Um grupo de
auxílio às mulheres quer fazer uma fogueira com exemplares de “Cinquenta tons
de cinza”, da escritora britânica E. L. James, e queimar também uma imagem que
representa o personagem Christian Grey, informa o “The Guardian”. A convocação
está sendo feita por Clare Philipson, diretora do Wearside Women in Need, uma
instituição de caridade para vítimas de violência doméstica, que caracteriza o
livro como “um manual de instrução para tortura sexual”.
“As pessoas dizem que somos lunáticas
fascistas por querermos queimar os livros. Estava esperando um ícone feminino
se pronunciar sobre esse lixo misógino, mas até agora ninguém falou. Então
decidi tomar uma atitude”, afirmou a mulher que fará a fogueira em Washington,
nos Estados Unidos, onde fica a sede da instituição. oglobo.globo.com
O livro já vendeu mais de 20 milhões de exemplares nos EUA, outros 10 milhões nos demais países de língua inglesa, 500 mil na Alemanha somente nos cinco primeiros dias. No Brasil, na primeira semana após seu lançamento, já vendeu dezenas de milhares de cópias. A trilogia Cinquenta Tons de Cinza, da inglesa E.L. James, “é um fenômeno. Escrita em prosa simples e não muito sofisticada, a história de como o jovem milionário Christian Grey se apaixona pela estudante virgem Anastasia - ou Ana – Steele, é um romance tão descabelado quanto a criação que a inspirou, a série adolescente Crepúsculo — exceto pelo fato de que Christian e Ana protagonizam cenas vívidas de sadomasoquismo, descritas em pormenores. A combinação curiosa deu até origem a um novo termo, mommy porn, ou “pornô para mamães”, conforme reportagem da revista Veja
Segundo a jornalista Graziela Salomão, da revista Marie Clair, o livro Cinquenta Tons de Cinza “ajuda você a liberar seu lado periguete”. Tudo bem, até porque, cada um é que sabe de seus limites, medos e desejos, seja na cama, na mesa ou no bar. Isso acontece desde que a Adão comeu a cobra – Ops! Erro nosso - comeu a maçã – ou foi a cobra que comeu a Eva? - não importa, alguém comeu alguém, Gabriel não gostou, deu um passa fora nessa turma e aí estava formado o maior imbróglio bíblico de todos os tempos, que já dura alguns milhares de anos.
Mas
o costume de queimar livros ficou lá pra trás, faz tempo. A Igreja tinha esse
hábito. O Index ou Index
Librorum Prohibitorum era a lista de livros proibidos cuja circulação
tinha de ser controlada pela Inquisição. Os livros autorizados eram impressos
com um "imprimatur", ou se
seja “publique-se”, o restante ia pra fogueira e em muitas das vezes, juntos
com o autor. Queimar livros - e não importa seu conteúdo - é atraso demais e se
iguala, em ignorância, àquele que não lê, talvez até pior, pois muitos não
leem, não por falta de vontade, mas porque não podem comprar livros. Então qual
é a da Clare Philipson? Medo? Culpa? Timidez, talvez...
Ainda bem que nem
tudo está perdido. A decisão de obrigar o senador cassado Luiz Estevão a
devolver à União R$ 468 milhões (em 97 módicas prestações) é uma boa notícia,
embora a quantia não seja nem metade do total de que se apropriou e que,
durante os 13 anos que separam o crime da condenação, ele pode ter dobrado o
valor desse capital com aplicações financeiras.
De qualquer maneira,
é um caso inédito. Mas, para que não constitua apenas uma exceção, será preciso
que o Supremo adote o princípio e que os culpados do mensalão, além da eventual
punição, sejam obrigados a restituir aos cofres públicos os milhões desviados
em tenebrosas transações. Aí, sim, vai empolgar. O que um corrupto mais teme
como castigo não é ser preso, mas perder a grana que roubou. Trecho
de artigo “O Maior Castigo” de Zuenir Ventura para o Globo, 25.
Boa
noticia é o cacete. O cara mete a mão na grana alheia e depois a devolve em
suaves prestações mensais, como se fosse um empréstimo. Isso porque descobriram
a falcatrua, anos depois, senão...sei não. E, como afirma o próprio Zuenir, ele,
Luiz Estevão, ainda “pode ter dobrado o valor desse capital com aplicações
financeiras”. “Dobrado”? Em 13 anos de aplicação no mercado financeiro,
possivelmente fora do país, “dobrado”, é muita inocência do Zuenir.
Entregue
sua declaração de IR, fora do prazo definido pela Receita Federal, para ver o
tamanho da multa que vais pagar, e se tiveres imposto a pagar, a punga, é muito
maior. E veja bem, o desconto de imposto de renda, pra os assalariados, é
compulsório, isto é, descontado na fonte sem choro nem vela. Cometa um erro ao
declarar um bem, aí então serás tratado como inimigo público federal. Aplique suas
parcas economias em CDBs, RDBs e outros tenebrosos investimos do mercado
bancário/financeiro e resgate-o fora do prazo contratado, pra veres o tamanho
da mordida do faminto leão da Receita. Nós, cidadãos que pagamos sem chiar
nossos impostos, até porque, não existe um chiadômetro ao qual recorrer, é que
somos - até que provemos ao contrário – os delinquentes lesa-pátria.
“O meu querido amigo
Lula, este sim, amigão da CUT, que intervém em tudo, deveria conversar com a
CUT para parar com isso”. Pedro Simon sobre a greve dos servidores. - “Frases da semana”, jornal O Globo
Sei
não, mas tenho a sensação que há algo mais nos céus grevistas além dos aviões
de carreira. Já dá pra sentir essa turbulência.
O Flamengo está em
festa! E o Framengo (cuja torcida é muito maior) também! O Emperrador está de
volta ao rubro mengo da Gávea. E ainda tem gente que acha que a presidenta
Patricinha Amorim só faz uma coisa: nada. Desde a saída do goleiro Bruno, que
foi negociado para o time da Penitenciária, o Flamengo estava triste, sem
graça, pacificado, de bola murcha. Acabaram os pagodes, as festas, os
arrastões, as surubas e as chacinas que fazem parte da intensa vida social dos
jogadores flamenguistas. O negócio estava tão sem graça que até o Ronaldinho
Gaucho foi embora e hoje está no Atlético Mineiro. Aliás, o Galo é o lugar
ideal para o dentuço craque gaúcho que gosta de ficar cercado de galinhas. Para
se preparar na nova temporada, Adriano está concentrado na Vila Cruzeiro onde
se prepara física e psicologicamente para faltar aos treinos. A chegada de
Seadorf ao Botafogo, a vinda de Adriano e o show do Pink Floyd me fazem
concluir que o Brasil se transformou no paraíso para jogadores em fim de linha,
bandas de rock decadentes da década de 80 e ex-gostosas caídas que já deram o
que tinham que dar. Coluna do Agamenon para o jornal O
Globo.