*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

"O universo é a mudança, a vida é o que o pensamento faz desta mudança."
Caesar Marcus Aurelius Antoninus Augustus, ou Marco Aurélio para os íntimos.

Imperador romano, alcunhado de “o imperador filósofo”.


A editora LeYa decidiu engavetar livro sobre a vida de José Dirceu que publicaria ainda neste ano. Motivo: a lei brasileira que proíbe o lançamento de biografias sem a autorização do biografado seria tão drástica que poderia gerar multas e punições que colocariam em risco a própria existência da empresa no país. O parecer foi dado pelo departamento jurídico da editora portuguesa.

"Não houve ameaça do José Dirceu. Nós é que tivemos dúvidas e decidimos consultar advogados. Mas o direito à reserva da vida privada é considerado absoluto no Brasil, o que faz com que seja impossível publicar livro sobre qualquer personagem histórico do país", diz Maria João Costa, editora-executiva da LeYa. "Até personagens secundários citados em fatos irrelevantes poderiam processar a editora."

A obra é assinada por Otávio Cabral, jornalista da revista "Veja". "Cada linha do livro poderia ser provada. Já tínhamos comprado os direitos", diz a executiva. "É absolutamente frustrante e algo que não ocorre em outros países democráticos. Aqui tudo é proibido. Histórias fantásticas não poderão ser contadas no Brasil." Como a vida de Dirceu, que, segundo Maria João Costa, "é digna de cinema". Leia

Tem um ditado que reza mais ou menos assim: Inflama as fogueiras da inquisição quem pode, almoça canja de galinha que tem juízo. Nos EEUU o pessoal esperava que os grandes chefões da máfia fossem presos ou mortos pra escrever suas histórias. No caso brasileiro, já que o cara provavelmente não será preso, tem que esperar ele morrer... mas o Grupo Editorial Record resolveu desafiar essa lenda e esta semana, chegou as livrarias o livro biográfico de Dirceu. Para fazer o livro, Cabral entrevistou 63 pessoas próximas ao petista e descreveu a vida do ex-ministro da Casa Civil de Lula, condenado no processo do mensalão e apontado pela Procuradoria Geral da República como “chefe da quadrilha”. A obra aborda ainda o período em que Dirceu viveu em Cuba e, depois, na clandestinidade no Brasil. É aguardar pra ver o que vai dar. Leia

Estão todos lindos! O Maracanã, o Mineirão, o Mané Garrincha, o Castelão… Os estádios que se arrumaram para as copas do Mundo e das Confederações não deixam nada a desejar às melhores arenas de balé do planeta, mas não foi só o conforto da plateia que mudou: o público também não é mais aquele!

“Ir ao futebol” no Brasil está deixando de ser programa popular! Afora os preços de temporada de ópera em Viena, o torcedor que não tiver acesso à internet, cartão de crédito, CPF e RG, além de tempo livre para sacar pessoalmente os ingressos onde a Fifa bem entender, não está apto a se divertir à beira do gramado.

A se consolidar por aqui a nova cultura de espetáculo ditada pela sede da entidade na Suíça, muito em breve o Brasil vai precisar de um sistema de cotas de ingressos para negros, pobres e qualquer um que provar conhecer a lei de impedimento. Se depender do torcedor que não dá a mínima pelota para a bola – e vice-versa –, periga os estádios ficarem às moscas depois que a festa acabar. Tutty Vasques

Cotas para ingressos nas arenas ainda não tem, mas Bolsa Família já tem: Até a última sexta-feira, 1.334 ingressos para jogos da Copa das Confederações tinham sido vendidos a beneficiários do Bolsa Família, que aproveitaram o desconto de 50% garantido pela legislação. As famílias de baixa renda podem comprar entradas da categoria 4, que têm preços de R$ 57, R$ 76 ou R$ 95. Pagam, portanto, R$ 28,50, R$ 38 ou R$ 47,50 por cada ingresso. Leia

O economista Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz em 2006, foi um visionário ao apostar na concessão de microcrédito e no empreendedorismo para reduzir a miséria em Bangladesh, onde ele nasceu e vive até hoje. Fundador do Grameen Bank, em 1976, e autor do livro O banqueiro dos pobres (Ed. Ática), Yunus contribuiu de forma decisiva para popularizar o microcrédito em todo o mundo. Segundo ele, o empreendedorismo é uma solução mais eficaz do que programas assistencialistas, como o Bolsa Família, para reduzir a pobreza. “Dar dinheiro para os pobres não é uma solução para a miséria”, diz. “É uma forma de mascarar o problema.” Leia.

Seu Muhammad, um dia o Brasil vira uma Bangladesh... quem sabe? Quem sobreviver verá.

O líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), tem desempenho criticado no governo. Tanto que sua atuação é explicada assim pelos corredores do Planalto: se ele tiver que cuidar de duas tartarugas, uma foge e, a outra, engravida. Ilimar Franco, para O Globo

Só nos resta rir...

Responsável por 37% da geração de energia do país, o Grupo Eletrobras (Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul) está perdendo R$ 1 milhão por hora. No acumulado de 2013, o dreno nas receitas já contabiliza R$ 8,76 bilhões. As perdas resultam da renovação dos contratos de concessão de usinas e linhas de transmissão, assinada com o governo federal com base na Medida Provisória 579, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no início deste ano. A renovação dos contratos fez com que o grupo sofresse forte queda de valor de mercado, ficando em R$ 8,8 bilhões no último dia 31, bem abaixo dos R$ 18,6 bilhões verificados em maio de 2012. A informação foi dada pelo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, ao GLOBO, em uma de suas poucas entrevistas exclusivas desde que assumiu o cargo, há dois anos. Ele contou como o grupo — que, com a renovação dos contratos, viu seus ativos encolherem de R$ 31 bilhões para R$ 14 bilhões e, depois, serem reavaliados alcançando R$ 25 bilhões — está reagindo. Leia

Só nos resta chorar!

Luciana Gimenez participou, na segunda-feira (10), do programa de debates matinal “The view”, do canal americano ABC, como co-apresentadora convidada. Sentada ao lado de Whoopi Goldberg e Barbara Walters, Luciana foi chamada de “a Oprah brasileira” e não se furtou de falar sobre Mick Jagger e o filho que teve com ele, Lucas, de 14 anos. Leia

Só nos resta o exílio... em outra dimensão do universo

O “cristograma”
de Constantino
Milhares de evangélicos participaram nesta quarta-feira, (5), de uma manifestação em Brasília, convocada por pastores e liderada por Silas Malafaia, em defesa da liberdade religiosa. [...] Principal organizador do evento, o pastor Silas Malafaia foi quem falou por mais tempo e fez o discurso com mais ataques aos "adversários" dos evangélicos. Ele começou com diversas críticas ao que chamou de "ativismo gay", em referência ao movimento LGBT.

"O crime de opinião foi extinto e o ativismo gay quer dizer que a minha opinião sobre a união homoafetiva é crime. Nós chamam de fundamentalistas, mas eles são fundamentalistas do lixo moral, o ativismo gay é o fundamentalismo do lixo moral", afirmou Malafaia. "Tentam comparar com racismo, mas raça é condição, não se pede para ser negro, moreno ou branco. Homossexualidade é comportamento. Ninguém nasce homossexual", complementou.

Malafaia criticou o STF e o CNJ por terem "na caneta" aprovado a união civil entre pessoas do homossexual e obrigar cartórios a registrar o casamento gay. [...] Atacou ainda o PT destacando o julgamento do mensalão e sugerindo que a indicação de Barroso poderia ter como objetivo absolver os condenados. Encerrou destacando ser o objetivo do evento mostrar a força dos evangélicos. "Esse nosso evento é um ensaio, um exercício de cidadania. Não somos cidadãos de segunda classe, vamos influenciar a nação". Leia

Em 325 d.C, de  na cidade de Niceia – atual Isnik, na Turquia - o imperador romano Constantino I, que almejava conquistar uma unidade religiosa para fortalecer sua monarquia, viu no cristianismo, que na época estava em ascensão, a grande oportunidade para realizar seu projeto de poder. Convocou então um concílio de bispos - que ficou conhecido, é claro, como Concílio de Niceia – que, dentre outras providencias, estatizou a religião católica, isto é, adotou o catolicismo como religião oficial de Roma. Dai em diante não só a religião, como a política e até mesmo o mundo nunca mais foram os mesmos. A história de Constantino/Concílio de Nicéia é um pouco mais, alias muito mais, do que este resumo, mas demonstra muito bem o que pode ocorrer quando se deseja obter o poder simplesmente para se exercer o poder. (1)

O discurso de Silas Malafaia não assusta pelos dogmas da religião, mas pela essência de sua ideologia que se manifesta na frase: Não somos cidadãos de segunda classe, vamos influenciar a nação.

(1). Constantino, mesmo estatizando a religião católica, continuou fiel às suas crenças – culto do “Sol Invictus”, onde era sumo sacerdote – e só foi batizado/convertido ao catolicismo poucas horas antes de morrer. Como disse Ziraldo outro dia, quando foi questionado sobre se ele era congregado mariano, por fazer o cartaz da Jornada Mundial da Juventude todos os anos: “Faço tudo o que a Igreja me pede. Vai que tem céu!"