*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

domingo, 25 de setembro de 2011

Rock in Brazil

Comissão da Verdade: de Nova York, a presidente Dilma resistiu duramente a proposta do DEM de impedir que vítimas da ditadura participassem da Comissão da Verdade, mas teve de ceder. A conversa ocorreu, por telefone, com um ministro e deputados num banheiro da Câmara. O Globo - 23/09.

Sem entrar no mérito da questão: não tinha local mais adequado para discutir o assunto. Jung ia ficar maravilhado - as pessoas certas no lugar adequado. Isso é que é sincronicidade. Mas, segundo minha amiga Cacau, “banheiro da Câmara” é redundância.

Considerado um dos locais com mais áreas verdes na capital paulista, o câmpus da Universidade de São Paulo (USP) no Butantã, zona oeste, vai perder 1.328 árvores nos próximos meses. Essa pequena mata, equivalente a um Parque Trianon ou da Aclimação, vai dar lugar a um conjunto de museus planejado pela reitoria desde 2001. O corte é um dos maiores aprovados neste ano pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. "O problema é que serão cortadas árvores adultas, robustas, que trazem um grande benefício para o clima daquela região". Já essas mudas [de árvores que serão replantadas em outro local] só trarão efeito similar daqui a 20 ou 30 anos", disse o ambientalista Carlos Bocuhy. [...] Para Bocuhy, o local é inadequado para uma obra desse porte. [...] O plano da USP é erguer no local o chamado "Parque dos Museus", um conjunto de 53 mil m² [...] que será sede do Museu de Arqueologia e Etnologia e do Museu de Zoologia. Rodrigo Burgarelli - O Estado de S. Paulo 23.09

Trocar uma “pequena mata” por um "Parque dos Museus", só entre os neurônios retrógados desta reitoria. Será que não há outro lugar, em São Paulo, pra construir esses museus? Que tal a mansão dos Maluf? E a secretaria que aprovou esta barbárie é a “do Verde e do Meio Ambiente” imagina se fosse a dos “Engenheiros e Reitores”...

Está em discussão no governo a proposta de uma emenda à Medida Provisória 540 (que aumenta o IPI do cigarro) que beneficia a indústria do cigarro e impede a completa adoção de três importantes formas de combate à política antitabagista em discussão no País: o fim dos fumódromos, o fim da adição de produtos ao tabaco e alterações nos maços do cigarro. O texto, negociado com a benção do próprio Ministério da Saúde, foi enviado esta semana para análise do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Agricultura. As medidas serviriam como uma espécie de compensação para a indústria do tabaco que, a partir do próximo ano, terá maior carga de impostos para seus produtos. estadao.com.br 23.09

A gente não tem muito pra onde correr mesmo. Na nota anterior, vimos a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, de São Paulo, que autoriza a matança de mais de 1300 árvores para dar lugar a prédios de um conjunto de museus... o MEC edita e distribui cartilhas que validam regras ortográficas bem suspeitas... e o Ministério da Saúde negocia com as fábricas de cigarros a aberração desta emenda à Medida Provisória 540.  Abaixo uma notícia bônus, deste blog, para você:

“O livro didático ‘Por uma vida melhor’, que virou alvo de uma polêmica por ensinar português com erros de concordância, não precisará mais ser recolhido pelo Ministério da Educação. O juiz federal Wilson Zauhy Filho, de São Paulo, entendeu que o material pode continuar nas mãos de alunos do ensino público porque, segundo ele, não há tempo para comprar novos livros para este ano letivo”. O Globo  23.09

E ainda querem liberar as drogas.

Nos últimos dias, a Saúde ganhou espaço na imprensa com um noticiário emblemático da grave crise do setor. No Rio de Janeiro, a espantosa e inaceitável via crucis de um acidentado por cinco unidades da rede pública encerrou todos os elementos dessa dramática, desumana situação. No episódio [...] um rapaz que, com politraumatismo, saiu de Duque de Caxias e só conseguiu ser internado depois de um calvário de sete horas e 80 quilômetros, ouvindo recusas. Na capital fluminense, deu-se também outro exemplo do caos, com o fechamento do centro cirúrgico do Hospital Pedro Ernesto, onde moscas invadiram um espaço por definição asséptico.

Vistos isoladamente, esses casos poderiam ser atribuídos apenas a ineficiências do sistema [de saúde] fluminense. [...] soube-se, por pesquisa da Comissão Nacional de Biossegurança, que cem mil pessoas morrem por ano no Brasil por infecção hospitalar. São dados que nacionalizam inquestionavelmente a tragédia da Saúde. [...] A estatística da comissão mostra que a cada 365 dias morrem quase duas vezes mais brasileiros em hospitais - por princípio um espaço de preservação da vida – do que o total de soldados americanos abatidos em batalhas durante toda a Guerra do Vietnã. Jornal O Globo 25.09

Comentários? Não os tenho. Ando meio enjoado, deve ter sido alguma coisa que comi no almoço. 

A banda americana R.E.M. acabou! Isso quer dizer o seguinte: Nada, absolutamente nada! Relaxa, vai! Tuttyvasques estadao.com.br 23.09

Levando em consideração a resenha de notícias acima, esta não deixa de ser uma nota fúnebre da melhor qualidade.

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