*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Sonhos e delírios atômicos

Está morrendo todo mundo, daqui a pouco não vai ter mais ninguém para ir ao meu velório.
Nana Caymmi

Em fevereiro do ano passa­do, Francisco Cláudio Barros, de 63 anos, conseguiu a sonhada aposentadoria, após quase quatro décadas de trabalho na Comissão Nacio­nal de Energia Nuclear, órgão do Minis­tério de Ciência e Tecnologia. A história não teria nada de especial, não fosse Bar­ros o único engenheiro da comissão capa­citado a aprovar licenças de edificações nucleares. Resultado: a saída do servidor provocou atraso de um ano na construção da usina nuclear Angra 3 - e mudou a forma de licenciamento, que hoje exige estudos de consultorias especializadas.
n Orçada em 14,8 bilhões de reais, Angra 3 foi projetada para gerar 1405 megawatts, energia suficiente para abastecer as popu­lações de Brasília e Belo Horizonte soma­das. A aposentadoria de Barros foi apenas um dos problemas que fizeram da usina uma obra que parece não ter fim. Desde que começou a ser feita, em 1984, ela passou apenas seis anos em construção... Retomada em 2010, a usina deveria ficar pronta em 2015. Agora, se tudo der certo, deverá começar a funcio­nar no fim de 2018. Nessa hipótese otimis­ta, a construção vai consumir 34 anos, provavelmente um recorde mundial.
n O imbróglio mais recente de Angra 3 foi a decisão da empreiteira Andrade Gutierrez, responsável pela construção civil, demitir 1500 dos 2300 funcioná­rios envolvidos na obra. Hoje, seu can­teiro está praticamente deserto. Cerca de 100 funcionários circulam no local ape­nas para garantir a manutenção. As de­missões, ocorridas entre maio e junho, foram uma maneira de a Andrade Gu­tierrez forçar a revisão de seu contrato - de 1,25 bilhão de reais. Trecho da matéria “Uma obra que é uma bomba”, Revista Exame, no. 12/2014

O Yahoo inaugurou no Japão um serviço que funciona como um "funeral digital". Chamado "Yahoo! Ending", ele é acionado após a confirmação da morte do usuário e pode ser usado para apagar dados pessoais da web, enviar mensagens de despedida e até criar um site dedicado à memória da pessoa.
Segundo o Yahoo, o serviço usa um certificado de cremação emitido pelo governo para comprovar a morte de seus usuários - o que serve de confirmação da morte e, assim, permitindo ativar o cancelamento da conta - e, assim, evitar fraudes e usos indevidos. O "Yahoo! Ending" fornece ainda auxílio para funeral e enterro de seus assinantes.
"Ao fornecer serviços de vida que podem ser ativados independentemente da geração, espera-se que uma pessoa ainda viva possa iniciar a sua preparação e a de outros. Estar ciente da morte é também uma oportunidade de aproveitar a vida ainda mais", diz a descrição do site do "Yahoo! Ending". Clique aqui e confira na íntegra
N A ideia é legal, mas lá pelas bandas do Japão, pois por aqui a coisa ia desandar. A começar pela instabilidade das conexões com a rede... fora a falta de diálogo entre os sistemas - Hospitais x Cartórios x INSS x Banco... e vai por aí. E se alguém digitar um dado errado, você irá ficar morto pro resto das vidas... é isso mesmo, “das vidas”, pois´, provavelmente,  o sistema só irá regular sua situação a partir das próximas três encarnações... até lá você só irá conseguir emprego, de figurante, em coisas do tipo “A Hora do Espanto”, “Entrevista com o Vampiro”, “Um Drink no Inferno”, "Blade - O Caçador de Vampiros"  ou então ser um eterno laranja de caixa dois de algum político safado - se bem que nesse caso dava pra arrumar emprego fácil.

Sonho de muitos trabalhadores, uma semana de trabalho de três dias é a receita do bilionário Carlos Slim [no Brasil leia-se NET, Claro e Embratel], que alterna com Bill Gates o posto de homem mais rico do mundo, para reduzir os índices de desemprego e, de quebra, permitir que as pessoas inovem mais, além de passar mais tempo com a família. Neste modelo, a jornada de trabalho seria de cerca de 11 horas por dia... Na Telmex, gigante mexicana de telecomunicações de propriedade de Slim, os funcionários trabalham oito horas, de segunda a sexta-feira. Se a proposta fosse adotada na companhia, a jornada semanas ficaria sete horas menor. A questão é se a redução da jornada implicaria redução dos salários. Clique aqui e confira na íntegra
l Isso, por aqui, não é novidade, pelo menos no Congresso Nacional, para os nobres deputados/senadores, mas enquanto isso: Juan David, trabalhador autônomo de 12 anos, comemora a entrada em vigor do novo Código da Infância que permite o trabalho de crianças a partir dos 10 anos, e não a partir dos 14 como era até agora. A Bolívia se converteu no único país do mundo a permitir isso. A medida é produto da pressão que exerceu, durante os meses de discussão no congresso, a União de Meninos, Meninas e Adolescentes Trabalhadores da Bolívia (Unatsbo), uma espécie de sindicato de trabalhadores infantis. Em geral, no Código está proibido o trabalho para menores de 14 anos, mas são previstas exceções a partir dos 10 anos se tiverem autorização os pais ou forem autônomos, algo que causa preocupação entre os organismos internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que anunciou uma detalhada revisão da medida. Clique aqui e leia na íntegra
J Porém nem tudo está perdido: O príncipe George, o terceiro na linha de sucessão do trono britânico, irá celebrar no dia 22 seu primeiro aniversário. Em comemoração, a realeza do Reino Unido liberou uma nova imagem do bebê. A foto data do dia 2 de julho e mostra George "andando" durante uma visita ao Museu de História Natural, em Londres. Clique aqui e comemore na íntegra

A foto da semana... passada!

Nunca na historia dos Brics - legado esse, que cá pra nós, não é lá essas coisas - se conseguiu juntar tanto pilantra por metro quadrado. Nem a dupla Imperial&Simonal teria feito melhor... duvida? Vai lá e confere

Nota de rodapé: A orelha de Dom Joseph Blatter, presidente da Fifa, deve ter ardido durante a conversa entre Dilma e Putin. Ela falou muito, muito mal da Fifa, a entidade máxima do futebol.
Alertou o russo, que vai sediar a Copa de 2018, de que a Fifa usa a imprensa para fugir das suas responsabilidades. A maior queixa da brasileira foi sobre a segurança dentro dos estádios, responsabilidade da Fifa e que teve sérios problemas. Putin agradeceu. O russo contou que pensa em reduzir o número de sedes da Copa de 2018 de 12 para sete. Ancelmo Gois/O Globo