“Na verdade tudo isso sinaliza algo muito mais grave. São tantos e
tão persistentes os privilégios que a si próprios concedem, que os poderosos
acabam por confundir o que é do povo com o que lhes pertence. De tão repetida,
a ilegalidade chega a parecer-lhes normal”.
Por Marco Antônio Pontes/Jornal da
Comunidade/Brasília/DF
Comprimidos de Viagra, avaliados em R$ 23,4 mil, foram furtados do estoque
do Exército britânico, conforme revelou o governo do Reino Unido. O
Ministério da Defesa agiu rapidamente e esclareceu que o Viagra, utilizado mais
frequentemente contra disfunção erétil, é usado por militares
para combater pressão baixa e enjoos em elevadas altitudes, de acordo com
a Sky News. As pílulas azuis fazem parte de uma série de itens furtados da
caserna, totalizando prejuízo de R$ 27 milhões. Confira
Considerando que o BNDES – um banco criado para apoiar
empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do Brasil melhorando
a competitividade da economia e, consequentemente, a elevando a qualidade de
vida da população brasileira – financiou US$ 682 milhões na construção da
primeira etapa do Porto de Mariel em Havana/Cuba, até que a notícia sobre o
furto de Viagra, do estoque do Exército britânico, não é tão esquisita assim,
né mesmo?
Elas praticamente não tiveram
voto, nem gastaram dinheiro na campanha
eleitoral. Por isso, levantaram suspeitas. Análise feita pela Procuradoria
Regional Eleitoral do Rio de Janeiro concluiu que, nas eleições de 2012, 1.429
candidatas às Câmaras Municipais, com votação irrelevante (até dez votos) e
gastos inferiores a R$ 2 mil, atuaram como laranjas, apenas para que os
partidos políticos cumprissem os 30% exigidos pela Lei Federal 12.034/2009 para
cada sexo — na prática, o percentual mínimo de mulheres exigido nas chapas
proporcionais.
No contingente de candidatas fantasmas, a Procuradoria
apurou o nome de pelo menos 80 servidoras públicas, entre professoras,
merendeiras, recreadoras, auxiliares de enfermagem e administrativas, agentes
comunitárias, serventes, policiais militares e do Corpo de Bombeiros.
“Como a
legislação eleitoral garante três meses de licença remunerada aos servidores
que se candidatam, é provável que esse benefício tenha sido a razão central do
aliciamento das laranjas no serviço público. Interesse político não era, porque
a maioria esmagadora teve, ao mesmo tempo, zero voto e nenhum registro de gasto
de campanha” — suspeita o ex-procurador regional eleitoral Maurício da
Rocha Ribeiro. Confira
Quando a gente pensa que, no quesito patifarias
eleitorais, já rolou de tudo, surge esse rolezinho público municipal. Agora cá pra
nós, legislação eleitoral “que garante três meses de licença remunerada aos
servidores que se candidatam”, é dar mole demais, né não? Nossos legisladores
parecem não conhecer a astúcia dos cidadãos tupiniquins em relação ao que possa
ser direito civil & políticos.
A primeira fase do XII Exame de Ordem
Unificado da OAB - Seção de São Paulo, reprovou
83,36% dos candidatos. Dos 25.661 inscritos, apenas 4.268 foram aprovados, um
índice de 16,63%. O Presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, disse, em nota, que
o índice é preocupante. “O resultado
recente do Exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina) reprovou 59%
dos recém-formados nas escolas de Medicina. A reprovação dos bacharéis em
Direito foi mais alta, superando a faixa dos 80% e reforça a necessidade da
manutenção do Exame” Confira.
Aliás e a propósito: “As gangues
preencheram o vazio deixado pelo Estado. Em troca de lealdade e uma taxa de
adesão, as gangues oferecem proteção, trazem insumos básicos, levam as famílias
de ônibus para as visitas e até pagam advogados”. Reportagem da revista
inglesa “The Economist”, publicada na edição desta quinta-feira [16], sobre o
sistema prisional no Brasil. Confira.
O vazio do estado: Uma pesquisa divulgada em Outubro de 2013 mostra que,
entre 21 países, o Brasil fica em penúltimo lugar em relação ao respeito e à
valorização dos seus professores. Para montar o Índice Global de Status de
Professores, da Varkey GEMS, os estudiosos entrevistaram mil pessoas em cada um
dos países. De acordo com o estudo, os professores têm o melhor status na China
e o pior, em Israel.
Os brasileiros também disseram que apoiam salários
mais altos para os professores e 88% acham que eles deveriam ser remunerados de
acordo com o desempenho de seus alunos. A desvalorização desses profissionais
fica clara quando os entrevistados são perguntados se gostariam que seus filhos
fossem professores: apenas 20% responderam que sim. Por outro lado, 45% dos
pesquisadores disseram que não encorajariam seus filhos a se tornarem docentes.
Os países pesquisados foram: Brasil, China, República
Tcheca, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Israel, Itália, Japão,
Países Baixos, Nova Zelândia, Portugal, Turquia, Cingapura, Coreia do Sul,
Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o
mundo”. Nelson Mandela