“Terminou a orgia cívica do trintídio a que o mundo se
entrega, a cada quatro anos, colonizado por uma instituição cujo poder
transcendeu o saudável. Ela se aproxima perigosamente de uma organização
inescrupulosa cujo objetivo é explorar a honesta paixão do homem pelo futebol.
Trata-se da última lavanderia que ainda resiste ao controle de qualquer
fiscalização. Como hospedeiro da diversão, o Brasil esforçou-se para fazer a
sua parte, sob duras críticas internas e externas, algumas até procedentes.
Fomos muito bem. Talvez menos do que gostaríamos, mas muito melhor do que
supunham os censores... A Copa acabou e, a despeito de toda filosofia, o Brasil
é o mesmo, com suas virtudes e seus problemas. A segunda-feira chegou. É hora
de voltar a trabalhar!” Antonio Delfim Neto para a Folha de São Paulo
É senso comum dizer que o
futebol no Brasil é uma religião. Olhos brasileiros já viram desfilar nos
campos um panteão de deuses. Mas a copa de 2014 terminou para nós num pesadelo,
ainda na semifinal. Desses que especialistas podem chamar de “trauma cultural”,
eventos que marcam profundamente uma cultura e passam a compor o imaginário
nacional. A despedida melancólica contra a Holanda só magoou a ferida aberta
pela derrota diante da Alemanha...
l A excessiva emocionalidade da seleção brasileira virou pauta
midiática depois que os jogadores choraram na execução do hino nacional e,
principalmente, ao término da prorrogação contra o Chile, antes da cobrança dos
pênaltis, nas oitavas de final.
l Tiago Silva, o capitão, foi quem mais pressão sofreu, pelo fato
de sua sensibilidade supostamente não condizer com sua função de liderança. Em
resposta, disse em entrevista que ídolos nacionais, como Ayrton Senna, só foram
campeões porque, como ele, se entregavam totalmente ao que faziam. E se
emocionavam. Trechos da crônica “A excessiva
emocionalidade” por Maria Eduarda Rocha/El País - clique
aqui e emocione-se na íntegra
l O grande Albert Einstein, gênio da física e
mestre em jogos de Craps, que se vivo fosse, afirmaria: Deus não joga dados...
nem bola.
#rebeldes1: Usuários dos serviços do Complexo Prates, criado para acolher
dependentes de crack e outras drogas em São Paulo, decidiram iniciar uma
"greve" no tratamento. Segundo funcionários, alguns já deixaram de
participar das atividades terapêuticas. Inaugurado em 2012 no centro de São
Paulo, o local é gerido pela Congregação das Irmãs Hospitaleiras, que tem
convênio com a Secretaria Municipal de Saúde. O estopim para a greve foi a
demissão de uma enfermeira e uma psicóloga, em junho. Revoltados, usuários e
movimentos sociais fizeram um ato com cerca de 50 pessoas nesta terça (15) no
local. Sem resposta, decidiram "boicotar" as atividades. Cerca de 440
pessoas são atendidas por mês, diz a prefeitura. “Enquanto as funcionárias não voltarem, nós também não voltamos",
diz Carlos Oliveira, 51, um dos atendidos. Clique
aqui e leia na íntegra.
#rebeldes2: Policiais militares tiveram que
conter um princípio de rebelião na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu 2,
na noite de terça-feira (15). Segundo os agentes, a confusão começou por volta
das 20h30, depois de os detentos se negarem a jantar. Os presos protestaram
contra as condições da comida e da repetição do cardápio. Eles queriam frango
frito, não o frango com molho servido na marmita... cada um dos presos que se
negou a consumir a marmita recebeu dois pães produzidos na padaria da
Penitenciária Estadual 1, vizinha à PEF 2. Clique
aqui e confira na íntegra
l Como dizia o mestre Tim Maia: “Este país não
pode dar certo. Aqui puta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e
pobre é de direita”, ao que podemos acrescentar: usuário de crack faz greve e
preso administra o cardápio da penitenciária.
