*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 11 de junho de 2013

“Se auxílio-alimentação é para alimentar, como pode ser pago retroativo a nove anos, a pessoas vivas e, ainda, com altos salários?"

Senador Cristovam Buarque, sobre o auxílio aos ministros do TCU

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, defendeu, em seu perfil no Twitter, que a Caixa Econômica Federal patrocine os times do Rio Grande do Norte ABC e América. Henrique Alves contou que fez o pedido ao próprio presidente da Caixa, Jorge Hereda, recentemente desgastado no episódio dos saques antecipados do Bolsa Família. Leia

Enquanto Isso: Um aluno com déficit de atenção do quinto ano da Escola Municipal Professor Augusto Cony, na Taquara, Zona Oeste do Rio, fazia seus exercícios de matemática em casa quando erros na apostila chamaram a atenção do seu primo mais velho, Rodrigo de Alencar, de 26 anos, que o ajudava nas tarefas. Na página 11, da MP5 do 2º bimestre — como o material didático é nomeado — uma tabela com estados da Região Nordeste ensina que Belém é a capital de Pernambuco, que Manaus é a capital da Paraíba e que este estado é representado pela sigla PA, em vez de PB.

Mãe da criança, Silvia Alencar, de 43 anos, afirma que esta não é a primeira vez que o material didático distribuído pela Prefeitura possui problemas de informação e editoração. "Os erros são constantes. No ano passado, a professora chegou a pedir para os alunos apagarem palavras da apostila com liquid paper ou então para pularem a matéria. Sei que não é um problema da escola, que tem professores muito competentes. O problema é que o governo não está nem aí para nada. Não existe filho de nenhum deles [governantes] estudando no Brasil. Vão para o exterior estudar e voltam para sacanear o povo", reclama indignada. Leia

Mas não se afobe, tem mais: “Alunos de pelo menos quatro cidades da região metropolitana de São Paulo estão sem livros didáticos até agora, às vésperas do fim do primeiro semestre. A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação ainda apura quantos estudantes foram atingidos. Os municípios acusam o governo do Estado de São Paulo de não liberar os livros. A Secretaria Estadual de Educação, por sua vez, garante que a culpa é das cidades. O problema [...], ocorre com a distribuição da reserva técnica, volume extra de livros encaminhado pelo MEC para suprir a quantidade de alunos não mensurada no ano anterior. Pela regra, essa reserva é enviada ao governo de cada Estado, que deve organizar a distribuição”. Leia

A culpa disso tudo, com certeza, é do aluno, um chato, mimado, que só faz desestabilizar as metas do governo... mas é melhor esquecer esses dessabores éticos é acompanhar os lances futebolísticos do campeonato rio-grandense do norte. Lá, eu sou América desde os tempos de meu avô Arary... mas aí é assunto de pra outra prosa.

Afinidades – “Às vezes tenho a impressão de que a imprensa está exilada dentro de meu País. Quando nós criticamos eles dizem que estão sendo atacados. Quando nos atacam, falam em democracia”. Lula em discurso recente (17/05), na Argentina

“Se a imprensa difama, desinforma e ataca um presidente é liberdade de expressão. Se o presidente responde é atentado à liberdade de expressão. Uns são mais livres que os outros ?” Trecho do discurso de posse do presidente Rafael Correa – Equador - em 24/05.

Resta saber quem pensou primeiro! Ou é genético?

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a perspectiva do rating de longo prazo em moeda estrangeira BBB do Brasil para negativa. A perspectiva do rating de longo prazo em moeda local A- também foi rebaixada para negativa, de estável. A agência justificou o rebaixamento diante  do crescimento fraco do País, do ‘investimento declinante do setor privado’ e da deterioração da política fiscal do governo. Leia

Já para o Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a coisa é bem diferente: “Nós estamos bombando. Não há nada grave na economia. Passou a tempestade” - Fernando Pimentel, Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ilimar Franco para O Globo.

O Pimentel deve ser tipo um Afif Domingos – que as vezes é vice-governador de São Paulo e outras é ministro chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.  Pimentel deve exercer as funções de Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio no Brasil, mas também exerce funções idênticas, em um Ministério semelhante, em um mundo paralelo. Assim como acontece na série Fringe(1).  Assim que a gente descobrir esse mistério contaremos pra vocês.

