*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Incompetências & rituais

"É caso de se pensar em crime de responsabilidade". O Fundo Penitenciário (Funpen) tem um estoque de quase R$ 2 bilhões, mas o governo impede que boa parte seja gasta. Não falta dinheiro, falta gestão” - Gilmar Mendes, em entrevista para O Globo, sobre a crise nas penitenciarias do País.

Apesar dos altos índices de homicídios no país e de a violência ser apontada como um dos principais problemas pela população brasileira, estados, municípios e ONGs não conseguem gastar toda a verba federal que recebem para a área de Segurança Pública. Números da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, mostram que, nos últimos três anos, o governo federal recebeu de volta R$ 135,35 milhões que havia repassado a estados, municípios e ONGs por meio de convênios. Hoje, uma comissão de senadores visitará o presídio de Pedrinhas, no Maranhão, onde 59 presos foram decapitados só em 2013.

Segundo a Senasp, as devoluções têm três motivos. Dois indicam mau uso da verba: ou houve irregularidades no projeto ou ele simplesmente não foi executado. O terceiro, ao contrário, aponta bom aproveitamento do dinheiro: o projeto foi executado gastando menos do que o previsto. Confira

Óbvio que o “terceiro motivo” é simplesmente didático. Como disse o filósofo “Não se faz uma Copa com hospitais”, mas, sabemos, pode-se desmontar um país com doses maciças de incompetência, aliás, coisa essa que nossos governantes sabem fazer bem feito, como, por exemplo, denuncia o Relatório de Auditoria Anual de Contas da Controladoria-Geral da União (CGU):

O relatório aponta pagamentos indevidos e falhas de controle interno do Ministério da Saúde na 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças, feira institucional realizada entre 16 e 19 de outubro de 2012, em Brasília.

O relatório, de 326 páginas, detectou pagamentos de R$ 2 milhões por serviços não prestados, executados em quantidade inferior à estabelecida em contrato (R$ 1,4 milhão) e por valor de aluguel superior a contratos semelhantes com outros ministérios (R$ 636 mil) – no mesmo relatório, a CGU já havia apontado que 62% das unidades do Sistema Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) não prestaram contas dos serviços prestados. Confira na íntegra

Mujica legaliza Big Brother no Uruguai - Libertário e transgressor, Pepe Mujica, presidente do Uruguai, anunciou a legalização da produção e do consumo de Big Brother em seu território. "Desde que seja feito em pequenas quantidades", estipulou. Fernando Henrique Cardoso divulgou uma nota em apoio à medida.

Mujica negou que a legalização do Big Brother seja a porta de entrada para o consumo de drogas mais pesadas, como a cocaína, Luciana Gimenez, Sérgio Mallandro, Faustão, a heroína, o pó de pirlipimpim ou o Mulheres Ricas. E acrescentou: "Precisamos ter menos preconceitos. O Programa do Jô, por exemplo, é uma droga legalizada, e todo mundo consome sem pensar nos aspectos nocivos aos neurônios".

Ciente de suas responsabilidades cívicas, Mujica foi cauteloso em relação à liberação do Globo News Painel, com William Waak. "Acredito que nenhum país do mundo está preparado para isso", alertou. revistapiau/blogs/i-piauiHerald

O monstro da Casa Civil ao qual se refere este artigo é o ex-assessor “especial” da Ministra Chefe Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao Governo do Paraná nas eleições deste ano. Eduardo Gaievski é acusado de 40 crimes sexuais, dentre os quais 26 estupros contra menores de idade, um estuprador/pedófilo em série. Os demais estão relacionados à utilização da máquina estatal para obter favores sexuais. O mais chocante é saber que dos 26 estupros, pelos quais Gaievski é acusado, 17 são contra “vulneráveis”, ou seja, menores de 14 anos.

No entanto, os conhecimentos internos de Gaievski sobre o PT e a própria Gleisi Hoffmann faz com que estes dois tentem desesperadamente livrá-lo da cadeia; onde inclusive teme ser assassinado. Tanto teme a própria morte que disse: “Não serei um novo Celso Daniel”, em alusão ao prefeito petista(1)...

Inclusive! A Ministra parece gostar de escolher criminosos para assessores, pois indicou o ex-vereador de Londrina (PR), Gláudio Renato de Lima, para assumir a tesouraria do diretório do PT no Paraná. Gláudio também foi a escolha de Gleisi para assessor parlamentar no Senado, em 2011. E qual o problema? Bem, talvez o fato de que Gláudio Renato de Lima foi condenado à 9 anos e 10 meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e concussão, em 2012.

Quem escolhe alguém com esse histórico para governar seu Estado está compactuando com o modus operandi nefasto que aqui foi exposto. Espero que não seja esse o caso dos paranaenses e que o monstro da Casa Civil, Eduardo Gaievski, junto com seus comparsas, seja condenado e punido pelos seus crimes e tenha um único ato de decência em vida: dizer o que sabe sobre o caixa 2 do PT, para desespero dos idiotas úteis e corruptos e benefício do cidadão brasileiro. Por Roberto Lacerda Barricelli e enviado por Samuca Mac Dowell. Leia na íntegra - (1). Celso Daniel, prefeito de Santo André/SP, foi assassinado em 18 de janeiro de 2002, porque sabia o que não deveria saber.

A pergunta é triplamente simples: Porque Eduardo Gaievski ainda está solto? Porque ele tem medo de ser assassinado na cadeia? Não rima, mas se social&politicamente faz sentido, não seria uma boa solução?... e te cuida Paulo Bernardo, pois parece que sua senhora gosta de viver perigosamente.


Nota de rodapé à moda antiga: A Montfort, de orientação católica ultraconservadora, saudou ontem a escolha de Dom Orani como novo cardeal. No texto, a entidade fundada por Orlando Fedeli, falecido em 2010, lembra que o novo cardeal foi “o primeiro prelado brasileiro a haver concedido uma paróquia para o rito tridentino” (missa à moda antiga em latim). Ancelmo Gois/O Globo

Nesse ritmo em breve estarão de volta os Tribunais da Santa Inquisição.