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Londres - Para
quem ainda se espanta com eventuais divergências do governo brasileiro com a
Fifa em relação a Copa de 14 ou com o COI em relação aos Jogos de
16. Boris Johnson, prefeito de Londres, deu uma dura no COI. Criticou a
excessiva restrição do uso do termo “Olimpíadas” por terceiros e protestou
contra a decisão do Comitê Olímpico de querer impedir a entrada nos estádios de
pessoas com camisas e bonés de marcas concorrentes dos patrocinadores dos
Jogos.
Segue... O
COI voltou atrás e disse que só vai proibir o chamado “marketing de emboscada”,
ou
seja, de grupos
fazendo propaganda oculta de empresas concorrentes. Na Copa da África do
Sul, 36 mulheres foram retiradas do estádio no segundo tempo de Holanda x
Dinamarca. Agentes da Fifa suspeitaram que eram contratadas para fazer
propaganda da Heineken, cerveja concorrente da Budweiser, patrocinadora da
competição. Ancelmo Gois
E
se quiser assistir aos jogos, o cidadão ainda tem que pagar, caro, e se submeter
a tudo isso... em Londres! Imagine em Terra Brasilis.
Templo é dinheiro - A
11ª Câmara Cível do Rio condenou a Convenção de Ministros e Igrejas Evangélicas
a indenizar em R$ 15 mil três fiéis que deram R$ 2 mil, cada, à campanha “Muito
Mais Que um Projeto, Uma Expressão de Amor” em troca de vantagens não
cumpridas. A Justiça entendeu se tratar de “propaganda enganosa”. Ancelmo
Gois
Se
no ano de 325 dC, em Niceia, Constantino houvesse ousado um pouco mais e usando
seus poderes evocando o “futurum conceptus” ou seja “jurisprudência a futuro” –
algo semelhante a Bolsa de Mercadorias & Futuros – poderia ter estruturado
a neófita Igreja, em bases mais sólidas e quem sabe, as religiões teriam escrito
suas histórias com menos hipocrisia e mais fraternidade. No decorrer dos
séculos e até os dias atuais, a maioria das igrejas, se levadas aos tribunais
sob a acusação de “propaganda enganosa” e/ou “falsidade ideológica”, com
certeza, já teria fechado suas portas. O Concílio de Niceia, em Anatólia – hoje
região da Turquia - foi a primeira tentativa de obter um consenso da
igreja através de uma assembleia representando toda a cristandade. Já
passados quase 1.700 anos, pelo que se vê, ainda não chegaram a um consenso.
Vade retro Constantino!
Em uma decisão de
causar espanto na mídia capitalista, o governo socialista do presidente Evo
Morales acaba de expulsar a Coca-Cola da Bolívia. A decisão precisará
ser cumprida até o dia 21 de Dezembro deste ano. Segundo o ministro do Exterior
boliviano, David Choquehuanca, esta determinação está “em sintonia com o fim do
calendário Maia” e será parte dos festejos para celebrar o fim do capitalismo e
o início de “uma cultura da vida”. A festa ocorrerá no fim do dia, no solstício
de verão (no Hemisfério Sul), na Ilha do Sol, situada no Lago Titicaca.
– O dia 21 de
Dezembro de 2012 marca o fim do egoísmo, da divisão. O 21 de Dezembro tem que
ser o fim da Coca-Cola e o começo do mocochinche (refresco de
durazno, um refrigerante muito popular no país). Os planetas se alinham após 26
mil anos. É o fim do capitalismo e o início do comunitarismo – disse
Choquehuanca, em um ato ao qual compareceu o presidente do país. correiodobrasil.com.br
por email
Tinha
um conhecido – tinha, porque morreu – que era bamba em aplicações no mercado
financeiro e ganhou muita grana com isso. Quando vivo, ele tinha um mantra “Não
faça negócio com pobre, parente e vizinho”! Repetia isso três vezes ao acordar
e três vezes antes de dormir. Pena que sete dias depois da sua morte a viúva,
que era simpatizante de outras crenças, raspou o tacho e foi a luta - mas essa
história não cabe nesta prosa, portanto, voltando ao Brasil, e de acordo com o
mantra do falecido, nosso problema são os “negócios” com os vizinhos do Condomínio
Mercosul, que não tem um Estatuto com regras muitas claras. O pior é que em
breve estarão chegando novos condôminos: Bolívia e Equador. Vai ser algo
semelhante ao “Divino” da novela Avenida Brasil.
Mas
vamos voltar ao assunto principal deste post que é a proibição da Coca Cola: em
verdade o Evo só tá proibindo mesmo a Cola, pois a Coca - planta da família erythroxylaceae,
nativa da Bolívia e também do Peru, que juntamente com a Colômbia, formam
um dos maiores cartéis de distribuição de droga do mundo - deve continuar se mantendo
como o commodity, de maior peso, no mercado exportador da Bolívia. Mas isso é
assunto pra outros solstícios, antes do próximo fim do mundo.
Porém
nem tudo é cocacola neste “Divino” latino americano, conforme informa Ancelmo
Gois no Globo: “Dia
31, terça, Dilma, Cristina Kirchner, José Mujica e Hugo Chávez vão sacramentar
[portanto já sacramentaram, pois hoje é 03.08], no Itamaraty, o
ingresso da Venezuela no Mercosul. Depois, almoçam juntos”. Apesar de ficar
imaginando como será o clima no almoço desses dois, digamos... casais – vão
beber o que? Coca ou Mokochinchi(*)? O prato principal estava reservado à
sobremesa: “Segundo o Ministério das
Relações Exteriores, a cúpula formalizará a entrada da Venezuela como membro
pleno do bloco, [...] A expectativa é que o presidente venezuelano, Hugo
Chávez, anuncie [...] a compra de 20 aeronaves E-190, da Embraer”, segundo informa o
glogo.com. Ante um almoço desses, diria, a prudente, Margaret Thatcher: “O socialismo dura até
acabar o dinheiro dos outros".
E pra encerrar esta semana: Da série ‘Imagina só se fosse lá no Rio’, a polícia
francesa recuperou a prótese de braço do medalhista de ouro paraolímpico Arnaud
Assoumani, assaltado no sábado por dois homens armados num subúrbio de Paris. tutty
vasques
O blog já
estava no prelo quando chegou está nota:
“No dia 13 de julho, o ministro das Relações Exteriores da Bolívia
deu declarações tão bombásticas sobre o solstício de inverno e o fim
do capitalismo que a imprensa local recebeu com sarcasmo”. Mas foi apenas nesta
quarta-feira, 1º de agosto, que grandes sites do Brasil noticiaram o caso,
apoiando-se na credibilidade da Agência Venezuelana de Notícias, estatal que
usa como fonte a bolivariana TV Tel esur, sediada também na Venezuela. Assim,
virou notícia, no Brasil, que a Bolívia vai expulsar a Coca-Cola do país no dia
21 de dezembro. Houve até quem dissesse que o governo boliviano confirmou a
informação. Tudo papo furado. Os órgãos oficiais até já negaram. A
declaração que deu origem a ao mal-entendido foi a seguinte: “O dia 21 de
dezembro é o fim do egoísmo, da divisão; o dia 21 de dezembro tem que ser o fim
da Coca-Cola e o começo do mokochinchi(*)
- refrigerante de pêssego”.
Resumindo:
quem quer acabar com a Coca Cola é o Hugo, o resto fica tudo como está,
principalmente no que se refere aos “negócios” da coca. Mas cá pra nós “Mokochinchi”?
E de pêssego! É melhor continuar mascando as folhinhas, né não?