*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sábado, 23 de abril de 2011


O lançamento mundial de um medicamento produzido à base de maconha pela farmacêutica britânica GW Pharma, reacendeu as discussões entre os especialistas brasileiros sobre o uso medicinal da droga no País. Por aqui, o princípio ativo do remédio, usado para aliviar a dor de pacientes com esclerose múltipla, não é permitido. O Brasil é signatário de tratados diversos que consideram a substância ilícita, o que dificulta inclusive o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre as propriedades terapêuticas da planta e suas reações no cérebro. Pesquisadores ouvidos pelo JT comparam a importância do estudo da cannabis sativa com a relevância do ópio para o desenvolvimento da morfina – medicamento essencial para o tratamento da dor aguda. E reforçam o argumento de que a possibilidade de uso medicinal não é sinônimo de liberação ou legalização da droga. “O medicamento tem estudo clínico, existem proporções corretas das substâncias usadas, imprescindíveis ao seu funcionamento”, defende Hercílio Pereira de Oliveira Júnior, médico psiquiatra do Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, da USP. estadãonline 18.04.11

Mas o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira, é mais radical: [...] Paulo defende a liberação do plantio de maconha e a criação de cooperativas formadas por usuários. Num recente debate sobre o assunto, o deputado disse que a política de "cerco" às drogas é "perversa" e gera mais violência. [...] O líder do PT disse que: “...se comer sanduíches do McDonald's, talvez o maior crime, não é proibido, o governo não poderia impedir também o plantio de maconha”. [...] "Cabe ao Estado dizer que faz mal à saúde. Não existe crime de auto-lesão. Se eu quero, eu posso usar, tenho direitos como usuário. E isso o Estado não pode te negarconforme publicação da folha.com 18.04.11

É complicado fazer alguma coisa séria neste país, pois se por um lado a legislação entrava as pesquisas de cunho científico, por outro tem maluco querendo vender hamburger de maconha em rede nacional - e é líder de um partido político na Câmara. “O Brasil não é um país sério” – frase atribuída a Charles de Gaulle, embora alguns afirmem que ele nunca disse isso, mas não importa se foi De Gaulle, Madonna, Chico Anísio, Sandy&Júnior ou Ana Bolena, a verdade é: -Não é sério!

O brasileiro reclama de barriga cheia de sua Câmara dos Deputados. A da Itália acaba de aprovar lei que pode livrar Silvio Berlusconi do banco dos réus em metade dos escândalos em julgamento envolvendo o primeiro-ministro. Tuttyvasquez estadãonline 18.04.11

Eu já havia proposto a troca do primeiro-ministro pelo o terrorista Cesare Battisti, preso no Brasil – veja blog de 07.04.11 – mas ninguém me leva a sério. Não tem aquele mote que diz, “isso é a cara de fulano” ou “fulano me lembra muito isso”, é o caso do Berluscone, ele é a cara do Congresso Brasileiro, é caso de amor a primeira vista.

Há dois meses, o motorista Ricardo José Neis, de 47 anos, atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre e deixou 17 feridos. Em entrevista ao Fantástico, ele tentou explicar o motivo de seus atos. “Eu nunca tive a intenção de provocar a morte dessas pessoas. Eu nem conhecia eles, não teria nenhuma razão para matá-los”, afirmou. “Eu só pensei que, se eu parasse, eu seria linchado. Minha única alternativa era sair dali”, disse. Orientado pelos dois advogados, [...] “Naquele momento, naquela situação, eu estava sendo agredido, eu entrei em pânico”, afirmou G1 18.04.11

O que não faz um bom advogado, mais um pouco eles vão processar os 17 ciclistas por falso testemunho,   perturbação da ordem pública e coação moral. 

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