*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Subiu para nove o número de mortos neste sábado (2) em Kandahar em novos protestos contra a recente queima de um exemplar do Alcorão nos Estados Unidos, um dia depois da morte de sete funcionários da ONU no ataque mais violento contra as Nações Unidas desde a invasão do Afeganistão em 2001. Os protestos deste sábado começaram no centro de Kandahar (sul do Afeganistão) e se ampliaram a outros pontos. A polícia enfrentou os manifestantes, que seguiam para os escritórios da ONU e para os edifícios do governo provincial. – G1 02.04.11

Você pode entrar na casa do cidadão, bater na sua cara, amassar seu carro, beijar a sua mulher na boca e depois ainda botar fogo na casa que as reações serão bem diferentes das que se você entrar na casa do mesmo cidadão e, somente, queimar o seu exemplar do Alcorão. Aí o Bicho pega (assim mesmo, Bicho maiúsculo). Você será esganado de imediato, depois esfolado em praça pública e suas sétimas próximas gerações serão amaldiçoadas a viver no fogo dos infernos Afegãos - quem com certeza queimam mais que o inferno dos católicos. A pior doença que pode se abater sobre um povo é a cegueira, mas não aquela que restringe, até certo ponto, a interação do indivíduo com o mundo físico, mas a que impede que a luz da razão ilumine os porões da mente, bloqueando a liberdade de arbítrio do pensamento de um homem, de um grupo e até mesmo de toda uma nação. O tal do século XXI, em muitos lugares desse mundão afora, só chegou mesmo no calendário, pendurado na parede.

Lembra dos velhos filmes de faroeste? Então repara neste diálogo:
Fala o bandido: Como é que bota na selva amazônica centenas de homens sem mulheres. Era preciso ter bordeis nos canteiros de obras.
Fala o mocinho: O movimento é trabalhista. Associá-lo a uma abstinência sexual é, neste sentido, colocar a mulher como objeto de consumo, é mais que um desrespeito, é um crime, uma violência contra as mulheres. 

Só tem um pequeno detalhe: a “fala do bandido” é do deputado Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical, em reunião para discutir sobre as greves nas obras do PAC. Já a “fala do mocinho” é de Atnágoras Lopes trabalhador vinculado ao movimento CONLUTAS, uma dissidência da CUT. Precisa comentar?  Não, né. C.Dantas

Esse diálogo, fruto dos meus delírios, foi inspirado: 1. na nota sobre o deputado Paulo Pereira, divulgada pelo Ancelmo Gois; 2. na nota sobre o trabalhador Atnágoras Lopes, divulgada pelo Jorge Bastos Moreno - veiculadas, respectivamente, nos dias 01 e 02, (deste mês de Abril), em suas colunas do jornal O Globo.

Vocês dizem que eu implico com o Piauí, mas veja esta notícia do jornal o Globo: “O ideal seria que a gente pudesse ter uma legislação uniforme. Mas é um risco você desrespeitar as tradições locais. O Piauí tem um calor intenso de meio-dia às 15h, é quase impraticável trabalhar” – Marcus Faver, presidente do Colégio Permanente dos Presidentes dos TJs. – jornal O Globo -02.04.11

Traduzindo o “é um risco você desrespeitar as tradições locais”, o que sua excelência gostaria de dizer em verdade era: “Cuidem das suas relações trabalhistas de acordo com as leis que regulam os Trabalhadores e o Trabalho do lado de lá da margem deste caudaloso rio que nos separa, mas não interfiram naquilo que não é de suas competências, pois na margem de cá, deste mesmo rio, das regras, cuidamos nós e PONTO FINAL

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