*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 25 de junho de 2013

“Já se fala na criação de uma UPP dos Protestos para pacificar as manifestações em torno da Assembleia Legislativa do Estado!”

Tutty Vasques

Registrou-se, anteontem, a maior manifestação popular da História do país: 1,2 milhão de pessoas foi às ruas... E, já que estamos, com toda a razão, perplexos com números e recordes, refresquemos nossa memória. Há cinco meses, outro número assustador, também, bateu às portas do Congresso Nacional: 1,3 milhão de assinaturas pela não posse de Renan Calheiros na presidência do Senado.

Além de jogar no lixo o documento, o Congresso fez de Henrique Alves presidente da Câmara e de Marcos Feliciano presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos. E, já como requinte de crueldade dos acintes cometidos contra a sociedade, o PMDB, maior partido da Casa, fez de Eduardo Cunha seu líder na Câmara. Ninguém poderia imaginar que aquelas assinaturas ganhariam pernas e iriam para a rua. Jorge Bastos Moreno, para O GloboLeia

E haja spray de pimenta, pois se se depender das construtoras, o povo não sairá das ruas tão cedo: Por um erro de cálculo de uma das construtoras contratadas para a obra do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, os cofres públicos poderão amargar um prejuízo de R$ 8 milhões. Inaugurada pela presidente Dilma Rousseff em 1º de março deste ano, a unidade precisou de um reforço estrutural antes mesmo de abrir as portas. O caso só veio à tona com a publicação, no Diário Oficial do município da última quinta-feira, da abertura de uma sindicância da Secretaria municipal de Obras para apurar irregularidades. A despesa extra não entrou nos custos da obra divulgados na inauguração, quando a prefeitura informou um custo de R$ 57 milhões. Leia

"Tem dias em que alguns setores da imprensa são uma vergonha. Os donos de jornais deviam ter vergonha. Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partidos políticos. Nós não precisamos de formadores de opinião. Nós somos a opinião pública", afirmou Lula em 18 de setembro de 2010. Confira

A mais pura das verdades. Quase três anos depois a tese de Lula se vê comprovada pela banca examinadora da própria opinião pública... e correndo a céu aberto, nas ruas do Brasil. 

Os senadores Randolfe Rodrigues, e Pedro Simon, acham que os políticos não devem pegar carona no movimento dos estudantes. Os dois defendem que Dilma deveria negociar direto com os manifestantes para atender, de uma vez, algumas das reivindicações, principalmente as que pedem melhorias na qualidade da saúde pública e da educação. Este diálogo seria útil... mas é muito difícil. Afinal não se sabe direito quem são os líderes do movimento. Ancelmo Gois.

Mas eu sei, você sabe e milhões de brasileiros também. Agora, se o governo ainda não sabe, de fato fica difícil um diálogo. Por isso é preciso continuar nas ruas, nos faces, nos twiter, nos blogs, escrevendo faixas, cartazes, cartas, bilhetes, sinal de fumaça... até que ela, a Dilma, - ou seria ele, o Lula – consiga enxergar, se até cegos ja viram.

Da série: Drogas da saúde – segundo episódio da 1ª. temporada: Um paciente que sofre de uma doença degenerativa e está internado há mais de três anos em um hospital em Santos, no litoral de São Paulo, completou 44 anos de vida e recebeu o carinho de familiares e funcionários durante toda quarta-feira (19). Gerson Faltermeier, de 44 anos, está intteernado em uma UTI do Hospital Guilherme Álvaro desde 2009. Além de lutar contra a doença, ele busca um tratamento domiciliar. Gerson já recebeu alta médica há vários meses e já ganhou um processo na Justiça, mas o governo ainda não montou os equipamentos e nem escalou os médicos para realizar o tratamento que o paciente necessita para continuar vivendo. Leia

Coisas como essa, literalmente, não tem preço, nem para o paciente nem para o sistema. A pergunta é: Adianta importar médicos? 

EXTRA - Bomba!: Primeiro, a onda de protestos em todo o Brasil deixou um ambiente de perplexidade no Palácio do Planalto. Logo depois, veio um imobilismo, acompanhado de um longo silêncio que só foi interrompido depois do pronunciamento feito pela presidente Dilma Rousseff. No PT, cresce a pressão para substituir Dilma por Lula na disputa do próximo ano. Os primeiros levantamentos que já chegaram ao Palácio do Planalto mostram uma erosão significativa na aprovação de Dilma. Leia na íntegra