*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 29 de abril de 2013


“Quero penetrar em teu olhar; quero invadir tua alma; quero desnudar teu ser
exorcizar-te de ti e assim tornar-me um, contigo” 
Augusto Branco, poeta e escritor

Flagrante do momento em que Dilma da passes de descarrego
 em Cristina “Patalógica” Kirchner.
As presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner retomaram ontem uma agenda bilateral dominada por conflitos comerciais, recuo das exportações brasileiras para o país vizinho e a expressiva redução dos investimentos brasileiros na Argentina. Após o encontro, as duas presidentes fizeram um balanço genérico da reunião, sem entrar em detalhes, resumindo que os problemas do Mercosul serão superados com mais integração. O único tema específico mencionado após o encontro foi sobre a decisão de saída da Vale do país vizinho. Dilma afirmou "ter a firme convicção de que a Vale encontrará o melhor caminho para um acordo com a Argentina". A Vale anunciou a suspensão do projeto Potássio Rio Colorado, na província de Mendoza, em 11 março, inclusive prevendo a demissão de cerca de seis mil empregados diretos e indiretos. Era um investimento de quase US$ 6 bilhões, o maior da história da Argentina. Leia.

Mas a fila anda e a mandinga era mais embaixo: Um dia após as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner se reunirem em Buenos Aires, a Vale fechou acordo com sindicatos e autoridades argentinos na noite de ontem, obtendo a liberação da Justiça do país para demitir os cerca de 6 mil funcionários diretos e indiretos envolvidos no projeto de exploração de potássio Rio Colorado, em Mendoza. No encontro bilateral, Dilma indicara que gostaria que a empresa permanecesse no país. A Vale não deu detalhes dos termos do acordo. Segundo o jornal de Mendoza “Los Andes”, a empresa teria se comprometido a pagar metade do salário de 2.900 empregados até outubro. Leia

Mesmo que “gostaria que a empresa permanecesse no país”, Mãe Dilma não conseguiu desfazer o “trabalho”. Talvez, se tivesse apelado pra Fundação Cacique Cobra Coral ou mesmo para o deputado-pastor Feliciano – que é assim, assim, com o Demo - quem sabe...? Ou então, deu uma de bobinha, e foi pra lá já sabendo que a Vale não iria negociar – o que é mais provável. Como diria minha vó, Da Elizabeth, a primeira e única – pelo menos por parte de mãe: “Nas vazantes do Rio Doce, jacaré fica no raso, comendo sapo e jiboiando”

"Não aceitamos essa intromissão em nossa competência. Esta Casa não interfere na maneira de votar dos ministros, dos senhores do Supremo. Também não concordamos que interfiram aqui no nosso processo correto, constitucional e regimental de prestar os nossos votos", Henrique Alves, presidente da Camara dos Deputados.
Não há nenhuma dúvida de que a PEC é inconstitucional do começo ao fim, de Deus ao último constituinte que assinou a Constituição”, afirmou. “Eles rasgaram a Constituição” – Gilmar Mendes, ministro do STF

No Palácio do Planalto, a versão é que o governo também foi pego de surpresa com a aprovação, da PEC 33, que submete ao Congresso decisões do STF. Nesta quinta-feira [18], diante do clima beligerante, o vice-presidente Michel Temer entrou em campo e formalizou a posição do Planalto contra a aprovação intempestiva da PEC. “Eu lamento até dizer isso, mas acho que houve uma demasia. Na verdade, a palavra última deve ser sempre do Poder Judiciário, especialmente em matéria de constitucionalidade, e mesmo em matéria de vinculação de uma determinada decisão para os tribunais inferiores”, disse Temer Leia  

Pelo menos, até o momento, ninguém ameaçou ninguém com um “te pego lá fora”. Segundo a jornalista Cristiana Lôbo, (Globonews): “O destino da PEC 33, que está sendo chamada de “PEC da discórdia”, é a gaveta. Ainda não está claro se o arquivamento será pedido por um ou por outro poder. Mas, provavelmente, isso será feito pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, já nos próximos dias.Leia.

Neste duelo entre o Congresso e o STF, tem gente brincando de Tiradentes com o pescoço do país. Democracia é melhor”. Ancelmo Gois – O Globo 

O Secretário de Aviação Civil, ministro Moreira Franco, anuncia hoje [26], em Vitória a retomada das obras de ampliação de seu aeroporto. O governador Renato Casagrande trabalha para que a cidade seja uma das subsedes da Copa. Ilimar Franco – O Globo.

Ampliação é o cacete. Ali tem que construir é outro. O aeroporto de Vitória é tão pequeno que os aviões param ao lado do ponto de taxi do aeroporto. Se bem que, em parte, isso é bom, pois agiliza o desembarque, por outro os taxistas do aeroporto, já reivindicam a inclusão da classe no sindicato dos aeroviários como: técnico em logística aeroportuária. E o custo da corrida, dependendo do trecho, é mais caro que a do trecho voado.

Nota de rodapé: Toda vez que leio/ouço: “O Secretário de Aviação Civil, ministro Moreira Franco...”, sinto um certo mal-estar... é como se alguma coisa, no Universo, estivesse em desarmonia. Deve ser psicológico, né mesmo? Não tenho tanta sensibilidade assim. 

Últimas notícias sobre a briga dos cachorros grandes: Atenção, leitores, esta é a visão de um lado só, a da Suprema Corte, já que o Congresso, infelizmen­te, está sem comando. Há o comando institucio­nal, muito questionado, por sinal. Mas não existe comando político no Legislativo que prevaleça e que, nos bons tempos, era chamado de "sa­cro colégio". Seus remanes­cente caíram na vida ou estão ultrapassados. Há vácuo de líderes. Lá e no país, em geral. Coube-me então buscar as opiniões do STF para tentar decifrar a crise institucional. Na média delas, não existe impasse, mas imprudência do Congresso de tentar redu­zir os poderes do Judiciário. Alegam que nenhuma Corte do mundo tem quorum tão alto (4/5) para decidir sobre inconstítucionalidades. Só is­so já mata o projeto do agora notável Nazareno Fonteles (PT-PI). A solução é simples: como a CCJ aprovou apenas a ad­missibilidade, não o mérito, é só parar a brincadeira por aí. Basta ver o buraco em que meteram o país só nessa ad­missibilidade. Coluna Jorge Bastos Moreno – O Globo (27.04)

Esse tal de Nazareno Fonteles, que parece dominado pelas satânicas energias que rodam a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, delira: “O deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI) - autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33, afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros, deveria dar ordem de prisão e pedir o impeachment dos ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli. A justificativa é que os magistrados teriam atentado contra o Poder Legislativo”. Leia

Da série “Vale a pena conferir esse vídeo”: ÉPOCA entrevista Mario Vargas Llosa