“Com todo o respeito que essas
figuras têm, mas não é o passado que está em jogo, é o presente, e eles se
conduziram mal” - Olívio Dutra, um dos fundadores do PT
O agente da Polícia Rodoviária Federal, Rodrigo
Silveira Nunes, de 27 anos, foi vítima de uma bala perdida quando trafegava, na
manhã de ontem, pela alça de acesso da Linha Vermelha para a Linha Amarela. O
tiro, disparado do alto do Morro do Timbau, no Complexo da Maré, perfurou o
vidro dianteiro de seu EcoSport, atingiu o canto da boca e saiu pelo pescoço do
motorista. Ele foi socorrido por uma ambulância, que passava pelo local, e
levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas passa bem.
Menos de duas horas após o disparo, o traficante José
Renato Cabral da Silva, de 23 anos, o Naruto, se entregou aos policiais
rodoviários que aguardavam na via expressa a chegada da perícia para o veículo
de Rodrigo, lotado há pouco mais de um ano na Polícia Rodoviária Federal.
O bandido confessou que efetuou os disparos e entregou
aos policiais o fuzil calibre 762. Naruto, que atuava na segurança do
traficante do Morro do Timbau, Marcelo Santos das Dores, o “Menor P”, contou
que se entregara por ordem do chefe do tráfico.
Ele acrescentou que “Menor P”, quando soube que um
policial havia sido atingido ordenou que ele se entregasse por temer operações
no Morro do Timbau. Ana Cláudia
Costa/O Globo
Essa notícia rolou no telejornal
a Band semana passada - quarta ou quinta
feira, não me lembro - onde o Boechat chegou a comentar que era no mínimo
“esquisito” que em menos de duas horas após o disparo, o traficante tenha se
entregado aos policiais, confessando que efetuou os disparos e, mais espantoso
ainda, entregando aos policiais um fuzil calibre 762, que custa uma grana - varia
entre 4 a 12 mil Reais. Aí tem... esse menor pode ser “P” na alcunha, mas é
“GG” nas ações. Como dizia minha vó, Da. Elizabeth, a primeira e
única - pelo menos por parte de mãe: “Meu
filho, embaixo de moitas podem-se esconder alguns coelhos, gatos, codornas quem
sabe até um ou dois políticos, mas menores do tipo “P”, só com a autorização da
polícia”.
O bode expiatório - O deputado-presidiário Natan Donadon recebeu na
noite de anteontem a primeira visita de seu advogado desde a prisão da turma do
mensalão, no sábado. Conversaram mais de uma hora. Donadon diz que virou alvo
de chacota dos presidiários vizinhos, que dizem que ele perdeu o privilégio
depois que seus “amigos mais famosos chegaram”. Donadon disse a seu advogado,
Marcus Gusmão, que virou “bode expiatório”, por abrir o caminho para a prisão
dos condenados no mensalão. Ele tem direito a duas horas de banho de sol por
dia e não encontra José Dirceu e José Genoino. Sua família, garante, enfrenta a
fila para pegar a senha da visita. (1)
Daqui não saio! - Condenado a segunda maior pena do mensalão - 29
anos, sete meses - o publicitário Ramon Hollerbach está satisfeito com a Papuda,
em Brasília. Recebeu atendimento médico, assistente social, tem acesso à
biblioteca, e está em cela individual. Disse ao advogado, Hermes Guerrero, que
pensa em não pedir transferência para Minas Gerais, onde mora sua
família. (2)
Daqui não saio!
Daqui ninguém me tira!
Onde é que eu vou morar?
O senhor tem paciência de esperar!
'inda mais com quatro filhos,
Onde é que vou parar?!
Daqui ninguém me tira!
Onde é que eu vou morar?
O senhor tem paciência de esperar!
'inda mais com quatro filhos,
Onde é que vou parar?!
(1) e (2): Ambas as noticias são de Ilimar Franco/O Globo
Cadê Sansão? - Mais uma estátua da Mônica Parade, mostra
comemorativa dos 50 anos da personagem em quadrinhos, foi alvo de vandalismo na
cidade de São Paulo. A vítima da vez foi a obra personalizada pelo artista
Alexander Borba, na esquina da Alameda Tietê com a Rua Bela Cintra, nos
Jardins. O coelho Sansão foi arrancado de suas mãos... fiel companheiro da
dentuça.