palavras: contrato, produtividade, instabilidade e extra-campo. Isso devidamente esclarecido, ótimo, todos ao trabalho cumprindo os compromissos acordados. Todos ao trabalho? Vixe, será que tem isso na proposta?

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