*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sábado, 4 de outubro de 2014

ESPECIAL - Boca de urna


#Boca1: A política na lama - A atividade política foi colocada na lama no debate, da TV Globo, entre os candidatos à presidência. Eles prestaram sua contribuição para o desencanto da maioria da população com a atividade que exercem. A atitude de tratar os adversários como sujos e mal lavados vai servir de insumo para futuros protestos como os ocorridos em junho de 2013. Atacada por Aécio Neves e Marina Silva, a presidente Dilma tentou se defender, jogou lama nos outros e apelou para o "todos podem roubar".
l O "mensalão petista", o "mensalão da reeleição", o "mensalão mineiro" e a omissão diante dessas práticas acabaram passando a impressão de que os principais candidatos estão numa vala comum ou são farinha do mesmo saco. A criminalização da atividade política e a insistência em tratar os partidos adversários como uma organização para delinquir é uma chaga generalizada (udenismo) que contaminou os políticos...
l Para encerrar, as políticas sociais saíram ganhando. O próximo presidente será pressionado a implantar a proposta de Marina Silva: pagar um 13º salário para os beneficiados pelo Bolsa Família. Por Ilimar Franco/O Globo - Leia na íntegra

#Boca2: A produção de cada um - Responsáveis por elaborar e aprimorar as leis nacionais... os atuais deputados federais apresentam um baixíssimo índice de sucesso quando a lupa é colocada sobre a produção própria de cada um deles.
l Na legislatura que se encerra neste ano, só 26 deputados federais – 5% dos 513– apresentaram projetos que percorreram o longo caminho até serem aprovados de forma definitiva pelo Congresso. Na lista dos projetos "sangue puro" que obtiveram êxito entre 2011 e 2014 há um variado leque de temas. Entre eles está o do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Sob o argumento, entre outros, de homenagear e legar às gerações futuras a memória de "um político à frente de seu tempo", Alves conseguiu, após 2 anos, 1 mês e três dias de tramitação do projeto, batizar o novo aeroporto do Rio Grande do Norte com o nome do pai, Aluizio Alves. Clique aqui e confira

#Boca3: A desmoralização da baixaria! - Só um erro crasso das pesquisas de boca de urna salva esta eleição do mais profundo tédio político. O problema não foi nem a costumeira falta de ideias a que o eleitor já se habituou nos debates de presidenciáveis! O que diferencia este pleito dos outros é que nunca antes na história da democracia brasileira a baixaria foi tão mal desempenhada em campanha.
l Desmoralizaram o baixo nível em todas as suas formas mais conhecidas de manifestação: a ofensa, o sarcasmo, a calúnia, o deboche, o fingimento, a maldade, a hipocrisia, a maledicência, a agressividade, a difamação, a injúria, a mentira, enfim, nenhuma estratégia de praxe do marketing eleitoreiro funcionou a contento no primeiro turno da corrida presidencial. A brigalhada que se pretendia só não deu traço por causa do conflito dos nanicos puxado no finalzinho pelo Levy Fidelix.
Por essas e por outras, resta ao eleitor torcer para que as pesquisas quebrem a cara na apuração dos votos. Eu acredito! Tutty Vasques/Estadão