Mundo cão,
ops!, vaca: Uma semana depois, a vaca que foi parar em cima de
um poste após a cheia do Rio Uruguai, no interior de São Borja, na
Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, continua no mesmo lugar. Com dificuldade
de chegar ao local, o proprietário do terreno onde se encontra o poste de 11
metros de altura diz que não tem como remover o animal.
"Ela vai acabar
apodrecendo e caindo. Está muito molhado, com muito barro, e não tem como
chegar lá com os caminhões de guincho... De trator é possível passar pelo
barro, mas com caminhão não. A rede é particular, então é a gente que tem que
reformar, pois estragou tudo. Os corvos vão acabar comendo a vaca até ela
apodrecer e cair", afirmou o agricultor Aldo Heck ao G1. Confira
na íntegra
Mas nem tudo é comida
de corvo: Uma galinha passou a fazer parte da família de um casal da
zona rural de Itambé, no norte do Paraná. 'Piu', como é chamada, ganhou espaço
na casa dos agricultores, depois de ser encontrada com uma perna machucada,
ainda quando era um pintinho. O tratamento é de filha: está sempre no colo dos
donos, gosta de carinho, dorme na rede e sempre acompanha os "pais"
na lavoura e nos serviços domésticos. Com nove meses, a galinha transformou um
berço construído pelo pai de Izolina em ninho - lá, onde já dormiram a própria
Izolina e as filhas dela, vieram à luz vários pintinhos, no sábado (12).
“Eu fui limpar o
quarto, que fica na casa ao lado, e, quando vi, ela tinha botado dois ovos no
berço. Depois, foi botando mais. Meu marido até falou pra tirar ela de lá, mas
eu não deixei”, conta Izolina. Clique
aqui e cacareje na íntegra
Gilberto Gil se apresenta no
próximo fim de semana em São Paulo, inaugurando o Theatro Net, novo local de
shows na cidade. Suas noites, na maior parte do tempo, serão dedicadas à obra
de João Gilberto. Aos 72, Gil lança "Gilbertos Samba", disco com
repertório de seu mentor. "São canções gravadas por João Gilberto, criadas
ou celebrizadas por ele, todas ligadas ao que se convencionou chamar bossa
nova. Todas ligadas ao ritmo do samba e ao formato da bossa nova." Em seu
escritório, no Rio, o músico falou à Folha sobre João Gilberto, a
ausência de novas composições e as eleições. E emitiu uma declaração um tanto
constrangida sobre o papel da plateia em seus shows. Abaixo transcrevermos trechos da entrevista:
Você ainda fica
nervoso antes de entrar no palco?
-Tenho algum nervosismo. Ainda fico com as mãos frias.
Sempre, desde os primeiros momentos em que tive de subir ao palco. Nervosismo,
certa ansiedade, expectativa, insegurança. Tudo permanece residualmente até
hoje.
Mas há shows que dão
certo e outros não tanto, não é?
-Não fico pensando no resultado que o show terá junto ao
público. O público... [Gil hesita, pela primeira vez na conversa] Sem nenhuma
falta de respeito, entenda, sem nenhum demérito, sem nenhum... Enfim, sem nada
distorcido do que possa significar o que eu vou dizer, o público é secundário.
[gargalhadas] Pense: ali, no show, o público para você não existe. Você faz
aquilo para você. Clique
aqui e confira na íntegra
Do álbum: Meus amiguinhos de
infância!
Não acredito que a
responsabilidade pelos hábitos de espionagem seja da administração do
presidente Obama. Eu acho que ela é um processo que vem ocorrendo depois do 11
de setembro. Clique
aqui e confira
Nota de rodapé:
Dilma, ontem [15], diante da imprensa, em Fortaleza, contou que, outro dia, foi
carregar o neto e, para não cair, bateu na quina de uma cadeira. “Então, às vezes, eu manco”, disse ela,
após se queixar de que não era justo os jornalistas estarem sentados, e ela, em
pé. Ancelmo Gois/O Globo
l Me perdoe, presidenta-presidente, mas não é só “às vezes” que V. Exa. manca.