BRASÍLIA - Os R$ 4
milhões pedidos pela defesa de Marcos Valério para defendê-lo dos processos que
envolvem o mensalão são pagos pelo PT, segundo afirmou o empresário no
depoimento à Procuradoria-Geral da República. Valério afirmou que esta foi a
única "contrapartida pela ajuda" que prestou ao governo e ao PT nas
operações que viriam a bancar o mensalão. Estadão
“Eu não posso acreditar em mentira, eu não
posso responder mentira.” - Lula, sobre o depoimento de Marcos
Valério à Procuradoria-Geral da República – blog do Noblat
Pelo menos desta vez
ele não usou o argumento “eu não sabia de nada”. Agora uma pergunta que não
quer calar: porque que a Dilma sempre se refere ao Lula como “presidente Lula”?
É baseada na teoria de que “ex” é pra sempre?
Sobre o imbróglio
dos royalties do petróleo, o jornal O
Globo, (14) - leia na íntegra
- publicou reportagem da qual transcrevo
parte: “Alvo da ira das bancadas de Rio e
Espírito Santo, seu estado natal, a vice-presidente da Câmara, deputada Rose de
Freitas (PMDB), disse que, ao colocar em votação o requerimento de urgência ao
projeto de lei dos royalties, "evitou o pior": a tentativa do plenário
de derrubar ainda na quarta-feira os vetos de Dilma. Ontem [13], ela passou o
dia apagando incêndios em seu estado, onde foi alvo de críticas. A deputada
disse que combinou a estratégia de votação com o presidente do Senado, José
Sarney... Para tudo. Aperte o pause! BINGO!
Miram leitão definiu
bem essa incompetência corporativa: “De novo, houve falha geral da liderança em
relação aos royalties do petróleo. Líderes lavaram as mãos e não assumiram
funções indelegáveis. Desde o começo, a Presidência da República não fez o
papel de defender o pacto federativo. Na noite de quarta-feira, o senador José
Sarney se omitiu, e uma deputada fraca e sem liderança achou que poderia mais
do que pode. Leia mais
Dá pra desconfiar
dessa crise de incompetência aguda. Tá parecendo mais coisa de “cumpadre”. Ou
seria de “padrinho”?
Da coluna Gente Boa, jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, para O Globo deste sábado, 15: “Na semana
em que o moderno Village Mall abre as portas na Barra oferecendo uma multidão
de novos produtos de luxo, quase todos importados, Gente Boa vai nas
prateleiras dos mercados antigos em busca da memória do comércio carioca. Do
Gumex ao Sustincau, passando pela gôndola das bombas de Flit... e eu parei
quando alguém falou do Leite CCPL em garrafa - "Morro de saudade do leite em garrafa da marca CCPL... Era fresco, muito
puro, diferente dos leites de hoje, que têm muita química e às vezes até urina
de vaca. O leite em garrafa era pasteurizado, mas não tanto quanto hoje, mesmo
assim eu nunca vi alguém doente por causa dele."
Essa do leite CCPL
me levou ao século passado, quando morei com tia Marly, na Tijuca, Rio de
Janeiro. Durante um tempo, e toda a manhã, eu ia comprar leite na padaria da
esquina. Tempo bom... não volta mais. Até porque, tempo depois, essa minha
bucólica atividade foi suspensa a bem da economia doméstica; em prol da minha
própria segurança e da população tijucana de uma maneira geral, pois para cada
cinco garrafas, duas eram estilhaçadas nos postes das calçadas da rua Barão de
Mesquita. Tempo bom... volta mais não... tem nem mais garrafa de leite... nem Da.
Alda, Da. Michol, também num tem mais o Cinema America, nem
Itacuruçá, tia Elemite - nem sei mais como escreve seu nome embora nesse
momento o que importa não é a grafia dos nomes. Não tem maruim, nem Niltinho,
Iate Clube... nem o Macaquinho, que quando fazia a curva, logo depois de
Mangaratiba, a locomotiva – era uma Maria sim - enchia o vagão de fumaça que mal
dava pra respirar... nem Ricardo tem mais... melhor parar por aqui, antes que
minhas lembranças se materializem em saudades, pois lembranças são fugazes... saudades
doem!