*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Como manter a autoestima no meio desse lamaçal?

O brasileiro não está preparado para ser o maior do mundo em coisa nenhuma. Ser o maior do mundo em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidadeNelson Rodrigues


Considerando a falta de otimismo quanto à economia brasileira, a desconfiança mundial sobre a Rússia, por causa da crise com a Ucrânia, e os questionamentos ambientais e de direitos humanos na China, os Brics ainda exercem uma força política no mundo?
-Todos os poderes emergentes, não apenas os cinco países dos Brics, passaram do boom para a estagnação ou até mesmo para declínio econômico. São problemas que também existem nas economias mais avançadas, e que podem ser encarados como transitórios. Por outro lado, eu sinto que há mais discordância entre os Brics do que agendas em comum. Seus países sabem o que não querem: eles não aceitam mais o domínio econômico das potências ocidentais. Mas eles não sabem exatamente o que querem. Quanto ao Brasil, não consigo enxergar muita ambição na política externa.
Há alguma expectativa mundial quanto à eleição presidencial no Brasil?
-Eu tenho que te desapontar e dizer que o mundo não está ligando muito para o Brasil. Os países têm seus próprios problemas. Obama tem suas questões com o Congresso, na Europa há a crise do euro e o confronto da Rússia com a Ucrânia. Todos nós estamos olhando para nossos umbigos.
Trecho da entrevista do Jornalista Theo Sommer, conselheiro da Fundação Zeit, que veio ao Brasil para participar do Fórum Latino-Americano de Governança Global. Clique aqui e leia na íntegra

l Mais lenha na fogueira da nossa autoestima: “É verdade que a curto prazo a situação do mercado brasileiro é decepcionante” Carlos Ghosn presidente mundial das montadoras Renault e Nissan


Dilma, Aécio, Campos e Marina podem acabar levando eleitores à conclusão de que o melhor é votar em quem promete menos, pois o risco de decepção, talvez, seja menor. Candidatos são capazes de coisas esquisitas para pessoas comuns. Acordam cedo e percorrem milhares de quilômetros para inaugurar duas vezes a mesma obra. Depois do almoço reafirmam o compromisso de terminar uma ferrovia e uma rede de abastecimento d’água cuja construção leva mais de 130 anos, desde o Império. E, antes de dormir, acenam com total rigor no “combate” à carestia, à pobreza ou à corrupção - o tema varia conforme a plateia de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Trechos do artigo Escassez de ideias de José Casado para O Globo - Clique aqui e confira. Exemplos? Não faltam:
#1 -Aécio vai turbinar a Bolsa Família - O candidato do PSDB, Aécio Neves, diz que vai aumentar o valor da Bolsa Família em R$ 500 para as famílias cujos filhos concluam o ensino fundamental ou médio. E pagar um bônus para chefes de família que se qualifiquem profissionalmente. Ele já havia garantido o pagamento da bolsa até seis meses após o ingresso do beneficiário no mercado de trabalho.
#2 - O candidato de oposição Eduardo Campos (PSB) vai propor a ampliação, em cerca de 10 milhões, do número de pessoas beneficiárias do Bolsa Família. Sua equipe de programa de governo estima que esse é o número dos que também atendem ao critério de baixa renda mensal. Na gestão da presidente Dilma, já recebem a bolsa 14,1 milhões de famílias. Seu custo em 2013 foi de R$ 24,7 bilhões.
#1 e #2 por Ilimar Franco/O Globo

l Jornal do Nacional, sábado, 20. Reportagem sobre o encerramento da greve da polícia militar em Salvador/BA. O repórter afirma que aos poucos a situação vai se normalizando, mas, mesmo assim, nas “últimas 24 horas 16 pessoas ainda foram assassinadas”... e acrescenta que “a média, normal, aqui em Salvador, é de 5 por dia”... em seguida, coincidentemente, entram os comerciais das Casas Bahia. Enviado por Antônio de Pádua nosso correspondente infiltrado na rede Globo. 

Se “normal” são 5 por dia, é só fazer uma continha rápida pra saber que são 1.700 assassinatos/ano, na média... normal... lá em Salvador, extrapolando... ops! melhor não, né, pois ainda rolam no ar fluidos do santo-feriadão, fenômeno que, no Rio de Janeiro, alinhou Jesus e São Jorge e pode ser observado a olho nu, até a meia noite desta quarta-feira 23. 

Amigas, amigos: tinha mais coisa pra postar, mas o sinal da internet que chega por aqui, desde sexta passada, é tipo linha discada - lembra? - e minha paciência já tá dando sinal de ocupado. Não sei como vocês vão receber esta postagem, pois com a atual “velocidade” não tenho como visualizar o que foi salvo no servidor... mas tentei. Caso continue assim vou dar uma parada no blog.