*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


"Se fazemos avião, por que não navio?", é assim que Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, introduz a estratégia da companhia de entrar em uma nova área: a dos navios de guerra. Os planos foram revelados ao Estado ao mesmo tempo em que a companhia se prepara para começar um de seus mais ambiciosos projetos na área de defesa. Ainda hoje, a empresa anuncia que fechou um contrato com o Exército para implementar a primeira fase do Sisfron, o sistema de monitoramento das fronteiras brasileiras, um projeto que deve consumir, ao todo, R$ 12 bilhões. A fração inicial, porém, a cargo da Savis Tecnologia e Sistemas e da OrbiSat (ambas controladas pela Embraer Defesa e Segurança) é de R$ 839 milhões. Leia na íntegra

Fazer avião e não fazer navios de guerra deve seguir a mesma lógica da Fiat, Ford e todas as outras montadoras de carros, no Brasil, que optaram por não montar, também, tanques de guerra; decisão semelhante também foi adotada pelos operadores do complexo das usinas de Angra em não fabricar submarinos nucleares; o mesmo ocorreu na empresa de Fogos Caramuru em não fabricar lançadores de morteiro e bazucas; com o Papai Noel, em não dá as caras na Páscoa; em Lula e Rosemary quando... - Ops! Erro nosso... e é bom parar por aqui, pois isso é assunto de outra prosa. Mas uma coisa é certa, fazer avião e não fazer navios de guerra, segue a mesma lógica do motivo pelo qual o Sr. Luiz Aguiar é presidente da Embraer e não da Samsung Heavy Industries, o maior estaleiro do Brasil no qual a Dilma tá de olho... já faz tempo – Leia mais sobre o estaleiro.

O impacto da crise financeira na indústria e a queda dos investimentos produtivos farão com que a economia brasileira termine o ano na lanterna do crescimento da América do Sul, com expansão de 1,2% em 2012. Somente o Paraguai, cuja economia deve encolher 1,8%, terá desempenho pior do que o brasileiro. As estimativas foram divulgadas pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que espera para o ano que vem a primeira aceleração da economia no governo Dilma Rousseff. 

Uma curiosidade é que o Brasil vai crescer o mesmo que El Salvador neste ano. O país era conhecido por ser uma "república de bananas", por ter governos instáveis e influenciáveis, além de ter a fruta como principal produto exportado durante muitos anos. Leia na íntegra. Ainda segundo o Estadão de ontem, 20, “o BC reduziu também sua previsão para o crescimento do setor de serviços neste ano de 2,2% no relatório anterior para 1,6%, no documento divulgado há pouco”.

Ta caindo tudo. Do PIB a Seleção Brasileira, que despencou para 18ª posição no ranking mensal da FIFA. Fim de ano é um bom momento para meditarmos sobre causas&efeitos desse momento “banana” da nossa res publica brasileira. Como diria minha vó, Da. Elizabeth a primeira e única – pelo menos por parte de mãe: “Meu filho, nunca afirmes que dessa banana jamais comerei, pois o escorregão pode ser feio” e, se bem a conheci, depois de suas profecias de fim de ano, se serviria de uma boa dose de “Bala 18” e iria se recolher, em profunda meditação, de onde só retornaria após as comemorações da páscoa.     

O Sarney bolivariano - O bigode de Nicolás Maduro, vice de Hugo Chávez, lembra um pouco, de fato, o de José Sarney na época de sua posse no Palácio do Planalto. Mas talvez parem por aí as semelhanças entre a agonia da Venezuela de agora e o Brasil de Tancredo Neves. A começar por uma diferença básica na Constituição bolivariana: na impossibilidade de o presidente eleito – no caso deles reeleito – tomar posse no próximo dia 10, seu vice terá que disputar eleições para assumir a Presidência!

E olha que, ao contrário de Sarney em 1985, Maduro é vice de um presidente (re)eleito pelo voto popular. Sarney, para quem não está bem lembrado, veio na aba de Tancredo escolhido pelo Colégio Eleitoral do Congresso. Virou presidente interino com a internação do titular na véspera da posse, assumindo o cargo em definitivo após a morte do avô do Aécio no dia 21 de abril, dois meses depois do carnaval. Entre uma coisa e outra, o brasileiro rezou e por fim chorou nas ruas de um jeito muito parecido com as imagens que chegam das manifestações populares em Caracas. Fora isso e o detalhe do bigode dos vices, não cabem comparações: cada país tem o Tancredo Neves que merece! Tutty Vasques

Caso a agonia chavista se concretize o Nicolás Maduro tem grandes chances de apodrecer no cargo. Quem sobreviver verá. 
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“Estamos tão pressionados pelas medidas provisórias e decisões judiciais que estávamos ficando irrelevantes. Agora, nós estamos ficando ridículos.”
Senador Cristovam Buarque sobre a tentativa frustrada do Congresso de derrubar de uma só vez 3 mil vetos presidenciais a projetos ali aprovados – blog do Noblat – O Globo