*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A Saúde em coma... induzido

"Teoria não é solução para os problemas sociais do Brasil. O que se precisa fazer é arregaçar as mangas, melhorar a administração das verbas e aplicá-las diretamente onde a questão é mais urgente." Antônio Ermírio de Moraes

Bahia da Guanabara numa visão de pra baixo pra cima
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É tão inovador o projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava para o Museu do Amanhã que a Concessionária Porto Novo decidiu contratar na Alemanha uma equipe de profissionais para ajudar a desenvolver os moldes. As estruturas, todas curvas, são o maior desafio. Depois de várias pesquisas, os engenheiros optaram por usar um compensado plastificado, mesmo material utilizado pela Nasa. Cleo Guimarães/O Globo
Quando estiver pronto, o Museu do Amanhã, na Praça Mauá, no Centro do Rio, terá um belvedere - espaço construído para que as pessoas possam aproveitar a vista - com visão privilegiada da Baía de Guanabara e da Ponte Rio-Niterói. O projeto do museu é do arquiteto espanhol Santiago Calatrava. O belvedere é uma espécie de cereja em cima do bolo. O visitante chega até ele após passar por diversos ambientes, instalações interativas e jogos que falam das soluções para o futuro. Ancelmo Gois/O Globo
L Mesmo com “arquiteto espanhol” + “equipe alemã de profissionais” + “visão privilegiada”, da linha do horizonte pra cima, tudo bem, será sempre céu de brigadeiro, ou mar de almirante, porém não é recomendável olhar pra baixo. 


Mais de cem instituições cadastradas no Pronon (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica) e no Pronas (Programa de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência) ainda esperam que o Ministério da Saúde defina as regras e o prazo para a captação do R$ 1,3 bilhão previsto para projetos financiados via incentivo fiscal em 2014.
N O ministério informa que a portaria para apresentação de projetos deve ser publicada até o fim do mês, "estabelecendo novo prazo para análise das propostas e captação de recursos". As entidades temem que o atraso e a falta de clareza nos critérios dificultem o processo como ocorreu no ano passado, quando dos R$ 600 milhões previstos para os dois programas foram captados apenas R$ 81,3 milhões.
N "Em 2013, a regulamentação saiu às vésperas do Natal, quando muitas empresas estavam em férias coletivas", diz Henrique Moraes Prata, diretor do Hospital de Câncer de Barretos, um dos beneficiados no ano passado. Pelo programa, pessoas físicas e jurídicas podem abater no Imposto de Renda 1% do valor doado, a exemplo de leis voltadas para o esporte e a infância. Clique e leia na íntegra

Cheia de dívidas, a Santa Casa de São Paulo, o maior hospital filantrópico da América Latina, chegou a fechar seu pronto-socorro. Reabriu, mas continua mergulhada numa crise financeira. Um problema que se repete em boa parte das unidades, por todo o país. Repórteres do Fantástico foram a cinco capitais brasileiras e mostram que a saúde das Santas Casas vai mal.
N Em Belo Horizonte, Minas, leitos estão novinhos. Quem usa? Ninguém.
N Em Manaus, Amazonas, está tudo abandonado há anos. Sem condições de atender qualquer paciente.
Esses são apenas dois exemplos... O Brasil tem 2,1 mil hospitais sem fins lucrativos, incluindo as Santas Casas. Elas atendem principalmente pacientes do SUS. Em 2005, a dívida delas era de R$ 1,5 bilhão. Oito anos depois, em 2013, já tinha aumentado dez vezes: R$ 15 bilhões.
N  “83% das Santas Casas estão em uma situação de dificuldade financeira... Se nada for feito, em breve, haverá um colapso na saúde, porque as santas casas vão fechar as portas.”, afirma Edson Rogatti, presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil. Clique aqui e leia na íntegra

Faltam seringas, cateteres, luvas, espara­drapo. Faltavam leitos regulares. Faltavam R$ 50 milhões. Na terça-feira, ao fechar seu pronto socorro a Santa Casa de São Paulo escancarou suas mazelas. Deixou de aten­der as 1.500 pessoas que costuma atender por dia e provocou, como efeito colateral, um jogo de empurra entre os governos fe­deral e do Estado. Um acusou o outro de falta de repasse, e ambos transferiram para o maior hospital filantrópico da América Latina a responsabilidade pela má gestão dos recursos. No Rio de Janeiro, onde mora, o ex-minis­tro da Saúde José Gomes Temporão lem­brou que o problema é sistêmico e explosi­vo. “Se algo não for feito com rapidez a saúde brasileira consegue piorar”, afirmou. Estadão em 27 de julhoClique e temporize na íntegra
Temporão foi ministro da Saúde durante boa parte do segundo mandato do governo Lula - 2007 a 2011 - e se o #vírusenil, no momento, não estiver atuando na rede dos meus atuais 256 neurônios, não lembro de nenhum procedimento clínico do Temporão - que é médico especializado em “clínica sanitarista” - para minimizar os efeitos do coma induzido à Saúde, desde sei lá quando... (tá vendo... vírus na rede). Aliás, segundo o Aurélio, “temporão” é: aquele que está ou vem fora do tempo próprio; inoportuno; que não é próprio do tempo em que se faz ou sucede.
J Mas nem tudo é inoportunamente induzido: A cantora Anitta pretende fazer dez shows pelo país, pagos com o meu, seu, nosso dinheiro. A produtora carioca K2L Empreendimentos poderá captar até RS 3.203.000 pela Lei Rouanet. - Ancelmo Gois/O Globo 

Uma indicação de que os candidatos a Presidência da República dedicam-se a uma ilustre parolagem quando discutem a saúde pública: Nenhum deles tratou em sua plataforma da questão do ressarcimento ao SUS quando sua rede atende clientes dos planos de saúde. Essa conta deveria ir para as operadoras e, no ano passado, a Agência Nacional de Saúde arrecadou apenas RS 167 milhões. Melhorou, pois de 2001 a 2010 a Viúva só conseguiu receber de volta RS 125 milhões. A repórter Bárbara Bretanha mostrou que nos últimos cinco anos o total de clientes de planos atendidos pelo SUS cresceu 60%. Foram 320 mil internações. Entre os dez motivos mais comuns estão os partos. Ganha uma viagem à Ucrânia quem for capaz de achar uma mulher que, tendo plano, pretendia parir no SUS.
l O melhor negócio do mundo é vender um plano de saúde para quem a tem e remeter o cliente ao SUS quando ele precisa. O segundo melhor negócio, para candidatos, é não chatear as operadoras em tempo de arrecadação. Elio Gaspari/O Globo

Aliás e a propósito!

link enviado por Sérgio Chear

Está para ser votado na Câmara um projeto que institui o Samuv - um serviço de atendimento móvel de urgência, como o Samu, só que para animais. A ideia do autor é socorrer os bichos em veículos equipados com médico veterinário. Cleo Guimarães/O Globo domingo 3