“Claro que como todas as pessoas tenho defeitos, mas nunca misturei
dinheiro público com vida privada. Aliás, sou um dos poucos políticos que
mantenho o sigilo fiscal e bancário para qualquer investigação a qualquer tempo”. Antony
Garotinho, em seu blog, em 09/12/2013
Anthony Garotinho e a tentativa de sabotar a pacificação nos
morros
Manchete de reportagem publicada no
portal epoca.globo.com em 07/02/2014
Em verdadeiras operações de
guerra, com tanques da Marinha e
militares do Exército, o poder público retomou o controle de favelas cariocas
dominadas por criminosos. De 2008 até hoje, foram reconquistadas 252
comunidades, onde vive 1,5 milhão de pessoas. Antes dessas ações, as áreas eram
territórios de traficantes e milicianos, que desfilavam com fuzis e metralhadoras
na mão.
Para evitar que a bandidagem voltasse ao poder, o
governo do Rio de Janeiro instalou Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nos
principais morros retomados. Já há 36 UPPs com 9 mil policiais militares.
Nestes seis anos, os homicídios diminuíram 65% nas comunidades ocupadas. Apesar
das batalhas vitoriosas, a guerra não está ganha. Há muitas favelas para ocupar
e, mesmo nas comunidades já retomadas, os bandidos ainda sonham em reconquistar
os territórios perdidos.
A surpresa são os novos
inimigos: os sabotadores da pacificação.
O objetivo desse grupo também é territorial, mas no campo político. Suas armas
são as ameaças, a perseguição, a produção de dossiês e uma série de outros
artifícios para instalar o medo na população e desacreditar a segurança
pública. Esses agentes do subterrâneo têm endereço conhecido e comando
estabelecido. Eles operam num bunker na Rua Senador Dantas, no centro do Rio de
Janeiro. Na liderança do grupo, estão o ex-governador Anthony Garotinho e o ex-chefe da Polícia Civil [do Rio de
Janeiro], Álvaro Lins.
Pré-candidato a governador do
Rio de Janeiro, Estado que já administrou
de 1999 a 2002, Garotinho chama a ação nas favelas de “farsa da pacificação”.
Seu objetivo é minar a administração de Sérgio Cabral, seu principal adversário
político, e atacar sua maior conquista, o programa das UPPs, que reduziu os
homicídios na capital em 48%. Se a coisa ficasse apenas no plano eleitoral,
seria do jogo. Mas Garotinho extrapolou. Por meio de seu blog, ele divulga
dossiês contra o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. A
torrente de acusações foi tamanha que, no ano passado, Beltrame entrou com uma
queixa no Supremo Tribunal Federal. Na ação judicial, Beltrame afirma que os
ataques contra ele ameaçam sua credibilidade e reputação diante da polícia. “O
blog é um permanente corpo de delito”, diz a queixa ao STF. – Por Hudson
Corrêa, Raphael Gomide e Ana Luiza Cardoso, em 07/02/2014, para a revista Época - Leia
na íntegra
O Garotinho não precisa de apresentação, é um velho
meliante bem conhecido na praça, mas sobre seu cumplice, Álvaro Lins, é bom rever alguns fatos ou sua ficha-corrida, como
preferem alguns:
Álvaro Lins começou sua carreira na Polícia Militar do
Rio de Janeiro, no governo de Marcello Alencar. Quando ainda era major, esteve
envolvido em denúncias de ligação com o jogo do bicho, durante a chamada
"Operação Mãos Limpas Tupiniquim", promovida pelo Ministério Público estadual,
em 1994. Mais tarde, fez concurso para a polícia civil. Foi aprovado com uma
boa colocação nas provas intelectuais, mas foi reprovado na fase de
investigação social, realizada na Academia de Polícia em 1996, por não ter sido
considerado com uma boa vida pregressa, justamente porque tramitava ainda o
processo contra ele. Recorrendo ao Poder Judiciário, obteve medida liminar que
determinou a sua nomeação para o cargo inicial da carreira de delegado de
polícia.
Escolhido para a chefia da polícia civil nos governos
de Anthony Garotinho e de sua mulher, Rosinha
Garotinho, foi candidato a deputado estadual em 2006, sendo eleito com
cerca de 108.000 votos, após denúncias de compra de votos.
Em 2008 foi preso em flagrante pela polícia federal, acusado de crime
continuado, pois, segundo esta, teria recebido suborno do crime organizado e,
com este dinheiro, comprou um apartamento onde vivia, possibilitando, desta
forma, o flagrante.
Em agosto de 2008, a Assembléia Legislativa, em sessão
especialmente convocada para julgar o parecer da sua Comissão de Ética, que
recomendava a cassação do mandato parlamentar do deputado, decidiu, em votação
secreta do plenário, pelo seu afastamento definitivo da Casa Legislativa, por
quebra do decoro parlamentar.
Ainda pendem contra o ex-deputado processos criminais. Um processo
administrativo disciplinar na Comissão de Inquérito Administrativo da Polícia
Civil, resultou na sua demissão "a
bem do serviço público" do cargo de Delegado de Polícia, em março de 2009.
Ficou recolhido ao presídio de segurança
máxima Bangu 8, aguardando a decisão nos processos criminais a que
responde. Em maio 2009 conseguiu liberdade provisória, passando a responder em
liberdade. Fonte wikipedia
E esse cara tá solto, fazendo arruça; planejando golpes. Não gosto do
Sérgio Cabral e se fosse eleitor do Rio não votaria nele, mas uma coisa é uma
coisa, la même chose é outra coisa.
a pergunta que rola pelos ares abafados deste domingo é: Será que a dupla
Garotinho&Lins
é mantenedora do movimento black bloc no Rio de Janeiro? Cartas para Fabiano Atanázio da Silva, o FB 35, também conhecido por
FM, Thuthuco ou Urubu; Vila Cruzeiro; Complexo da Penha; Rio de Janeiro; S/N -
CEP 21070-090. Aos cuidados do Comando Vermelho.