*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O mapa das metas ou o plano da mina?

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.Bertolt Brecht

Na reta final de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff lançará 400 licitações para tentar tirar do papel 100 obras em todas as regiões do País. O "plano de metas" do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, prevê investimento de R$ 8 bilhões em estradas, duplicações, contornos, anéis rodoviários, pontes, viadutos e travessias urbanas. Serão, ao todo, mais de 6,4 mil km de obras. O "mapa da mina" das obras, que movimentará empreiteiras, projetistas e consultorias, além de estimular empréstimos no mercado financeiro, está preservado do risco de paralisação no período eleitoral, a partir de julho. Como é dinheiro federal para obras públicas, sem a necessidade de assinatura de convênios com Estados e municípios, Dilma Rousseff poderá lançar os editais e as obras antes das eleições. Clique aqui e confira na íntegra o mapa da mina
l Enquanto isso: Os reitores das três universidades estaduais paulistas - USP, Unicamp e Unesp - decidiram congelar os salários de professores e servidores neste ano. O motivo é a crise financeira das instituições e o alto nível de comprometimento das receitas com a folha de pagamento, principalmente na USP - que já extrapola o orçamento com salários. Docentes e servidores rechaçam a proposta. É a primeira vez em pelo menos dez anos que as estaduais falam em reajuste zero. Segundo as universidades, o comprometimento de orçamento com folha de pagamento atinge 94,47% na Unesp e 96,52% na Unicamp. Na USP, esse porcentual fica em torno de 105%, fazendo com que a universidade tenha consumido, só nos três primeiros meses do ano, R$ 250 milhões de suas reservas financeiras. Desde 2012, a USP já gastou quase 40% de sua poupança, o equivalente a R$ 1,3 bilhão. Clique aqui e confira na íntegra

A Comissão de Esportes da Alerj, presidida pelo deputado Chiquinho da Mangueira, quer contratar serviços de consultoria por... R$ 832.500. A contratada fará um mapeamento das instalações esportivas do estado. Mas não seria mais barato pedir as informações ao governo? Por falar em Alerj... A Nissan entregará até julho, antes da campanha eleitoral, 65 veículos Sentra 2.0, ano 2014, aos deputados. Cada um custou R$ 64 mil, um total de R$ 4,1 milhões. Vão substituir os Boras (2009). Ancelmo Gois/O Globo
l Seja a nível Municipal, Estadual, Federal ou o escambau, porque a população tem que continuar financiando carro pra essa cambada? Já não bastam as consultorias, as licitações e tantas outras mutretas mais?  Um americano, casado com uma brasileira - morou em São Paulo por 3 anos - quando voltou para sua terra natal divulgou uma lista de motivos pelos quais odiara viver no Brasil. Um dos itens da lista: Brasileiros toleram uma quantidade incrível de corrupção nos negócios e governo. Enquanto todos os governos têm funcionários corruptos, é mais comum e desenfreado no Brasil do que na maioria dos outros países, e ainda assim a população continua a reeleger as mesmas pessoas. Mas se você “odeia” que qualquer “americano”, abusado, fique dando palpite no nosso país, clique aqui e odeie-se. Com todo o respeito, não adianta espernear, pois como reza a lenda, quem não faz, leva. - O link do vídeo foi enviado por Samuca Mac Dowell

Graduado em engenharia elétrica pela UFRJ, com mestrado em economia pela Universidade de Chicago, o ex-economista sênior do Fundo Monetário Internacional (FMI) Paulo Leme diz que o risco de racionamento é de mais de 50% e que a trinca inflação em alta, crescimento em queda e déficit crescente nas contas externas mostra que “alguma coisa não está bem". Abaixo trechos da entrevista de Paulo Leme a Bruno Villas Bôas/O Globo:
Qual sua preocupação com o risco de racionamento?
-Esse risco atualmente é expressivo, acima de 50% e crescente. Em vez de haver uma política tarifária mais realista, que racione o fator escasso, água e eletricidade, não há preços relativos que sejam condizentes com essa escassez. Não só se incentivou o consumo, como as tarifas elétricas residenciais estavam muito aquém do preço de equilíbrio dada a escassez de água. É um momento em que valeria a pena usar um leque e não um ar-condicionado, mas o sistema de preços incentiva deixar o ar-condicionado ligado.
E por que não se faz isso?
-É difícil dar essa resposta, porque é tão intuitivo usar o sistema de preço para designar corretamente a utilização e produção de um bem escasso, que até explicar por que não é utilizado é difícil.
Por ser impopular?
-Acho que é bem mais impopular um apagão. Segundo tempo de Brasil e Croácia: apagão generalizado. O que é mais impopular? Um aumento de tarifa elétrica ou um apagão geral? Acho que o segundo. Clique aqui e se abane na íntegra
l Mas o governo, na dúvida, prefere jogar. Dá as cartas, aposta alto - tem cacife pra isso - e faz cara de quem não está blefando. O problema é alguém pagar pra ver. E quanto ao “momento em que valeria a pena usar um leque e não um ar-condicionado”, a Madama Vana, parodiando a velha rainha, dispara: “Não há água nas torneiras? Pois que liguem o ar-refrigerado”... até porque ela sabe que guilhotina, nunca mais.

A foto da semana!


Quando ainda estavam na barriga da mãe, as gêmeas Jenna e Jillian já eram literalmente inseparáveis. Devido a uma formação atípica, a gravidez monoamniótica, as duas dividiam espaço num mesmo saco amniótico antes de nascer. Por isso, desde de março deste ano, a mãe Sarah Thistlethwaite precisou ficar internada, acompanhando de perto os sinais vitais das filhas e seu estado de saúde. Após a cesárea, na última sexta-feira, as gêmeas não romperam seus laços e vieram ao mundo de mãos dadas. Clique aqui, confira na íntegra e acredite, quando a Natureza brinca de fazer poesia concreta é porque nem tudo, ainda, está perdido.