*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Mentir faz mal para a saúde não apenas mental, mas física, indica um estudo feito nos Estados Unidos e apresentado nesta semana na reunião anual da Associação Americana de Psicologia. Segundo os pesquisadores, o hábito de mentir pode estar ligado a casos de dores de cabeça e de garganta. Parece roteiro de filme de comédia, mas os cientistas da Universidade de Notre Dame pediram para 55 pessoas não contarem mentiras, nem grandes nem pequenas, durante 10 semanas. No período, elas passaram por check-ups completos de saúde semanalmente. Outras 55 pessoas também foram avaliadas, mas não receberam nenhum pedido sobre não mentir. Segundo os resultados, o grupo que parou de mentir apresentou menos reclamações sobre seu bem estar. Eles estavam menos estressados e melancólicos e tinham dores de cabeça e garganta menos frequentes. G1oglobo

Sei não. Se isso funcionasse mesmo, pra valer, noventa por cento dos nossos políticos, governantes e assemelhados viveriam, na maior parte de seus tempos, internados em clínicas e/ou hospitais. O que, em tese, é um mal que não chega a ser assim, como dizer... mau. 

O ex-premier da Itália Silvio Berlusconi entrou para a lista dos “dez políticos mais perigosos da Europa” elaborada pela revista alemã “Der Spiegel”. Segundo a agência italiana Ansa, os políticos relacionados são definidos como “aproveitadores da crise que, com um populismo barato, tentam tirar vantagens na política interna”. Berlusconi - único político italiano do ranking - está ao lado de nomes como da francesa Marine Le Pen, do holandês Geert Wilders e do grego Alexis Tsipras. De acordo com a “Der Spiegel”, o ex-primeiro-ministro italiano usa slogans populistas contra o euro, para se eleger pela quinta vez. A publicação ainda lembrou algumas declarações do político sobre o retorno da lira e a possibilidade que a Itália imprima mais euros. oglobo.globo.com

Esperamos que a “Der Spiegel” restrinja suas pesquisas ao continente Europeu, se não esta lista vira uma edição especial do livro dos recordes, o “Guinness Book - Dedicated to Corruption” - e você sabe muito bem ao que me insinuo quando digo “restrinja suas pesquisas”. 

O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (8) o Projeto de Lei (PL) 4668/04, do ex-deputado e atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que retira da Lei de Contravenções Penais, o crime de vadiagem. [...] Atualmente, a lei prevê prisão simples de 15 dias a três meses a quem se entregar "habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita". Segundo o autor, a mudança tem o objetivo de adequar a legislação brasileira à realidade social e econômica. [...] revistaepoca.globo.com

José Eduardo, poupe-nos! Está claro que na atual realidade social, econômica e ele esqueceu o política, “ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo”. Se liga Zé, principalmente no que se refere a “prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita”.

O tempo dos wilsonbatistas, moreirasdasilva, vadinhos e mesmo João Francisco dos Santos Sant´Anna, o Madame Satã, já vai longe. Vadiagem atualmente requer esperteza e não malandragem; é necessário boa posição social; não é coisa pra marginal pé de chinelo; ladrão de galinha. Vadiagem hoje é atividade de elite, de gente bem informada, educada e preparada para tal. Estudos atuais revelam que o vocábulo “vadio” tem fortes ligações sociolinguísticas com a palavra mafiusu, no século XIX, que significava “alguém ambíguo, arrogante, mas destemido; empreendedor; orgulhoso”. Por essas e outras - e muito mais por outras do que por essas - é que “vadiagem” está sendo retirada das fichas-corridas das DPs e começa a fazer parte dos currículos, de alguns profissionais. E não confunda vadiagem com viadagem... mas no momento, é melhor deixar isso pra lá!

Aquarelas do Brasil - “Lá em Londres vez em quando me sentia longe daqui” e, sempre que isso acontecia, a primeira coisa que desgraçadamente me vinha à cabeça não era a letra aqui plagiada de Gilberto Gil para ‘Back in Bahia’. O Brasil de hoje tem trilha sonora de Michel Teló: “Ai se eu te pego, ai, ai, assim você me mata…”  Tem um tipo de música se criando de monte por aqui que você não consegue tirar de dentro nem quando está fora. Pode botar um oceano entre seus ouvidos e o grupo de pagode Sorriso Maroto e logo vai descobrir que faz parte de sua bagagem cultural o refrão “ai, ai, aiaiaiai, assim você mata o papai, ai, ai, aiaiaiai”.

O Brasil pode ser um país sem memória para outras coisas, mas vai tentar esquecer “eu quero tchu, eu quero tcha, eu quero tchu tcha tcha…” Impossível! Longe daqui, é mais fácil não pensar em Carminha, Nina, Leleco e Tufão do que apagar do inconsciente o ‘oioioi’ tema da novela das 9.
De volta ao país do mensalão, meu repertório de musiquinhas insuportáveis foi enriquecido por este “zero quinhentos dois mil e doze, zero sete, pra doar sete reais…” cantarolado por artistas da Globo na campanha ‘Criança Esperança 2012’. Ninguém merece, mas eu gostei de ter voltado! Tuttyvasques

Aproveitando a deixa do Tutty: “A prefeitura do Rio de Janeiro lançou nesta segunda-feira, 13, o clipe da canção-tema dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Chamado "Os Grandes Deuses do Olimpo Visitam o Rio de Janeiro", o samba-funk foi composto por Arlindo Cruz, Rôge e Arlindo Neto e produzido por Kassin. Para cantar a letra que fala da visita de deuses como Apolo, Posseidon, Hércules e Afrodite à cidade, foram convidados os cantores Zeca Pagodinho, Mart'nália, Ed Motta, Mr. Catra e a Velha Guarda da Portela”.

Veja o vídeo, no link abaixo, mas, por favor, abstenha-se de comentários em respeito a Fernanda Montenegro, Apolo, Posseidon, Hércules, a Velha Guarda da Portela e Afrodite que, com certeza, agradecerão. É um caldo insosso temperado pela falta de imaginação, frases de efeito e lugares comuns. Coisa de camelô oportunista, vendendo simbolismo pirata àqueles mais ufanados e distraídos turistas culturais. É um “mico ufanista”... mas que deve ter custado caro pra caramba. A sorte é que até 2016, muita coisa pode mudar e espero que a Lei de Murphy, em seu primeiro preceito, que determina: “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.” - vixe! - não vigore e nem atue, até chegarmos lá.