*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 31 de julho de 2012


LONDRES - A presidente Dilma Rousseff aproveitou o início da tarde deste sábado em Londres para passear pelo Hyde Park, a maior área de lazer da capital inglesa, e fazer compras com a filha, Paula, por ruas próximas ao parque. A caminhada durou 50 minutos. [...] Durante o passeio, Dilma disse que gostou muito da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, mas, para ela, a festa no Rio em 2016 será ainda melhor: -Gostei, mas vamos fazer muito melhor. Vamos colocar uma escola de samba e abafar. oglobo.globo.com

Vixe! Certamente o encerramento da festa será com Robson Moura e Lino Krizz cantando o hino nacional brasileiro, numa levada “kuduro”, com o refrão, adaptado ao evento: “Ó Pátria amada, Idolatrada,Salve! Salve! Oi, oi, oi; no Ipiranga, uma loucura, as margens plácidas, mexe e remexe, oi, oi, oi... oi, oi, oi” (bisa 3 vexes). Paula Fernandes - nossa Shania Twain tupiniquim - faz a segunda voz no “oi oi oi”. E tudo isso conduzido pela Banda Xeiro Verde, sob a batuta de Rômulo Costa &  Priscila Nocetti, do grupo Furacão 2000. Precisa nem medalhas, mas vai ser preciso muito “kuduro” pra suportar as olimpíadas de 2016.

Já imaginou entrar no eBay e ver um anúncio de uma jovem de 21 anos sendo oferecida como noiva? Pois bem, isso aconteceu nos últimos dias. A americana Diane Hayes resolveu colocar a mão da sua sobrinha em casamento à venda no site de compra virtual. Por um precinho bem camarada: US$ 9,99 (R$ 20). [...] O que teria motivado o anúncio era a preocupação de Diane com os relacionamentos de Emilie. A menina não estaria conseguindo um bom parceiro e, então, sua tia resolveu dar uma "mãozinha". Mas não era qualquer candidato que garantiria a mão da jovem. Havia uma série de requisitos, como “não ter o corte de cabelo do Justin Bieber, piercings ou tatuagens, ter entre 24 e 28 anos, boa higiene, dirigir bem, ter diploma, ser democrata e dedicado a fazer um mundo melhor”. G1oglobo

A ideia não é de toda má, mas precisa ser trabalhada um pouco mais, pois, atualmente, de acordo com a baixa oferta do produto no mercado, não é recomendável fazer tantas exigências como a tia Diane fez. Mas, de qualquer maneira, “a mão” da sua sobrinha tá barata pra caramba!

Por falar em UPPs, Martinho da Vila, depois de dez anos, subiu o Morro dos Macacos, na sua Vila Isabel: -O morro está tranquilo. Mas eu esperava encontrar posto médico, Defensoria Pública, Juizado de Pequenas Causas, escolas. Entretanto, só vi polícia. Ancelmo Gois

Tio Martinho tá pior que a tia Diane, do post acima. Mas quem mandou bem sobre o assunto foi Cacá Diegues para o Globo de sábado. Deixa de preguiça, e pelo menos, lê o resumo: “O recente assassinato da soldado Fabiana de Souza, da UPP da Nova Brasília, no Complexo do Alemão, é uma trágica confirmação do que diz sempre o próprio José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do estado — a política de pacificação não resolve todas as questões da favela carioca, ela é apenas um primeiro e indispensável passo para que seus moradores sejam tratados como cidadãos. As UPPs recuperaram um território que estava ocupado por bandidos com armas de guerra, substituíram a opressão de criminosos pela justiça formal do Estado. Teoricamente, os moradores dessas comunidades não têm mais o que temer, eles podem exercer sua plena liberdade garantida pela constituição. [...] Se a UPP não for seguida por escola, hospital, saneamento, defensoria pública, emprego, daqui a pouco a polícia de ocupação terá que ir embora das favelas por inútil. Ou será obrigada a exercer a mesma opressão que o tráfico exercia para se proteger.”

“Temos o costume de considerar a questão pública como exclusiva do estado, único responsável por ela. Precisamos superar essa ilusão, cada um de nós, de qualquer lado, é corresponsável pelo espaço exterior à nossa casa, onde convivemos com os homens e as mulheres com quem formamos uma sociedade.’

“Esta semana, o AfroReggae organizou um primeiro encontro de seus “comandos” com uma população de favela, a do Cantagalo-Pavão-Pavãozinho. À mesa de debate estavam José Magalhães (inspetor da Polícia Civil), Sergio Dantas (oficial do Bope), Robson Holmes (ex-miliciano) e os ex-traficantes Carlos Alberto Santos, o Fofo (que foi do Terceiro Comando), Ademir Salerme, o Ziquinho, e Francisco Tostes, o Tuchinha (ambos foram do Comando Vermelho), e João Paulo (ex-ADA) [...] E, ao final, apoiaram o que Ziquinho, ex-chefe do tráfico em Vigário Geral, chamou de “as 5 facções (polícia, milícia e as três do tráfico) unidas para salvar o mundo”. E tudo começava com o que fazer depois das UPPs instaladas nas comunidades.”

“No dia seguinte, debaixo do Viaduto de Madureira, a Cufa (Central Única das Favelas), liderada por seu secretário-geral, Celso Athayde, inaugurava, na presença de moradores de favela e de autoridades do estado e do município, a LEC, Liga de Empreendedores Comunitários, destinada a atuar nas comunidades ocupadas ou não por UPPs. [...] Além de preparar profissionais para o mercado de trabalho, ela se destina a apoiar empreendedores comunitários, colaborando com os negócios que desejem montar, criando uma nova economia local. A LEC vai também incentivar parcerias com as empresas do asfalto a fim de que se instalem nas favelas, como já anda acontecendo com bancos, supermercados, empresas de hotelaria etc. 

E aí tiozinho, quem sabe tu não faz um show por lá, pra ajudar a comunidade, que há mais de dez anos tu não visitavas? Leia na íntegra o texto de Caca Diegues em: