“Eu sempre acreditei em gente. Acabo de ser convidado pela
Faculdade Zumbi dos Palmares para o troféu Raça Negra e para debatermos
reflexivamente as questões levantadas por “Sexo e as negas”. As vozes
inteligentes começam a se manifestar! As negas no poder!” Miguel
Falabella sobre as acusações de racismo em função de “Sexo e as negas”, seu mais recente
trabalho para a televisão
Que o Brasil é um
país racista não necessitamos de muito esforço para comprová-lo: basta
olharmos à nossa volta para constatar a ausência quase completa de negros
inseridos no âmbito da classe média. Embora representem, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), metade do total da
população, dificilmente nos deparamos com médicos, engenheiros, professores,
advogados, jornalistas, escritores, oficiais militares ou políticos negros. A
renda média mensal dos negros, mesmo registrando um significativo crescimento
ao longo das últimas décadas, ainda equivale a apenas 57,4% da dos brancos.
l Mas, antes de
tudo, os brasileiros somos [sic!] hipócritas. Aqui, o racista é sempre o outro.
Pesquisas apontam que 97% dos entrevistados afirmam não ter qualquer
preconceito de cor, ao mesmo tempo em que admitem conhecer, na mesma proporção,
alguém próximo (parente, namorado, amigo, colega de trabalho) que demonstra
atitudes discriminatórias. É o chamado “racismo à brasileira” – fruto dileto da
cínica e equívoca “democracia racial”, conceito que vem justificando, ao longo
da história, a manutenção de um dissimulado apartheid, que segrega a população
não-branca à base da pirâmide social. Luiz Ruffato/El
País - clique
e confira na íntegra
L Na minha simplória opinião, o “... basta olharmos à nossa volta para constatar
a ausência quase completa de negros inseridos no âmbito da classe média.” é
um problema social e não racial. Se a frase fosse reescrita de outra forma, não
sei se teria o mesmo impacto - que Ruffato quis impor ao seu texto – mas retrataria
a mesma realidade: “basta olharmos
à nossa volta para constatar a ausência de cidadãos brasileiros, que tem renda
familiar inserida entre R$ 291 e R$ 1.019, não têm acesso as “benesses” da
classe média”. Essa “fronteira”, da classe média, foi estabelecida pelo próprio
governo, atual - confira.
Mas, é
verdade verdadeira, que existe uma boa dose de descriminação étnica entre nós brasileiros,
assim como entre o povo americano, o povo africano, o povo siberiano e em todos
os demais povos até bem pra lá de Marrakech...
Pra exterminar esses preconceitos - em suas mais diversas
formas de manifestação - seria necessário deletar a versão atual da tabela
“Matriz de Consciência das Humanas Criaturas”, pois “preconceito” é um bug
nativo à psique humana e que infesta 11 entre cada 10 Criaturas da espécie, classificada
como “Racional”.... Abaixoê, uma manifestação de racismo contra animais.
L Não foram só os jogadores Elano e André Santos
que o Flamengo dispensou nos últimos tempos. O urubu-rei que o clube adotou em
2011, no zoológico (e fez festinha com a presença da imprensa para anunciar),
não teve o seu contrato renovado. Era coisa de R$ 500 por mês, incluindo toda a
família: dona urubu e mais dois filhotes. Aliás e a propósito: O nome do urubu
é Zagallo, mas não foi divulgado na época a pedido do departamento
jurídico do clube, porque o ex-treinador está processando o Fla por dívidas
trabalhistas. Cleo Guimarães/O Globo –
À Cristina, não basta ser viúva,
tem que parecer viúva.
|
A presidente
argentina, Cristina Kirchner, afirmou neste sábado (20) que recebeu ameaças
da organização Estado Islâmico, que atribuiu à sua "amizade com o Papa
Francisco", em declarações feitas em Roma e reproduzidas no site da
presidência argentina [e conforme transcrevemos]: "Dias atrás, dois delegados, um da Polícia Federal argentina e outro da
polícia de Buenos Aires, fizeram uma denúncia por ameaças à minha pessoa... a
denúncia dos delegados aconteceu após o surgimento de ameaças do Estado
Islâmico contra a minha pessoa, pela amizade com o Papa Francisco...".