Em tempo: minha amiga Cacau, alerta que bombando, no sentido literal do termo, significa jogar bombas, destruir, detonar, causar danos, destruições. E que a fala, do Pimentel, analisada sob este aspecto, é coerente.

(1). Fringe é um drama que explora a tênue linha entre a ficção científica e a realidade. Dois mundos semelhantes (Universos?) que vibram em dimensões diferentes, começam a se sobrepor em função de um acidente, provocado sem intenção, por um cientista, na zona de fronteira vibratória das duas realidades,. São cinco temporadas. No Brasil já chegou a quarta, a qual acabei de ver esta semana. Embora ainda esteja tentando entender a primeira temporada eu gosto muito da série, principalmente da Olivia Duham, Agente da divisão Fringe do FBI. Até o momento ainda não vi o Pimentel por lá. Quem sabe ele aparece na quinta temporada? 

De repente me vi no centro do Brasil. Vim fazer uma apresentação em Uberlândia e, misteriosamente, entre cidades brilhando na noite de céu claro, apenas Uberlândia estava sob neblina tão densa que o aeroporto estava fechado. Tivemos de aterrissar em Uberaba. As cidades trazem à cabeça o prefixo "uber" com o qual, é claro, seus nomes nada têm a ver, sendo Uberaba palavra indígena que, vejo no Google, significa "água cristalina" Em outra busca, "água brilhante" Lembrei-me logo de um amigo paraguaio que vive na Bahia e está sempre nas festas de Santo Amaro. Ele me corrige a pronúncia de Ypacaraí na gravação que fiz dos "Recuerdos" para o disco "Fina estampa": o Y guarani é pronunciado como um U francês, só que com os lábios menos arredondados. É um U francês com menos bico. Esse U é a água, "beraba" é que é "brilhante" No lugar onde achei "água brilhante" o nome da cidade vem descrito como tendo se originado do tupi Y'beraba. A gente sempre soube que I, em tupi, é água. Esse Y deve ser uma vogal intermediária entre o I e o U, como no guarani paraguaio. Caetano para O Globo em 02.06

Uberaba não merecia isso. Parodiando o mestre Djavan: É mais fácil aprender japonês em braile do que entender os escritos de Caetano.

A Câmara dos Deputados conclui na noite desta terça-feira (4) a aprovação do projeto de lei que permitirá a criação de 400 novos municípios. O texto regulamenta a Constituição ao estabelecer regras de incorporação, fusão, criação e desmembramento de municípios e determina que distritos poderão se emancipar após a realização de um plebiscito. O projeto foi proposto em 2008 pelo Senado, mas como foi alterado pelos deputados, volta agora para revisão final dos senadores. Se aprovado, segue para sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff. Leia

A revista IstoÉ da semana passada, publicou, sob o titulo “A Aberração da Fábrica de Novos Municípios”, uma reportagem sobre o assunto, do qual extraímos o texto seguinte: “Pela ideia a ser colocada em discussão, distritos e povoados com mais de oito mil habitantes poderão se habilitar ao status de município, necessitando apenas de uma aprovação através de plebiscito com a população local. Há pelo menos 410 cidades na fila que preenchem o requisito. Ocorre que a quase totalidade delas não terá condições sequer de sobreviver à base de arrecadação de impostos locais. Deverão ser bancadas pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), onerando pesadamente a conta da Federação e, por tabela, do contribuinte brasileiro. Para se ter uma ideia, no período entre 2001 e 2010 foram criadas 58 prefeituras que provocaram a abertura de 31 mil novos cargos públicos e espetaram uma dívida de R$ 1,3 bilhão no FPM”. Leia na íntegra

...determina que distritos poderão se emancipar após a realização de um plebiscito”. Aí que mora o perigo. Realizar plebiscitos em zonas carentes de tudo, principalmente de informação, é semelhante a obter confissão de um preso, sob tortura. Na quarta seção de choques no pau-de-arara ele confessa que depois que crucificou Jesus foi pra Cafarnaum comemorar em um baile funk. Parece brincadeira, mas não é, pois pode custar mais de R$ 1 bi/ano.

Nota de Rodapé - O espanhol já tem onde cair morto: Está sendo lançado na Funermostra, uma feira de produtos funerários em Valência, o caixão de papelão reciclado a US$ 190 parcelado no cartão. Tutty Vasques