*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 28 de agosto de 2012


Sempre à frente de seu tempo, Tupã (435 km de São Paulo) fez publicar no Diário Oficial do Estado a primeira Escritura Pública de União Poliafetiva registrada em cartório da cidade entre um homem e duas mulheres do Rio de Janeiro. Parece que tem gente de todo o Brasil migrando para lá! Tuttyvasques

Ruth de Aquino em sua crônica “Eu vos declaro marido e mulheres”, publicada na revista Época, comenta: “O trio familiar [...] é do Rio de Janeiro e só foi para Tupã oficializar a união estável porque está ali uma tabeliã de cabeça aberta: a paulistana Cláudia do Nascimento Domingues. Ela faz doutorado na USP sobre “famílias poliafetivas”. Um nome pomposo que evita a armadilha da “poligamia” e confirma uma tendência: adaptar o Direito a uma realidade bem mais plural que o casamento tradicional. [...] São exceções, mas, quem sabe, moram no apartamento ao lado do seu. E, caso encarem com honestidade o “poliamor”, quem somos nós [...] para julgar o que é certo e errado na expressão do afeto e do desejo? ”

Guarde este conceito: “famílias poliafetivas”. Isso ainda vai dar muito o que falar. Agora fique atento ou atenta, pois é bom não ir com tanta sede a este pote, porque, se esta polivalente união, não der certo, o mel pode empedrar e o “restos a pagar” desta conta, serão proporcionais a quantidade de seus membros polidesquitados, ou seja: varias pensões alimentícias, várias ex-sogras, vários “isso fica comigo... não fica não”, vários Boletins de Ocorrências, vários etcs... e é sempre bom lembrar que, atuar em um universo polidimensional, requer muita habilidade, pois as situações ocorrem em varias dimensões, por exemplo: Fidelidade. Podem ocorrer casos de polibigamias ou seja, várias(os) amantes dentro desta poliesbórnia, esquizofrênica.

Neguinho inventou a/o amante-monogâmica, exatamente pra evitar que essa situação não se proliferasse em rede. Mas como disse a Ruth de Aquino “quem somos nós [...] para julgar o que é certo e errado na expressão do afeto e do desejo?”

Pra encerrar essa prosa, fiquemos com a sapiência de Nelson Rodrigues “Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém”.

A coluna teve acesso a "Anônima intimidade" do vice-presidente Michel Temer — uma coletânea de poemas escritos em guardanapos de papel, durante quatro anos de travessia na ponte São Paulo/Brasília. Prefaciado pelo também poeta Ayres Britto, presidente do Superior Tribunal Federal, o livro de Temer deverá ser lançado agora em outubro. Quem, como eu, já teve o privilégio de ler esses poemas surpreende-se ao encontrar, neste até então desconhecido Michel Temer, um homem arrebatado por paixões e recordações da infância e da juventude, vividas em solitárias sessões de filmes e leituras de obras clássicas [...]. Jorge Bastos Moreno – O Globo

A seguir, uma das duas “mostra da obra do poeta” publicadas na coluna do Moreno, intitulada “Cantiga infantil”:

Cadê o tempo?
Passou.
E os amores?
Acabaram.
E o desejo?
Esmoreceu.
E o sucesso?
Desapareceu.
E o entusiasmo?
Arrefeceu.
E a vida?
Acabou.

E o povo?
Dispensável.

O povo é assimétrico, dissonante, desarmônico. O povo tem ouvidos moucos aos compassos poéticos. O povo é oi, oi, oi, é o tchu e o tcham, complementando os espaços silenciosos nas entrelinhas das rimas enlevadas. O povo não tem papilas palatáveis para degustar uma Michele, ele quer abocanhar uma Suelen.

No meio disso, “os cães ladram e a Caravana passa”, soberba, poética, lírica, métrica, narcísica e indiferente aos vagidos desarmônicos, de alguns vira-latas, na beira, deste lixão social.

Como dizia minha vó, Da. Elizabeth, a primeira e única - pelo menos por parte de mãe: “O povo, meu filho, tem total liberdade de expressão, desde que não exceda seus limites socioeconômicos... e consequentemente, culturais, em resumo: desde que não morda ninguém, pode latir a vontade” 

Um fabricante de louças e metais sanitários de luxo mostrou em seu showroom em Fujisawa, perto de Tóquio, no Japão, um triciclo de 250cc com um vaso sanitário adaptado capaz de transformar o seu conteúdo, a cada descarga, em um biocombustível para alimentar a propulsão do veículo. G1oglobo - Foto: Koji Sasahara / AP Photo

Motos e triciclos, é óbvio, tem problemas com chuva intensa e, invariavelmente, é preciso parar e se abrigar até que a borrasca abrande. Com essa nova tecnologia, surgiu um novo problema: a prisão de ventre. O manual de instruções, do triciclo sanitário, recomenda que seu proprietário mantenha sempre uma caixa de Ducolax na bolsa, para evitar paradas por falta de combustível.


Não sabia que ele tinha fugido do Brasil. Perdi essa. Quem diria... caraca! Com aquela carinha, mansa. Aliais mansa até demais, né não? Não dá pra acreditar! Deve ter surtado... mas também, com aquela família, cá pra nós. Vai ser uma grande reviravolta nessa história. Mas é assim que se revelam as humanas criaturas. É a vida real imitando a ficção, meu brother.

Fui... tenho uma seção de Terapia por Choque Eletroconvulsivo, daqui a pouco. Fazer o que né, mas agente acostuma e até sente falta.