*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Um dia a vaca tosse

“A gente pega sol, vai nadar, toma suco verde e fica se achando. Aí entra no ônibus e a menina levanta pra você se sentar. Muito triste.” Do poeta Chacal, 63 anos, desabafando no Facebook - por Cleo Guimarães

A cada novo escândalo envolvendo as empresas estatais, lembro-me de frase curiosa do diplomata e economista Roberto Campos: “A diferença entre a empresa privada e a empresa pública é que aquela é controlada pelo governo, e esta por ninguém.”...
A conjunção de recursos volumosos, ingerência política e pouca transparência fez das estatais a Disneylândia dos políticos. Afinal, parafraseando Milton Nascimento na canção “Nos bailes da vida”, o corrupto vai aonde o dinheiro está. O ex-deputado e hoje condenado Roberto Jefferson, no seu livro “Nervos de aço”, referindo-se aos Correios, confessa: “... é evidente que as nomeações feitas pelo PTB se prendiam, sim, a uma estratégia de captação de recursos eleitorais. Nunca neguei isso.”
Essa lógica parece ser a mesma da camarilha infestada na Petrobras para intermediar negócios entre empreiteiras, prestadoras de serviços e políticos. A cada contrato, 3% para a patota. Se o próprio ex-diretor de operações Paulo Costa se ofereceu para devolver US$ 23 milhões, dá para imaginar o tamanho do rombo. A movimentação financeira irregular já identificada na operação Lava-Jato chega a R$ 10 bilhões, oriundos não só do desvio de dinheiro público, mas também de tráfico de drogas e contrabando de pedras preciosas. A importância faz o mensalão (R$ 141 milhões) parecer roubo de galinha. Opinião/O Globoclique e confira na íntegra

ü"Eu não mudo direitos na legislação trabalhista... Agora, lei de férias, 13º, fundo de garantia, hora extra, isso eu não mudo nem que a vaca tussa, me desculpe a expressão", afirmou Dilma sobre eventuais alterações na CLT, depois de ser questionada por jornalistas sobre mudanças na legislação trabalhista após uma reunião na Associação Comercial e Industrial de Campinas, no interior de São Paulo, nesta quarta-feira (17) - Clique e confira
l E por falar em mudanças... Uma apresentação de dança em versão funk do Hino Nacional, feita por alunos de uma escola pública da Paraíba, gerou polêmica em uma rede social. O vídeo gravado na 10ª Amostra Cultura, Científica e Tecnológica (ACCTEC) da Escola Estadual Senador Humberto Lucena, em Cacimba de Dentro, no Curimataú paraibano, foi publicado no Facebook e contava com mais de 29 mil compartilhamentos até esta terça-feira (16). Clique aqui e assista ao vídeo.
L Com essa performance do hino nacional, quem deve ter se engasgando de tanto tossir, é a dupla de compositores Estrada&Manuel - autores do hino - seja lá onde estiver se apresentando neste momento, porém quando se assiste ao vídeo não dá pra entender o porque de tanta polêmica, pois cá pra nós, têm coisas muito mais graves sendo exibidas na TV durante a propaganda eleitoral.

Flagrante do papa, cheio de dedos,
quando tentava colocar a mão na bola
A discussão sobre o que difere “bola na mão” de “mão na bola”, polêmica maior do Brasileirão, chegou ao Congresso: “Bola na mão é como corrupção passiva”, comparou dia desses um deputado no cafezinho da Câmara. “Quando não há intenção deliberada de meter a mão, mas acontece de nela levar bola, não cabe penalidade máxima – vale o mesmo para o futebol!
Cada um com seu cada qual tem uma interpretação diferente para o referido incidente na grande área depois que a Fifa liberou a imaginação da arbitragem para julgar se, além do propósito evidente, o jogador assume no lance o risco de que a bola toque em sua mão durante “movimento não-natural” do corpo. Nem a regra do impedimento é tão complexa!
O resultado é que ninguém - aí incluídos torcedores e comentaristas - sabe mais distinguir “bola na mão” de “mão na bola” numa partida de futebol. Já tem zagueiro pensando em atuar algemado para provar inocência, taí uma providência que talvez possa evitar a mão boba no jogo político. Tutty Vasques/Estadão

üPesquisa inédita do Ibope indica que os apelos por renovação na política não mudarão o perfil da Câmara dos Deputados nos próximos quatro anos. Em São Paulo, os cinco candidatos que despontam na frente são Tiririca (PR), Celso Russomanno (PRB), Paulo Maluf (PP), Baleia Rossi (PMDB) e Pastor Marco Feliciano (PSC). Clique e confira
Aliás... O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou ao STF que todos os crimes atribuídos ao deputado Paulo Maluf  por supostos desvios na obra de construção da Avenida Jornalista Roberto Marinho, em São Paulo, não podem mais ser punidos, porque prescreveram... A prescrição ocorre com o transcurso do tempo entre o cometimento do crime e o julgamento. Com a demora na análise do processo, o Estado perde a prerrogativa de punir o réu. Clique e confira

Da série: As mão sujas de Lula
(nem tudo que lambuza é petróleo)
Foto da Agência Petrobras de Notícia

URGENTE - O silêncio dos culpados: O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa compareceu nesta quarta-feira à CPI mista da estatal no Congresso, em Brasília, mas usou a prerrogativa de permanecer calado. Diante do silêncio, a sessão da comissão que investiga irregularidades na empresa se transformou em palanque para governistas e oposicionistas reforçarem os discursos eleitorais de seus candidatos ao Palácio do Planalto. Costa ficou na CPI por duas horas e 40 minutos... Durante a sessão desta quarta-feira, o ex-diretor da estatal respondeu 17 vezes que iria ficar em silêncio. Clique aqui e escute o silêncio na íntegra