Sempre à frente de
seu tempo, Tupã (435 km de São Paulo) fez publicar no Diário Oficial do Estado
a primeira Escritura Pública de União Poliafetiva registrada em cartório da
cidade entre um homem e duas mulheres do Rio de Janeiro. Parece que tem gente
de todo o Brasil migrando para lá! Tuttyvasques
Ruth
de Aquino em sua crônica “Eu vos declaro marido e mulheres”, publicada na
revista Época, comenta: “O trio familiar
[...] é do Rio de Janeiro e só foi para Tupã oficializar a união estável porque
está ali uma tabeliã de cabeça aberta: a paulistana Cláudia do Nascimento
Domingues. Ela faz doutorado na USP sobre “famílias poliafetivas”. Um nome
pomposo que evita a armadilha da “poligamia” e confirma uma tendência: adaptar
o Direito a uma realidade bem mais plural que o casamento tradicional. [...]
São exceções, mas, quem sabe, moram no apartamento ao lado do seu. E, caso
encarem com honestidade o “poliamor”, quem somos nós [...] para julgar o que é
certo e errado na expressão do afeto e do desejo? ”
Guarde
este conceito: “famílias poliafetivas”. Isso ainda vai dar muito o que falar. Agora
fique atento ou atenta, pois é bom não ir com tanta sede a este pote, porque, se
esta polivalente união, não der certo, o mel pode empedrar e o “restos a pagar”
desta conta, serão proporcionais a quantidade de seus membros polidesquitados,
ou seja: varias pensões alimentícias, várias ex-sogras, vários “isso fica
comigo... não fica não”, vários Boletins de Ocorrências, vários etcs... e é
sempre bom lembrar que, atuar em um universo polidimensional, requer muita
habilidade, pois as situações ocorrem em varias dimensões, por exemplo: Fidelidade.
Podem ocorrer casos de polibigamias ou seja, várias(os) amantes dentro desta
poliesbórnia, esquizofrênica.
Neguinho
inventou a/o amante-monogâmica, exatamente pra evitar que essa situação não se
proliferasse em rede. Mas como disse a Ruth de Aquino “quem somos nós [...] para
julgar o que é certo e errado na expressão do afeto e do desejo?”
Pra
encerrar essa prosa, fiquemos com a sapiência de Nelson Rodrigues “Se todos
conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém”.
A coluna teve acesso
a "Anônima intimidade" do vice-presidente Michel Temer — uma
coletânea de poemas escritos em guardanapos de papel, durante quatro anos de
travessia na ponte São Paulo/Brasília. Prefaciado pelo também poeta Ayres
Britto, presidente do Superior Tribunal Federal, o livro de Temer deverá ser
lançado agora em outubro. Quem, como eu, já teve o privilégio de ler esses
poemas surpreende-se ao encontrar, neste até então desconhecido Michel Temer,
um homem arrebatado por paixões e recordações da infância e da juventude,
vividas em solitárias sessões de filmes e leituras de obras clássicas [...]. Jorge
Bastos Moreno – O Globo
A
seguir, uma das duas “mostra da obra do poeta” publicadas na coluna do Moreno,
intitulada “Cantiga infantil”:
Cadê o tempo?
Passou.
E os amores?
Acabaram.
E o desejo?
Esmoreceu.
E o sucesso?
Desapareceu.
E o entusiasmo?
Arrefeceu.
E a vida?
Acabou.
E os amores?
Acabaram.
E o desejo?
Esmoreceu.
E o sucesso?
Desapareceu.
E o entusiasmo?
Arrefeceu.
E a vida?
Acabou.
E
o povo?
Dispensável.
O
povo é assimétrico, dissonante, desarmônico. O povo tem ouvidos moucos aos
compassos poéticos. O povo é oi, oi, oi, é o tchu e o tcham, complementando os
espaços silenciosos nas entrelinhas das rimas enlevadas. O povo não tem papilas
palatáveis para degustar uma Michele, ele quer abocanhar uma Suelen.
No
meio disso, “os cães ladram e a Caravana passa”, soberba, poética, lírica,
métrica, narcísica e indiferente aos vagidos desarmônicos, de alguns vira-latas,
na beira, deste lixão social.
Como
dizia minha vó, Da. Elizabeth, a primeira e única - pelo menos por parte de
mãe: “O povo, meu filho, tem total liberdade de expressão, desde que não exceda
seus limites socioeconômicos... e consequentemente, culturais, em resumo: desde
que não morda ninguém, pode latir a vontade”
Um fabricante de
louças e metais sanitários de luxo mostrou em seu showroom em Fujisawa, perto
de Tóquio, no Japão, um triciclo de 250cc com um vaso sanitário adaptado capaz
de transformar o seu conteúdo, a cada descarga, em um biocombustível para
alimentar a propulsão do veículo. G1oglobo - Foto: Koji Sasahara / AP
Photo
Motos
e triciclos, é óbvio, tem problemas com chuva intensa e, invariavelmente, é
preciso parar e se abrigar até que a borrasca abrande. Com essa nova
tecnologia, surgiu um novo problema: a prisão de ventre. O manual de instruções,
do triciclo sanitário, recomenda que seu proprietário mantenha sempre uma caixa
de Ducolax na bolsa, para evitar paradas por falta de combustível.
Veja mais fotos em:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/08/descarga-alimenta-triciclo-com-biocombustivel.html?utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed
Não sabia que ele tinha fugido do Brasil. Perdi
essa. Quem diria... caraca! Com aquela carinha, mansa. Aliais mansa até demais,
né não? Não dá pra acreditar! Deve ter surtado... mas também, com aquela
família, cá pra nós. Vai ser uma grande reviravolta nessa história. Mas é assim
que se revelam as humanas criaturas. É a vida real imitando a ficção, meu brother.
Fui...
tenho uma seção de Terapia por Choque Eletroconvulsivo, daqui a pouco. Fazer o
que né, mas agente acostuma e até sente falta.