*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Especial de domingo – Os sabotadores da pacificação

Claro que como todas as pessoas tenho defeitos, mas nunca misturei dinheiro público com vida privada. Aliás, sou um dos poucos políticos que mantenho o sigilo fiscal e bancário para qualquer investigação a qualquer tempo”. Antony Garotinho, em seu blog, em 09/12/2013

Anthony Garotinho e a tentativa de sabotar a pacificação nos morros
Manchete de reportagem publicada no portal epoca.globo.com em 07/02/2014

Em verdadeiras operações de guerra, com tanques da Marinha e militares do Exército, o poder público retomou o controle de favelas cariocas dominadas por criminosos. De 2008 até hoje, foram reconquistadas 252 comunidades, onde vive 1,5 milhão de pessoas. Antes dessas ações, as áreas eram territórios de traficantes e milicianos, que desfilavam com fuzis e metralhadoras na mão.

Para evitar que a bandidagem voltasse ao poder, o governo do Rio de Janeiro instalou Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nos principais morros retomados. Já há 36 UPPs com 9 mil policiais militares. Nestes seis anos, os homicídios diminuíram 65% nas comunidades ocupadas. Apesar das batalhas vitoriosas, a guerra não está ganha. Há muitas favelas para ocupar e, mesmo nas comunidades já retomadas, os bandidos ainda sonham em reconquistar os territórios perdidos.

A surpresa são os novos inimigos: os sabotadores da pacificação. O objetivo desse grupo também é territorial, mas no campo político. Suas armas são as ameaças, a perseguição, a produção de dossiês e uma série de outros artifícios para instalar o medo na população e desacreditar a segurança pública. Esses agentes do subterrâneo têm endereço conhecido e comando estabelecido. Eles operam num bunker na Rua Senador Dantas, no centro do Rio de Janeiro. Na liderança do grupo, estão o ex-governador Anthony Garotinho e o ex-chefe da Polícia Civil [do Rio de Janeiro], Álvaro Lins.

Pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, Estado que já administrou de 1999 a 2002, Garotinho chama a ação nas favelas de “farsa da pacificação”. Seu objetivo é minar a administração de Sérgio Cabral, seu principal adversário político, e atacar sua maior conquista, o programa das UPPs, que reduziu os homicídios na capital em 48%. Se a coisa ficasse apenas no plano eleitoral, seria do jogo. Mas Garotinho extrapolou. Por meio de seu blog, ele divulga dossiês contra o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. A torrente de acusações foi tamanha que, no ano passado, Beltrame entrou com uma queixa no Supremo Tribunal Federal. Na ação judicial, Beltrame afirma que os ataques contra ele ameaçam sua credibilidade e reputação diante da polícia. “O blog é um permanente corpo de delito”, diz a queixa ao STF. – Por Hudson Corrêa, Raphael Gomide e Ana Luiza Cardoso, em 07/02/2014, para a revista Época - Leia na íntegra

O Garotinho não precisa de apresentação, é um velho meliante bem conhecido na praça, mas sobre seu cumplice, Álvaro Lins, é bom rever alguns fatos ou sua ficha-corrida, como preferem alguns:

Álvaro Lins começou sua carreira na Polícia Militar do Rio de Janeiro, no governo de Marcello Alencar. Quando ainda era major, esteve envolvido em denúncias de ligação com o jogo do bicho, durante a chamada "Operação Mãos Limpas Tupiniquim", promovida pelo Ministério Público estadual, em 1994. Mais tarde, fez concurso para a polícia civil. Foi aprovado com uma boa colocação nas provas intelectuais, mas foi reprovado na fase de investigação social, realizada na Academia de Polícia em 1996, por não ter sido considerado com uma boa vida pregressa, justamente porque tramitava ainda o processo contra ele. Recorrendo ao Poder Judiciário, obteve medida liminar que determinou a sua nomeação para o cargo inicial da carreira de delegado de polícia.

Escolhido para a chefia da polícia civil nos governos de Anthony Garotinho e de sua mulher, Rosinha Garotinho, foi candidato a deputado estadual em 2006, sendo eleito com cerca de 108.000 votos, após denúncias de compra de votos.

Em 2008 foi preso em flagrante pela polícia federal, acusado de crime continuado, pois, segundo esta, teria recebido suborno do crime organizado e, com este dinheiro, comprou um apartamento onde vivia, possibilitando, desta forma, o flagrante.

Em agosto de 2008, a Assembléia Legislativa, em sessão especialmente convocada para julgar o parecer da sua Comissão de Ética, que recomendava a cassação do mandato parlamentar do deputado, decidiu, em votação secreta do plenário, pelo seu afastamento definitivo da Casa Legislativa, por quebra do decoro parlamentar. 

Ainda pendem contra o ex-deputado processos criminais. Um processo administrativo disciplinar na Comissão de Inquérito Administrativo da Polícia Civil, resultou na sua demissão "a bem do serviço público" do cargo de Delegado de Polícia, em março de 2009. Ficou recolhido ao presídio de segurança máxima Bangu 8, aguardando a decisão nos processos criminais a que responde. Em maio 2009 conseguiu liberdade provisória, passando a responder em liberdade. Fonte wikipedia

E esse cara tá solto, fazendo arruça; planejando golpes. Não gosto do Sérgio Cabral e se fosse eleitor do Rio não votaria nele, mas uma coisa é uma coisa, la même chose é outra coisa.

a pergunta que rola pelos ares abafados deste domingo é: Será que a dupla Garotinho&Lins é mantenedora do movimento black bloc no Rio de Janeiro? Cartas para Fabiano Atanázio da Silva, o FB 35, também conhecido por FM, Thuthuco ou Urubu; Vila Cruzeiro; Complexo da Penha; Rio de Janeiro; S/N - CEP 21070-090. Aos cuidados do Comando Vermelho.