cartão corporativo 1 - É como se diz em Frei Paulo: cachorro mordido
de cobra tem medo até de linguiça. O caso dos cartões corporativos, em 2008,
parece ter surtido efeito no Ministério dos Esportes. Em 2007, lembra? O ministro
Orlando Silva gerou polêmica ao usar o cartãozão para comprar tapioca. Pois bem. Neste primeiro semestre, a pasta só
gastou R$ 843,39.
cartão corporativo 2 - Veja como o cartão corporativo do governo virou
parceiro da Polícia Federal. Em 2008, quando o benefício passou ser usado nas
operações, os agentes gastaram R$ 6.329.157,67 no cartão. No ano passado, foram
R$ 12.650.136,43, quase 100% mais. Ancelmo Gois - O Globo
Se
o Ministério dos Esportes usou o “cartãozão” pra comprar tapiocas, a Policia
Federal deve ter usado na compra de balas! Não?!
O bicheiro Carlinhos
Cachoeira prometeu, durante depoimento à Justiça Federal de Goiânia, nesta
quarta-feira (25), se casar com Andressa Mendonça "no primeiro dia"
após ser libertado. Eles vivem juntos, mas não são oficialmente casados . Ao
ser perguntado pelo juiz se era casado, ele afirmou: "É uma pergunta
difícil", arrancando risadas do público, e emendou: "Se o MP me
liberar, no primeiro dia, tá?", disse, olhando para a mulher Andressa que
estava sentada no local destinado aos familiares.
O juiz, então,
perguntou o endereço do bicheiro, e ele disse: "Agora tenho que perguntar
para ela. Nem sei mais. Estou segregado há cinco meses", disse.
Andressa, então,
tentou intervir para falar o endereço ao bicheiro. E o juiz advertiu: "Não
pode, não, dona Andressa. É só ele aqui". [...]
Depois, quando o
juiz perguntou se ele teria outras observações a respeito das acusações,
Cachoeira respondeu: "Só queria falar porque o sofrimento é muito grande,
e a oportunidade é grande. Ela me deu a nova vida [olhando para Andressa]. Eu
te amo, tá?" E Andressa falou do público: "Eu também."
Advertido pelo juiz
de que não poderia falar com pessoas que assistiam à sessão, ele disse:
"Essa declaração eu queria fazer em público, e hoje eu estou sofrendo
demais porque eu virei um leproso jurídico. Hoje, quem me deu voto, até agora,
foi o desembargador Tourinho [...] Isto me dói muito, este processo que eu
estou passando, mas um dia tudo vai ser esclarecido e vão saber quem eu
sou." G1oglobo
Fala
sério, isso tá mais pra “Em Nome do Amor” programa do Silvio Santos, que
ficou famoso pelo bordão: “É namoro ou amizade?” Essa CPI,
definitivamente é um grande show. Como dizem, se jogar uma lona por cima, vira
um circo e dá até pra cobrar entrada. Será o primeiro circo pornopolítico do
mundo, com direito a sessões privadas para exibição de hotvídeos. Aliás, todas
as sessões, desta trupe, são restritas a adultos. Agora, cá pra nós, aonde será
que se enquadra, dentro da análise forense, a figura do “leproso jurídico”? Nem
a turma do CSI, seja em Las Vegas ou Miami, sabe disso.
Dennis Hearne, até
1º. De Agosto, quando retorna ao seu país, é o cônsul-geral dos EUA, no Rio. Em
entrevista a Mauro Ventura, na Revista de Domingo, Jornal O Globo, falando
sobre a grande melhora na infraestrutura do consulado, que atualmente passou de
quase cem dias para menos de uma semana, a emissão de vistos, disse: “Emitimos
até dois mil vistos por dia. É de grande ajuda para nossa economia esse fluxo
de brasileiros. E é um movimento que aproxima nossos povos”.
“Nossos”
o que cara-pálida? Esse papo só rola enquanto a turma daqui tiver grana pra
gastar por lá e ponto final. Trocando em miúdos: tem americano preocupado com o
“nossos povos”, não. E se tiver, seria motivo para nos preocuparmos, pois quem
conhece bem esse papo, por exemplo, devem ser os descendentes dos 25 milhões de
índios, literalmente, exterminados do território americano, durante todo o
século XIX - um dos maiores genocídios da história da humanidade - superou até
o dos judeus na 2ª. Guerra Mundial. E tudo em nome da política oficial do
governo americano, para realizar seu PAC. E eu disse “por exemplo”.
Xó!
Dennis, bate o portão sem faze alarde, leve sua cidadania e identidades e a
certeza de que já vais tarde.
Virou unanimidade
entre os atletas de todo mundo a crítica que se faz na vila olímpica à
escalação de Maria Sharapova como porta-bandeira da Rússia na cerimônia de
abertura dos Jogos. A galera preferia vê-la desfilar em trajes de rainha de
bateria! tuttyvasques
Vejam,
não sou só eu, comunista ativo e de carteirinha, desde minha mais tenra
consciência de infante-promíscuo, que torce pela performance desta grande
nadadora - Ops! Erro nosso – esgrimista... enxadrista... tudo isso junto, sei
lá, tanto faz.
E outro dia, num
noticiário de tevê, apareceu a notícia de um sequestro relâmpago em que um dos
sequestradores filmou tudo com seu celular. Fico querendo adivinhar qual a
razão para isso e me ocorre que, em muitos criminosos, suas ações talvez
despertem um certo orgulho autoral e eles agora têm muitos recursos para
documentar seus feitos para a História. De qualquer maneira, presenciamos o
primeiro making of de um ato criminoso e espero somente que algum filósofo
francês não saiba disso e publique um livro designando essa atividade como uma
nova forma de arte, para que depois um porreta de uma agência governamental
qualquer ache isso científico e premie com absoluta impunidade qualquer
assalto, ou semelhantes, para o qual o seu autor haja preparado um making of de
qualidade, gerando empregos e estimulando a arte. É bom viver onde o seguinte
diálogo pode ocorrer:
- Então, como se foi
de assalto hoje?
- Ah, legal. Só
faltou me levar as calças, mas em compensação a crítica considera esse cara o
melhor diretor de filmagem de assalto do Brasil, tablete de 12 megapixels, tudo
muito profissional. Desta vez eu saio no Fantástico com certeza. Trecho
do texto “Luz, câmera, esculhambação” de João Ubaldo para o Globo/Estadão –
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