*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


BRASÍLIA - Os R$ 4 milhões pedidos pela defesa de Marcos Valério para defendê-lo dos processos que envolvem o mensalão são pagos pelo PT, segundo afirmou o empresário no depoimento à Procuradoria-Geral da República. Valério afirmou que esta foi a única "contrapartida pela ajuda" que prestou ao governo e ao PT nas operações que viriam a bancar o mensalão. Estadão

Eu não posso acreditar em mentira, eu não posso responder mentira.” - Lula, sobre o depoimento de Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República – blog do Noblat

Pelo menos desta vez ele não usou o argumento “eu não sabia de nada”. Agora uma pergunta que não quer calar: porque que a Dilma sempre se refere ao Lula como “presidente Lula”? É baseada na teoria de que “ex” é pra sempre? 

Sobre o imbróglio dos royalties do petróleo, o jornal  O Globo, (14) - leia na íntegra - publicou  reportagem da qual transcrevo parte: “Alvo da ira das bancadas de Rio e Espírito Santo, seu estado natal, a vice-presidente da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB), disse que, ao colocar em votação o requerimento de urgência ao projeto de lei dos royalties, "evitou o pior": a tentativa do plenário de derrubar ainda na quarta-feira os vetos de Dilma. Ontem [13], ela passou o dia apagando incêndios em seu estado, onde foi alvo de críticas. A deputada disse que combinou a estratégia de votação com o presidente do Senado, José Sarney... Para tudo. Aperte o pause! BINGO!

Miram leitão definiu bem essa incompetência corporativa: “De novo, houve falha geral da liderança em relação aos royalties do petróleo. Líderes lavaram as mãos e não assumiram funções indelegáveis. Desde o começo, a Presidência da República não fez o papel de defender o pacto federativo. Na noite de quarta-feira, o senador José Sarney se omitiu, e uma deputada fraca e sem liderança achou que poderia mais do que pode. Leia mais

Dá pra desconfiar dessa crise de incompetência aguda. Tá parecendo mais coisa de “cumpadre”. Ou seria de “padrinho”?

Da coluna Gente Boa, jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, para O Globo deste sábado, 15: “Na semana em que o moderno Village Mall abre as portas na Barra ofere­cendo uma multidão de novos produtos de luxo, quase todos importados, Gente Boa vai nas prateleiras dos mercados anti­gos em busca da memória do comércio carioca. Do Gumex ao Sustincau, passando pela gôndola das bombas de Flit... e eu parei quando alguém falou do Leite CCPL em garrafa - "Morro de saudade do leite em garrafa da marca CCPL... Era fresco, muito puro, diferente dos leites de hoje, que têm muita química e às vezes até urina de vaca. O leite em garrafa era pasteurizado, mas não tanto quanto hoje, mesmo assim eu nunca vi alguém doente por causa dele."

Essa do leite CCPL me levou ao século passado, quando morei com tia Marly, na Tijuca, Rio de Janeiro. Durante um tempo, e toda a manhã, eu ia comprar leite na padaria da esquina. Tempo bom... não volta mais. Até porque, tempo depois, essa minha bucólica atividade foi suspensa a bem da economia doméstica; em prol da minha própria segurança e da população tijucana de uma maneira geral, pois para cada cinco garrafas, duas eram estilhaçadas nos postes das calçadas da rua Barão de Mesquita. Tempo bom... volta mais não... tem nem mais garrafa de leite... nem Da. Alda, Da. Michol, também num tem mais o Cinema America, nem Itacuruçá, tia Elemite - nem sei mais como escreve seu nome embora nesse momento o que importa não é a grafia dos nomes. Não tem maruim, nem Niltinho, Iate Clube... nem o Macaquinho, que quando fazia a curva, logo depois de Mangaratiba, a locomotiva – era uma Maria sim - enchia o vagão de fumaça que mal dava pra respirar... nem Ricardo tem mais... melhor parar por aqui, antes que minhas lembranças se materializem em saudades, pois lembranças são fugazes... saudades doem!