“Os ditadores surgem em qualquer estação, mas ficam hibernando, até
que eclodem nos invernos sociais. Hitler dominou a Alemanha quando sua
“imunidade” psíquica [da Alemanha] estava em baixa, tal como um vírus que
infecta o corpo quando sistema de defesa está combalido”. Professor
Julio Verne, personagem do livro “Colecionador de lágrimas” de Augusto Cury
Ele gosta de dormir na suíte japonesa do Palácio Miraflores, conjunto
arquitetônico de 130 anos no centro de Caracas, sob a mira de um velho canhão
instalado a cinco quilômetros de distância, no alto da colina onde fica o
suntuoso sepulcro do antecessor - “o gigante”, apelidou.
Quando acorda, é recebido por um séquito de
guarda-costas. Em viagens, costuma ter 120 pessoas na comitiva, inclusive
provadores de comida, técnicos em explosivos e médicos com especialização até
em epidemiologia.
Em maio passado, por exemplo, passou 72 horas no circuito Buenos
Aires-Montevidéu-Brasília. O périplo custou US$ 1 milhão, o equivalente a
despesas de US$ 13.800 por hora, em hotel, comidas, bebidas e compras variadas.
Bloqueou andares inteiros de hotéis de luxo (42 apartamentos só para
guarda-costas) e alugou suítes a US$ 4,5 mil por dia. Nas conversas com os
presidentes Cristina Kirchner, José Mujica e Dilma Rousseff, ele pediu crédito
para comprar alimentos, cada dia mais escassos nas prateleiras dos mercados
venezuelanos.
Quatro meses mais tarde, em setembro, desembarcou em
Pequim. Gastou US$ 2,9 milhões na estadia de uma semana - média de US$ 17.261
por hora. Fez um empréstimo emergencial de US$ 5 bilhões, em condições não
divulgadas, e retornou à suíte japonesa de Miraflores.
Com apenas nove meses no poder, Nicolás Maduro, 51 anos, já é o governante
de hábitos mais caros da história recente da Venezuela: reservou US$ 945
milhões para suas despesas, segundo dados do orçamento nacional para 2014
levantados pela Transparência Venezuela e por especialistas em contas públicas
como Carlos Berrizbeitia, deputado pelo partido Projeto Nacional. Isso
representa 16 vezes mais do que dispõe para gastar neste ano, com dinheiro público,
a Rainha Elizabeth II, da Grã-Bretanha.
A Presidência Maduro tem um custo previsto US$ 2,5 milhões por dia. Se realizado,
vai superar em 19% o recorde do antecessor, Hugo Chávez, que em 2011 consumiu
US$ 794 milhões, à média diária de U$ 2,1 milhões. É significativo para um país
cuja economia equivale a um quarto da brasileira e cambaleia sob grave crise. A
Venezuela encerrou 2013 como recordista mundial de inflação: os preços ao
consumidor subiram 56,2%, informa o Banco Central local. Ou seja, avançaram em
ritmo nove vezes superior aos brasileiros no período.
Pelo orçamento, seu conceito de “felicidade suprema” só
vale para o caixa presidencial. Ao reservar US$ 945 milhões, Maduro garantiu:
.U$$ 7,6 milhões para suas despesas com alimentos e
bebidas, num padrão de consumo mensal de US$ 633 mil.
.US$ 5,2 milhões para despesas em viagens. É menos que
os US$ 9,5 milhões despendidos nas 33 realizadas dos últimos sete meses.
.US$ 250 mil para roupas e sapatos. A renovação do
guarda-roupa de Maduro vai custar US$ 20.800 por mês.
É coisa de estarrecer o Sacro Império Sarney. Roseane
tá passada.
Mas o cara é bom... é maduro: O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro,
anunciou na madrugada de ontem uma revisão em toda a programação de TV exibida
no país, acusando as emissoras de transmitir telenovelas que fomentam a
violência. A intenção do chavista com o controle de cenas violentas é combater
a criminalidade no território venezuelano, onde é registrado um dos maiores
índices de homicídios do mundo. Dei
instruções à ministra de Comunicação e ao Conselho Nacional de Telecomunicações
(Conatel) para que se revise toda a programação das televisões nesse país, a
cabo e sem cabo. Vamos construir uma cultura de paz para as nossas crianças,
disse Maduro na Assembleia Nacional. Leia
A solução melhor seria Maduro estabelecer a “Nossa Tv”,
do pastor, Ops!, do missionário R.R. Soares, como rede oficial da TV
venezuelana e ponto final.