“Temos um Estado democrático, mas a pergunta é se temos
uma sociedade tão democráticas quando a Constituição pressupõe. Hoje noto uma
intolerância enorme para tudo que seja diferente, é uma tragédia para a
democracia e o exercício da liberdade. Não adianta querer ser livre e abrir mão
de pensar”. Ministra Cármen Lúcia, do STF, nesta terça-feira, 29,
em um encontro no Rio sobre Comunicação & Mercado
Velhos tempos... |
Este foi um 1º de Maio de dissabores para o
PT, algo impensável não muito tempo atrás. Nunca se poderia profetizar, em sã
consciência, que, em um comício da CUT, braço sindical do partido, no Dia do
Trabalho, lideranças petistas seriam vaiadas e impedidas de falar. O veto,
digamos, popular atingiu o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto
Carvalho, setorista de "movimentos sociais" o novo ministro de
Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, o próprio prefeito Fernando Haddad
e o pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes Alexandre Padilha...
Prestes a completar 12 anos de poder em Brasília, o PT é
acometido de algum tipo de fadiga de material que leva à irritação até mesmo
militantes da CUT. No aspecto político-eleitoral, as duas manifestações
sindicais no 1º de Maio foram um teste de popularidade negativo para o pacote
de bondades populistas desembrulhado pela presidente na noite anterior, no
pronunciamento à nação em rede nacional, por ocasião do Dia do Trabalho,
indevidamente transformado em palanque da candidata à reeleição. Trechos do editorial Opinião/O Globo - clique aqui e leia na íntegra
Tudo bem que candidato promete tudo, que
vai "dar um vestido pra Maria e um roçado pro João". Mas, semana
passada, Eduardo Campos exagerou ao dizer que, se eleito, irá mandar Sarney
para a oposição. Desde 1964, Sarney é do governo. Com todo o respeito... é mais
fácil o sertão virar mar. Ancelmo Gois/O Globo
l A queda da presidente Dilma, avalia o ministro Paulo
Bernardo, decorre de uma sucessão de notícias ruins. Mas acredita na reversão:
“Quando começar a propaganda na TV haverá
maior equilíbrio. Vamos mostrar tudo o que fizemos!" Ilimar
Franco/O Globo
l “Temos uma corrupção desenfreada. O governo que
deveria dar exemplo está atolado na corrupção. É o governo que, se fizer o que
a presidente Dilma falou ontem, quem vai parar na Papuda é ela.” Paulinho da
Força, deputado federal, nas comemorações do 1º de Maio, ontem, em São Paulo
l
Isso porque ainda é Maio... imagina o circo que vão armar até outubro! Depois?...
melhor nem pensar, né mesmo. Mas quanto ao pronunciamento do “Paulinho vai com
força”, Ancelmo Gois afirmou: Paulinho da
Força Sindical foi, no mínimo, grosseiro ao dizer que Dilma deveria estar na
Papuda. Aliás, até o PT chegar ao governo, em 2003, o partido e a CUT tratavam
Paulinho como "pelego" Depois, Lula esqueceu o que dizia e incorporou
a Força ao banquete do poder, tanto que, no Primeiro de Maio de 2010, Paulinho
manifestou apoio à candidatura Dilma. É como se diz em Frei Paulo: "Quem
com porcos se mistura farelo come."
l
Tá mais que certo o mestre Ancelmo, pois há de se preservar a imagem da Papuda,
afinal nos últimos tempos, aquela instituição alberga importantes
representantes do governo petista e seus finórios malcheirosos.
E pra não dizer que
na falei da Torres: A atriz Fernanda Torres, que lançou seu primeiro
romance - Fim- no ano passado, será uma das participantes da Festa Literária
Internacional de Paraty, a FLIP 2014, que ocorre na cidade de Paraty, no Rio de
Janeiro, de 30 de julho a 03 de agosto. Abaixo
trechos de uma entrevista à Marina Rossi para o El Pais/ Brasil:
Você disse certa vez
que jamais imaginou que chegaria perto da literatura e agora, além de estar nas
listas dos mais vendidos, é uma das convidadas da maior feira literária do
país. Isso muda seus planos ou objetivos?
Por quê?
-Ah, uma atriz se aventurar a escrever com 48 anos? Eu nem
sabia como terminar um livro! E agora estou nas listas dos mais vendidos. Estou
junto com aquele cara... Como chama? John Green (autor norte-americano de A
Culpa é das Estrelas, entre outros livros). Acho um barato, só tem os gringos e
eu. Estou orgulhosíssima.
E isso em um país que
lê pouco. Como você vê isso?
-Eu começo a me perguntar se é isso mesmo. Temos
analfabetismo, mas o Brasil não é só isso, é um país meio esquisito porque, ao
mesmo [temo] temos o Roberto Shwarz, o João Ubaldo Ribeiro... Por isso eu acho
que somos sim um país de gente que lê. E eu estou achando o mercado literário
quente. Ele é mais reduzido, claro, você faz um seriado na televisão e milhões
de espectadores assistem, já na literatura eu fico feliz porque o meu livro foi
vendido para 100.000 pessoas.
Mas o sucesso do seu
livro não é a regra...
-O hábito de ler não tem classe social. Existe gente
analfabeta em todas as classes, mesmo entre os alfabetizados. Talvez essa
simpatia que as pessoas tiveram com o “Fim”, foi porque elas se reconheceram.
Parece um livro argentino.
Por quê?
Porque é um livro de classe média, que fala de problemas da
classe média, de problemas inerentes a ele mesmo. E o cinema argentino filma
dramas de classe média. Já o Brasil é incapaz de filmar um drama decente de
classe média. Parece que a única nobreza é falar de problemas sociais. E eu
queria muito falar era da classe média hedonista carioca no “Fim”, mais do
que a da morte ou da velhice. Clique
aqui e confira a entrevista na íntegra
O cartum que não quer calar!
Fonte Anonymous Brasil
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