*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

2ª-feira cultural


“As mina pira quando a gente chega na balada”
Gustavo Lima – cantor e compositor(?)

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Mais duas lambidas e esse projeto estará pronto: anunciou o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira em São Paulo. Haddad se reúne com cineastas para discutir criação de agência paulistana de cinema... à plateia formada pelos principais cineastas de SP se reuniram anteontem com ele e o prefeito Fernando Haddad para discutir a criação de uma agência de cinema, a SP Cine. "Se o Rio é uma cidade mais atiçada, SP é tímida. A cidade não pode estar de lado com o Brasil. Nem precisa sufocar o país", concluiu Juca Ferreira. Leia

Xupa que é de uva - Recentemente, [08/02], Luana Piovani voltou a causar ao publicar, em seu Twitter, uma foto em que aparece completamente nua. Na imagem, tira onda: “Xupa que é de uva”. Sobre este ensaio afirmou ainda: “As pessoas não têm uma relação tranquila com a nudez. Fico chocada de ver meninas de 2 anos de idade usando a parte de cima do biquíni. Já é um incentivo de que isso não pode mostrar, é pecado, proibido. Ela não tem seios, não tem sexualidade, por que esconder? É cultural". Leia

Vagina é poder - Mariana Gomes, passou em segundo lugar na Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da UFF, em Niterói, com o projeto “My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural”. Entre os objetivos do projeto está a desconstrução da ideia de que o funk seria o último grito do feminismo através das músicas de Valesca Popozuda, Tati Quebra Barraco, entre outras. Recentemente, Valesca foi escolhida como patronesse de uma turma de calouros de Mariana. Ao estudar o funk e a sociabilidade da classe trabalhadora no município do Rio, ela visitou bailes funks... A pesquisa deu origem ao seu projeto de conclusão de curso intitulado "Melancia, Moranguinho e melão: frutas estão na feira - A representação feminina do funk em jornais populares do Rio de Janeiro." Ao longo do curso, a aluna pretende discutir se as letras de funk cantadas por Valesca Popozuda e outras intérpretes do gênero são um caso de libertação feminina ou apenas um atendimento da demanda do mercado erótico. Leia

O preço da cultura - O Vale-Cultura será um benefício de R$ 50 mensais destinado a trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos de empresas que aderirem ao programa. Dos R$ 50 do Vale-Cultura, que foi comparado pela ministra da Cultura a cartões de crédito e vale-refeição, R$ 45 serão financiados pelo governo federal, via renúncia fiscal - com abatimento de até 1% do imposto de renda -, e os R$ 5 restantes serão pagos pelo trabalhador ou pela empresa. Sancionado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro, o texto está agora sob análise jurídica na Casa Civil da Presidência da República e precisa ainda ser regulamentado... O ministério estima ainda que o Vale-Cultura pode custar até R$ 10 bilhões aos cofres públicos a partir do ano que vem. Leia

A Digital Public Library of America (DPLA), será lançada em 18 de abril. O projeto pretende disponibilizar acervos de arquivos, museus e bibliotecas dos Estados Unidos da América para o mundo, de maneira gratuita. Segundo Robert Darnton, da New York Review of Books, a missão da DPLA  é tornar os materiais acessíveis a todos e em todos os lugares com acesso à Web. O DPLA será um sistema de conteúdo eletrônico de bibliotecas públicas e de pesquisa, arquivos, museus e sociedades históricas disponíveis, sem esforço e de forma gratuita, para os leitores com conexão web. No início terá uma variedade de coleções de livros, manuscritos e obras de arte que já foram digitalizadas em instituições culturais em todo o país, gradualmente serão inseridos materiais de todos os tipos, até que funcionará como uma biblioteca digital nacional. Ficou definido que a DPLA seria “uma rede aberta, com recursos online que utilizariam o patrimônio vivo das bibliotecas, universidades, arquivos e museus, a fim de educar, informar e capacitar a todos, inclusive as futuras gerações”. Leia

