*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 3 de abril de 2013


“O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, comparou Hugo Chávez a Jesus Cristo no Sábado de Aleluia. A diferença é que, graças a Deus, o ex-presidente não ressuscitou na Páscoa!”
Tutty Vasques - Estadão


As empresas estatais paulistas responderam por metade dos gastos com propaganda do governo do Estado na última década. Levantamento feito pelo Estado via Lei de Acesso à Informação mostra que, enquanto a administração direta desembolsou R$ 1,2 bilhão entre 2003 e 2012, as cinco principais estatais de São Paulo pagaram R$ 1,24 bilhão - os valores estão atualizados pela inflação.  [...]  Somados, os gastos com publicidade do governo paulista nesses dez anos somaram, portanto, R$ 2,44 bilhões. No período, o Estado foi governado por Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB.  Com o valor gasto em propaganda, seria possível construir, por exemplo, mais de metade da segunda fase da linha 5 do metrô, que vai ligar o Largo Treze à Chácara Klabin, ou custear o Instituto do Câncer por sete anos. Leia

Velho e surrado lugar comum, o slogan “propaganda é a alma do negócio”, nunca vai perder sua posição, privilegiada, no ranque das grandes verdades, verdadeiras. Quem sabe usar as ferramentas da propagand&marketing, promove misérias admiráveis; mentiras fidedignas; soberanos benditos; éticas corruptas; trevas fantásticas. Transforma uma linha discada em Banda Larga, o ladrão em Celebridades, o executor em vítima, o grotesco em Cirque du Soleil, conveniência em Ideologia. Realiza milagres de causar inveja à própria Divindade. Quem sabe operar essa ferramenta, magnetiza massas, manipula conceitos.  Ela é o Photoshop do livre arbítrio; do juízo livre; da capacidade de escolha pela vontade própria. Reza a lenda que “informação é poder”. Imagine então o que pode fazer aquele que detém “informação” e tem uma boa equipe de propagand&marketing?  

A fim de reduzir custo e obter mais receita, a Gol acabará até maio com o serviço de bordo gratuito em todos os seus voos domésticos. De graça, só um copo de água será oferecido - ainda assim, a quem pedir. A medida é tomada no momento em que a Gol anuncia prejuízo de R$ 1,5 bilhão no ano passado, o dobro das perdas registradas em 2011. Leia

A Gol já estuda cobrar ingresso para o toalete em seus aviões! Com preços variando entre R$ 5 (nº 1) e R$ 10 (nº 2). O copo d’água vai continuar de graça, mas deve ser limitado a dois por passageiro. Tutty Vasques

Vixe! Pelo que tudo indica, nas viagens pela Gol, é bom levar seu personal “kit sobrevivência gol”, onde devem constar, além da garrafinha de água,  um copo, um sabonete e um rolo de papel higiênico, principalmente para uma emergência do no 2. Se sua bolsinha personal for térmica ainda dá pra colocar um sanduba e uma latinha de skol. E não esqueça o saquinho de lixo. 

As exéquias de Cristiano de Manteninha
Um velório inusitado chamou a atenção dos moradores de São João do Manteninha, no Leste de Minas Gerais. Uma moradora da cidade resolveu velar o gato da filha. No velório do gato Cristiano, realizado na noite dessa terça-feira (26), uma fila foi formada. A mãe da dona do gato ofereceu até um lanche para as 200 pessoas que foram dar adeus ao bichano.

Patrícia Aparecida Coutinho Lages é colega da dona do gato e enviou fotos do velório para o VC no G1. Ela conta que o gato tinha 13 anos e sua morte causou muita tristeza à dona. “Ela encontrou uma forma de prestar seus sentimentos ao gatinho tão amado por ela, comprou então um caixão, e fez o velório do seu estimado animal. Foi o comentário da cidade”, conta a internauta.

Uma funerária preparou o corpo do felino que foi coberto por flores brancas em seu pequeno caixão.  O corpo do gato só não foi enterrado no cemitério na cidade, porque não teve autorização da Polícia Militar. A PM alega que o enterro não foi permitido, pois isto seria um desrespeito com os parentes dos mortos enterrados ali. Leia

Sem dúvida é um caso declarado de felinofobia, por parte da PM sãojãomanteninhense. Coisa pra deputado-pastor nenhum ficar com inveja. Minha vó, DElizabeth, a primeira e única, pelo menos por parte de mãe, sempre dizia: Meu filho, só uma coisa não pode ser enterrada, o sonho das humanas criaturas. No mais, do Papa às vacas-sagradas indianas; de Chico Buarque à Michel Teló; de Harry Truman à Gandhi; de Ella Fitzgerald à Britney Spears; de Érico Veríssimo à Paulo Coelho, passando pelo filho da puta do gato da Da. Zulema. A regra é clara: são sete palmos abaixo da terra, por cima uma lápide e assim que se encerram as exéquias, vai-se aos comes e bebes, pois em enterro nem todo mundo defunto”.    

Nota de roda pé: Minha vó, morava sozinha, no apto 509; Da. Zulema e seu gato, no 609. Rex, o gato, fazia xixi, lá de cima, nas begônias da minha vó, que ficavam na janela, lá embaixo. Essa pendenga durou anos e acabou em um processo judicial, mas não pelo xixi do gato nas begônias, mas porque minha vó achava que “Rex” era nome de cachorro e por causa disso, segundo ela, Rex, era “um  delinquente transviado que mija e anda para o establishment”.

Nota da Nota de rodapé: Os termos “transviado” e “establishment” estavam muito em voga naquela época. O primeiro, por causa do filme “Juventude Transviada”, estrelado por James Dean e o segundo para definir a hipocrisia da elite social... mas aí já é assunto pra outra prosa.