clique
e confira
l Segundo Tutty
Vasques/O Estadão: A
presidente Cristina Kirchner está convencida de que virou alvo do grupo
extremista Estado Islâmico por causa de sua amizade com o papa Francisco. Nem o
similar venezuelano Nicolás Maduro foi tão longe em matéria de teoria
conspiratória!”, mas engana-se o colunista do Estadão. É difícil,
dificílimo, superar Maduro e sua trupe. Duvida? Leia abaixo:
J A
campanha do medo do PT e da presidente Dilma Rousseff contra a ex-senadora
Marina Silva ganhou o reforço de Venezuela, Cuba, Bolívia e Argentina. A
Telesur, estatal de TV que reúne esses quatro países, divulgou no fim da
semana, em seu site, artigo de Miguel Angel Ferrer - analista político em
programas de rádio ligados a Telesur - sobre as eleições brasileiras. “Marina Silva, candidata do Partido
Socialista, organização política de extrema-direita, fiel seguidora dos ditados
de Washington e que de socialista só tem o nome...”
l A candidata é
comparada a Collor, Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique, todos
ex-presidentes descritos como “submissos... e altamente dependentes do governo
norte-americano”. O texto não cita, porém, a proximidade da gestão de Dilma com
Sarney, por quem a presidente disse nesta campanha ter “muito respeito”; nem o
fato de Collor integrar a base aliada. O artigo diz que Marina acabará com “o
exitoso programa de combate à fome” e o substituirá, “obviamente”, por algum
programa de ajuste idealizado pelo FMI. Confira
na íntegra
Durante uma feijoada
na Cidade Alta do Cordovil, favela na Zona Norte carioca, Miguel Falabella
percebeu o potencial de uma combinação que, se fosse traduzida em comida, seria
uma mistura do feijãozinho nacional com os ovos Benedict - clássico da
culinária nova-iorquina. No almoço promovido por sua camareira, moradora do
lugar, o autor da Globo conheceu uma negra que ostentava orgulhosamente seu
cabelo transado, e comentou com ela como seria divertida uma versão brasileira
de Sex and the City, série americana que fez sucesso entre 1998 e 2004 com
seu retrato de quatro mulheres despachadas e endinheiradas em Nova York — só
que sua versão seria ambientada na favela e protagonizada por negras...
l É difícil
imaginar gênese mais autêntica e alto-astral para uma série de TV sobre as
mulheres de uma favela carioca. Mas, na ótica mal-humorada dos patrulheiros de
plantão, nada obedece ao bom-senso: Sexo e as Negas, que estreou na última
terça-feira, está sendo acusada de racismo. A Secretaria da Igualdade Racial,
ligada à Presidência da República, anunciou ter recebido 117 denúncias contra o
programa — demonizado por supostamente incorrer na “reprodução de estereótipos
da pessoa negra, numa associação contínua à sexualidade exacerbada”...
l A sede da Globo
em São Paulo foi pichada por vândalos. A secretaria abriu processo contra a
emissora e enviou as denúncias ao Ministério Público. “É um linchamento. Não
sou racista, muito pelo contrário: sempre paguei o preço por ser um autor
popular”, diz Falabella. Goste-se ou não do besteirol que dá tônica às suas
comédias, sua “suburbanidade” está mesmo no DNA... O caso ilustra o clima de
histeria instaurado nas redes sociais e na política - notadamente, na máquina
do poder em Brasília, dominada por ONGs e militantes de esquerda. Clique
e confira na íntegra
Como se não bastassem as insinuações de preconceito que
volta e meia assombram a memória de Monteiro Lobato, o escritor pode ter seu
nome agora respingado pelo histórico de escândalos na Petrobrás. Toda aquela
sua obsessão pela prospecção de petróleo no Brasil resultou, em última análise,
nessa roubalheira generalizada que, dizem, é tão antiga quanto a primeira broca
de perfuração em atividade no País!
Lobato morreu sem saber que Getúlio Vargas saquearia seus
ideais para criar a Petrobrás, fiel àquele papo de “O Petróleo é Nosso”, que
com o tempo revelou-se um conceito subjetivo: depende muito de quem “é nois” na
fita do doleiro da vez.
Gente que, muito antes do próprio Shigeaki Ueki, já vinha
pondo em prática na vida pessoal um dos ensinamentos nacionalistas de Monteiro
Lobato: “O enriquecimento vem do subsolo!” Daí a imaginar que o escritor possa
encabeçar a lista da delação premiada em evidência no noticiário, peralá... Tuttty Vasques/Estadão