*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

[...] italianos dizem que os tortellini têm o formato do umbigo de Vênus, mas este parâmetro [...], não é universal, felizmente. A variedade de umbigos - côncavos, convexos, redondos, alongados, etc. - é, mesmo, uma das coisas que nos diferenciam um dos outros. Muitas coisas nos unem. Somos todos bípedes mamíferos. [...] Somos portadores de uma linha ininterrupta de DNAs triunfantes, portanto, e essa ascendência idêntica nos permite não só um sentimento de família como um certo orgulho do que conquistamos como espécie. A Natureza e os germes têm feito o possível para interromper nossa linhagem, mas perseveramos e prevalecemos. Pelo menos até agora.

Nossas diferenças estão nos detalhes. Machos e fêmeas, para começar pela diferença mais óbvia. A cor da pele, a diferença mais superficial e sem importância que existe. E detalhes mínimos, como o formato do umbigo. Sabe-se que há muito mais destros do que canhotos no mundo, mas que tipo de umbigo tem a maioria? E que porcentagem lembra um "tortellini"?

O umbigo tem causado controvérsias há gerações. Discutiam se nas imagens do Paraíso, Adão e Eva deveriam aparecer com ou sem umbigo, já que não tinham nascido de partos normais e sim feitos por Deus. Uma corrente justificava a presença de umbigos no primeiro casal como uma espécie e "imprimatur" do Criador, um carimbo bem no centro do corpo garantindo o equilíbrio da imagem e a autenticidade da obra. Outros encerravam a questão argumentando que, como Deus tinha criado o Homem à sua imagem, apenas reproduzira em Adão e Eva seu próprio umbigo, e quem ousava especular sobre a origem do umbigo de Deus? Na arte religiosa, os umbigos de Adão e Eva permaneceram. Como símbolo, ao mesmo tempo a marca da nossa ligação vital com o ventre materno e através dele com a nossa ascendência comum, com o cordão metafórico que atravessa os séculos e nos conecta todos ao começo da espécie, e à marca da nossa individualidade. [...] E temos os umbigos para provar.  Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo - 04.11

Isso foi antes do photoshop – o Criador Eletrônico. Por exemplo, a atriz Fernanda Vasconcelos ficou sem seu umbigo em um comercial das “Havaianas” – e sabe-se lá quantas outras, que posam por aí, não tiveram seus umbigos alterados? Quem garante que o umbigo da sua namorada é verdadeiro ou criação de algum photoshop materno? Quem sabe, quando Deus quando criou Adão e Eva, não tenha recorrido ao seu photoshop versão cósmica, para criar os umbigos bíblicos e assim garantir a autenticidade da Sua obra ou, parodiando o “imprimatur” do Veríssimo, a logo marca das humanas criaturas?  

O herói dos quadrinhos Super-Homem disse que iria renunciar à cidadania americana na edição 900 da revista "Action Comics". "Eu pretendo falar na ONU e informá-los que eu estou renunciando minha cidadania americana. Eu estou cansado que minhas ações sejam sempre interpretadas como parte da política americana. Pois, a verdade, a justiça e o 'jeito americano'... não são mais suficientes", diz. Segundo segundo o site The Huffington Post, o herói quer trabalhar em uma escala internacional. A mudança acontece depois que o Super-Homem vai para o Irã, para ajudar as pessoas envolvidas nos protestos contra Ahmadinejad, o que leva o presidente a achar que os Estados Unidos estavam declarando uma guerra contra o país. Desde que foi criado, em 1938, o Super-Homem era uma representação daquilo que os Estados Unidos pensava. Folha.com30.04.11

Pensou o mesmo que eu pensei, né? Pois é, mais um que vai acabar se filiando ao novo partido do Kassabi, mas já andam dizendo que a Globo está sondando o Super numa participação do BBB12... Agora, aqui pra nós: foi um baque no orgulho americano, coisa de político baixo, sem apego aos seus ideais - uma traição ao povo que acreditava nele. Ainda bem que estas coisas não acontecem por aqui! Me refiro, lógico, a super-heróis. O único super-herói que tivemos foi o Pelé, mas já se aposentou em comum acordo com seu arqui-inimigo, Diego Maradona, em compensação “coisa de político baixo, sem apego aos seus ideais” tem de penca...   

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