*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 27 de julho de 2012


cartão corporativo 1  - É como se diz em Frei Paulo: cachorro mordido de cobra tem medo até de linguiça. O caso dos cartões corporativos, em 2008, parece ter surtido efeito no Ministério dos Esportes. Em 2007, lembra? O ministro Orlando Silva gerou polêmica ao usar o cartãozão para comprar tapioca.  Pois bem. Neste primeiro semestre, a pasta só gastou R$ 843,39.
cartão corporativo 2 - Veja como o cartão corporativo do governo virou parceiro da Polícia Federal. Em 2008, quando o benefício passou ser usado nas operações, os agentes gastaram R$ 6.329.157,67 no cartão. No ano passado, foram R$ 12.650.136,43, quase 100% mais. Ancelmo Gois - O Globo

Se o Ministério dos Esportes usou o “cartãozão” pra comprar tapiocas, a Policia Federal deve ter usado na compra de balas! Não?!

O bicheiro Carlinhos Cachoeira prometeu, durante depoimento à Justiça Federal de Goiânia, nesta quarta-feira (25), se casar com Andressa Mendonça "no primeiro dia" após ser libertado. Eles vivem juntos, mas não são oficialmente casados . Ao ser perguntado pelo juiz se era casado, ele afirmou: "É uma pergunta difícil", arrancando risadas do público, e emendou: "Se o MP me liberar, no primeiro dia, tá?", disse, olhando para a mulher Andressa que estava sentada no local destinado aos familiares.
O juiz, então, perguntou o endereço do bicheiro, e ele disse: "Agora tenho que perguntar para ela. Nem sei mais. Estou segregado há cinco meses", disse.
Andressa, então, tentou intervir para falar o endereço ao bicheiro. E o juiz advertiu: "Não pode, não, dona Andressa. É só ele aqui". [...]
Depois, quando o juiz perguntou se ele teria outras observações a respeito das acusações, Cachoeira respondeu: "Só queria falar porque o sofrimento é muito grande, e a oportunidade é grande. Ela me deu a nova vida [olhando para Andressa]. Eu te amo, tá?" E Andressa falou do público: "Eu também."
Advertido pelo juiz de que não poderia falar com pessoas que assistiam à sessão, ele disse: "Essa declaração eu queria fazer em público, e hoje eu estou sofrendo demais porque eu virei um leproso jurídico. Hoje, quem me deu voto, até agora, foi o desembargador Tourinho [...] Isto me dói muito, este processo que eu estou passando, mas um dia tudo vai ser esclarecido e vão saber quem eu sou." G1oglobo

Fala sério, isso tá mais pra “Em Nome do Amor” programa do Silvio Santos, que ficou famoso pelo bordão: “É namoro ou amizade?” Essa CPI, definitivamente é um grande show. Como dizem, se jogar uma lona por cima, vira um circo e dá até pra cobrar entrada. Será o primeiro circo pornopolítico do mundo, com direito a sessões privadas para exibição de hotvídeos. Aliás, todas as sessões, desta trupe, são restritas a adultos. Agora, cá pra nós, aonde será que se enquadra, dentro da análise forense, a figura do “leproso jurídico”? Nem a turma do CSI, seja em Las Vegas ou Miami, sabe disso.

Dennis Hearne, até 1º. De Agosto, quando retorna ao seu país, é o cônsul-geral dos EUA, no Rio. Em entrevista a Mauro Ventura, na Revista de Domingo, Jornal O Globo, falando sobre a grande melhora na infraestrutura do consulado, que atualmente passou de quase cem dias para menos de uma semana, a emissão de vistos, disse: “Emitimos até dois mil vistos por dia. É de grande ajuda para nossa economia esse fluxo de brasileiros. E é um movimento que aproxima nossos povos”.

“Nossos” o que cara-pálida? Esse papo só rola enquanto a turma daqui tiver grana pra gastar por lá e ponto final. Trocando em miúdos: tem americano preocupado com o “nossos povos”, não. E se tiver, seria motivo para nos preocuparmos, pois quem conhece bem esse papo, por exemplo, devem ser os descendentes dos 25 milhões de índios, literalmente, exterminados do território americano, durante todo o século XIX - um dos maiores genocídios da história da humanidade - superou até o dos judeus na 2ª. Guerra Mundial. E tudo em nome da política oficial do governo americano, para realizar seu PAC. E eu disse “por exemplo”.
Xó! Dennis, bate o portão sem faze alarde, leve sua cidadania e identidades e a certeza de que já vais tarde.

Virou unanimidade entre os atletas de todo mundo a crítica que se faz na vila olímpica à escalação de Maria Sharapova como porta-bandeira da Rússia na cerimônia de abertura dos Jogos. A galera preferia vê-la desfilar em trajes de rainha de bateria! tuttyvasques

Vejam, não sou só eu, comunista ativo e de carteirinha, desde minha mais tenra consciência de infante-promíscuo, que torce pela performance desta grande nadadora - Ops! Erro nosso – esgrimista... enxadrista... tudo isso junto, sei lá, tanto faz. 



E outro dia, num noticiário de tevê, apareceu a notícia de um sequestro relâmpago em que um dos sequestradores filmou tudo com seu celular. Fico querendo adivinhar qual a razão para isso e me ocorre que, em muitos criminosos, suas ações talvez despertem um certo orgulho autoral e eles agora têm muitos recursos para documentar seus feitos para a História. De qualquer maneira, presenciamos o primeiro making of de um ato criminoso e espero somente que algum filósofo francês não saiba disso e publique um livro designando essa atividade como uma nova forma de arte, para que depois um porreta de uma agência governamental qualquer ache isso científico e premie com absoluta impunidade qualquer assalto, ou semelhantes, para o qual o seu autor haja preparado um making of de qualidade, gerando empregos e estimulando a arte. É bom viver onde o seguinte diálogo pode ocorrer:
- Então, como se foi de assalto hoje?
- Ah, legal. Só faltou me levar as calças, mas em compensação a crítica considera esse cara o melhor diretor de filmagem de assalto do Brasil, tablete de 12 megapixels, tudo muito profissional. Desta vez eu saio no Fantástico com certeza. Trecho do texto “Luz, câmera, esculhambação” de João Ubaldo para o Globo/Estadão – Leia na integra em: