*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 9 de maio de 2013


“Seria uma tragédia se o Brasil de hoje não tivesse a Bolsa Família. E será uma tragédia se, daqui a 20 anos, a gente continuar precisando do Bolsa Família”
Senador Cristovam Buarque - Blog do Noblat

Famílias com parente dependente de crack vão receber uma bolsa do governo do Estado de São Paulo para custear a internação do usuário em clínicas particulares especializadas. Chamado “Cartão Recomeço”, o programa deve ser lançado na quinta-feira, com previsão de repasses de R$ 1.350 por mês para cada família de usuário da droga. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, a proposta é manter em tratamento pessoas que já passaram por internação em instituições públicas. “São casos de internações em clinicas terapêuticas, pelo período médio de seis meses”, afirma. Os dez municípios que receberão o programa piloto devem ser definidos nesta quarta-feira. As clínicas aptas a receber os pacientes ainda vão ser credenciadas, mas ficará a cargo das prefeituras identificar as famílias que receberão a bolsa. “Saúde pública é sempre para baixa renda. Os Caps (Centros de Atendimento Psicossocial das prefeituras) já têm conhecimento das famílias e fará a seleção”, diz Garcia, sem detalhar quais serão esses critérios. Leia

De boas intenções o inferno está cheio”. A frase é creditada a São Bernardo de Clairvaix, que teria usado as palavras como argumento contra teólogos que pregavam maior pluralidade na interpretação da Bíblia. A expressão se aplica diante de propostas supostamente bem-intencionadas que podem ter consequências ruins ou ineficazes. (1)

A gente quer - e precisa – acreditar na boa intenção do ser humano, mas, com todo respeito, conhecedor que somos dos digamos, trâmites públicos, isso tem tudo pra dar errado. E que me perdoem aqueles que de fato tem necessidade, urgente, de ajuda, mas vai ter neguinho adotando drogado pra poder faturar mais essa grana... não é engraçado não, é triste pra caramba! (1) - fonte: almanaquebrasil.com.br - pesquisa dpaQ&M

Retratos da Vida Real  - 1º CLICK: “Acredite. Dia destes, um grupo de usuários de crack, vindo da Lapa, passou pela Praça Tiradentes, no Centro do Rio, e assaltou... dois mendigos que dormiam na calçada. Levaram duas garrafas de cachaça e um maço de cigarros”; 2º CLICK: “A Marcha da Maconha, no Rio, foi marcada para sábado, em Ipanema. A data marca os 32 anos da morte de Bob Marley, o cantor que... você sabe”. Ancelmo Gois – O Globo

BUENOS AIRES - Na semana passada, a presidente Cristina Kirchner assegurou que a Argentina tem tudo —“temos Papa, temos rainha (em referência à Máxima Zorreguieta, nova rainha consorte da Holanda) e temos Messi, não sou fanática por futebol, mas temos tudo”, escreveu no Twitter. Os dados da empresa de consultoria Management & Fit também mostram que a desaprovação ao governo atinge atualmente 59,6%, bem acima dos 29,4% registrados no momento em que Cristina obteve seu segundo mandato consecutivo. A chefe de Estado vive um pequeno inferno astral, que insiste em negar. Seus aliados políticos adotaram a mesma estratégia e, longe de admitir as pedras que vão surgindo no caminho, preferem falar na continuidade da presidente no poder. O deputado Andrés Larroque, por exemplo, disse semana passada que “temos, pelo menos, uma década (de kirchnerismo) mais pela frente”. No próximo dia 25 de maio, os Kirchner completam dez anos no poder e seus dirigentes já sonham com outros dez anos na Casa Rosada. “O país precisa de mais paciência, mais tolerância, mais amor”, declarou Larroque, o mesmo deputado que chamou a congressista Laura Alonso, do opositor Pro, de “safada”.

Como se vivessem num país diferente ao de Larroque, os argentinos que participam dos panelaços pedem medidas para conter a inflação, melhorar o mercado de trabalho, respeito à divisão de poderes, à liberdade de imprensa, combate à corrupção e à insegurança, entre outras demandas. Leia

Para Joaquim Barbosa, falta “diversidade ideológica na imprensa” - com o que a gente concorda plenamente: é tudo igual.  Lá pelos idos de 60/70, José Abelardo Barbosa, o Chacrinha, cunhou a celebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia" e, pelo que parece, o modus operandi dos políticos, nas atuais democracias sul-americanas, também segue na mesma balada. É tudo igual, só muda o hino... e a bandeira.

Uma, quase, HQ: “O coronel Roberto Baere, de 80 anos, vai amanhã (04), à audiência pública da Comissão Nacional da Verdade na sede da ABI, no Rio, falar sobre a sublevação de um segmento de oficiais da Aeronáutica que pretendiam derrubar o avião do vice-presidente João Goulart, depois da renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Jango, como se sabe, estava na China quando o presidente deixou o cargo.

Baere fazia parte dos tenentes do 1º grupo de Aviação de Caça da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio. Quando chegou a ordem do comandante da base, coronel Paulo Costa, para armarem os caças, ele e mais três pilotos foram avisar que se fossem escalados não participariam da operação. A operação acabou abafada. Mas, três anos depois, quando veio o golpe militar, Baere e seus amigos foram cassados, presos e nunca mais puderam pilotar um avião. Ancelmo Gois – Globo 03.04

Essas aventuras não acontecem mais na vida real, não que atualmente não existam ditaduras, muito pelo contrário, elas continuam existindo sim, mas em formatos bastantes sutis,  o que é raro nos dias de hoje são os coronéis “Roberto Baere”... é coisa tipo “O Zorro”, “O Fantasma”... é coisa de HQ.   

Nota de rodapé, na consciência do ECA: “Se nós temos um elemento, seja menor ou maior, que está cometendo algum tipo de crime essa pessoa tem que ser retirada do seio da sociedade. Essa pessoa tem que sofrer o que a lei estabelece. Nós precisamos recuperar o caráter exemplar da lei. Um jovem hoje tem condições de fazer negócios, contratos... Aí, no momento em que ele comete um crime ele é infantilizado. Essa é uma questão que está um pouco desgastada e que há de se discutir”. José Mariano Beltrame