Como disse o Elio Gaspari: “Um estudante do Piauí poderá baixar um livro de um acervo de Washington” e segue: “O professor trabalhou com uma pequena equipe e 40 voluntários. Aos poucos, conseguiu a adesão de grandes instituições. Ninguém foi nomeado pelo governo.” Enquanto isso, por aqui: “A Biblioteca Nacional do Rio, caindo aos pedaços, foi cativada por grandes vaidades e pelos interesses de uma parte do mercado editorial. Junto com o Ministério da Cultura, ela patrocinará em outubro uma farra marqueteira na Feira do Livro de Frankfurt. Trata-se de um grande evento comercial, com três dias de visitação exclusiva para editores e apenas dois para o público. Ela pretende homenagear o Brasil. O repórter Ancelmo Gois revelou que a Viúva poderá gastar no espetáculo algo como R$ 15 milhões orçamentários, mais R$ 13 milhões vindos de renúncias fiscais. Trata-se de alavancar os interesses privados de um mercado editorial que já está grandinho para cuidar de si... A farra de Frankfurt poderá custar até US$ 14 milhões, [15+13 milhões de Reais], mas, até agora, o trabalho de Darnton custou menos de US$ 10 milhões, com uma pequena parte vinda de verbas públicas”. Leia na íntegra a matéria do Gaspari.

And Justice for all, nas plácidas margens do Ipiranga - Uma petição registrada no site de ativismo online Avaaz.org sugere que o hino nacional brasileiro seja trocado pela música “And Justice for All”, da banda de metal norte-americana Metallica. A petição é de autoria de Edgar Cutar J e tem como destinatários a presidente Dilma Rousseff, o deputado Marco Feliciano e os membros da banda James Hetfield e Lars Ulrich. “O vocabulário arcaico e rebuscado faz com que os brasileiros simplesmente cantem o hino por cantar, sem entender o que estão falando. And Justice for All, do Metallica, é escrito em bom inglês, a língua universal dos dias de hoje, e traz uma letra marcante que clama por justiça”, diz a justificativa na página da petição. Até o momento, ela conta com 4558 assinaturas.

O escritor peruano Mario Vargas Llosa, 77, abriu na noite desta quarta-feira [17], a edição 2013 do ciclo Fronteiras do Pensamento com uma conferência sobre a banalização da cultura. O Prêmio Nobel falou durante uma hora, no teatro Geo, em São Paulo, sobre o tema "A Civilização do Espetáculo", nome de livro publicado por ele em espanhol no ano passado e com lançamento previsto para setembro no Brasil. "A cultura não é o mesmo que já foi no passado. O conceito de cultura é tudo, então de certa forma é nada", resumiu o escritor. Ele exemplificou citando alguns usos do termo cultura na mídia: "Cultura heterossexual", "cultura do reggae", "cultura da cocaína".

Vargas Llosa disse que teve a ideia de fazer o livro quando visitou há mais ou menos dez anos uma edição da Bienal de Veneza. "Não levaria nenhum daqueles quadros para casa. E pior, tive a sensação de que estavam tirando sarro da minha cara." [...] O universo artístico está virando uma grande Disneylândia, acrescentou. Segundo o intelectual, que já havia participado do ciclo Fronteiras do Pensamento em 2010, pouco depois de ganhar o Nobel, a mesma cultura que nos tirou das grutas e nos levou às estrelas pode, desprovida de fogo, de vigor, nos fazer retroceder às cavernas. Leia

Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém.
O conhecimento é a fonte mais democrática de poder”.
Alvin Toffler, escritor.

Nota de rodapé: Não é que não acredite no projeto “Vale Cultura”, não acredito na sua gestão. Como não acredito na gestão de qualquer outro programa do governo, pois não tem um, que não tenha tido seus cofres violados e seus dinheiros desviados para as mais diversas patifarias Brasil afora. O mais recente “estupro”, denunciado pela mídia, foi o do “Minha Casa Minha Vida”... mas, desculpe, isso é assunto pra outra prosa. O papo desta postagem é - foi - sobre Cultura... infelizmente.  CDantas
(1) Recorte de imagem publicada no Facebook, por Beta Dantas