*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Ho! Ho! Ho!

Tomei conhecimento da existência de Aldo Rebelo em meados dos anos 90, quando ele apresentou um projeto de lei que proibia o uso de tecnologia nas repartições públicas, para evitar que os burocratas perdessem seus empregos. Devia lamentar, então, o progresso já obtido com as máquinas de escrever elétricas e com as copiadoras Xerox, e certamente tremia em pensar no que poderia acontecer ao serviço público com o uso de computadores. Na verdade, detestava até essa palavra, “computadores”: num outro projeto de lei, igualmente obtuso, pretendia impedir o uso de estrangeirismos, propondo que usássemos ordenadores e ratos.

Tenho certeza de que, à noite, depois de receber pelo correio as últimas notícias da Albânia, ele sonhava com os bons tempos das folhas de papel almaço, das canetas tinteiro e das ligações telefônicas feitas através de telefonistas. A indicação do seu nome para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação é uma ofensa pessoal para esses setores, e uma patada na cara de quem acha que Ciência, Tecnologia e Inovação são áreas essenciais para o progresso de um país... Cora Rónai/O Globo - CONFIRA

O que faz o pastor George Hilton no Ministério dos Esportes? Ele, como se sabe, foi preso em 2005 , no aeroporto da Pampulha, em BH, trazendo, em dois jatinhos da Líder, onze malas de dinheiro recolhido dos fiéis da Universal. Dinheiro de nossa gente humilde...  
Dilma tem razão. Não há democracia sem política. Bem exercida, é um serviço público nobre. Mas, no Brasil de hoje, quem demoniza a política são alguns políticos. Veja um caso. Lula tirou Luiz Pinguelli Rosa do comando da Eletrobras, alegando que o cientista e militante político não tinha votos no Senado, e entregou parte desse setor ao ministro Edison Lobão, cujo nome surgiu nesta lista de políticos que estariam ligados ao esquema Lava-Jato. Com todo o respeito...
Mas nem tudo está perdido: A abertura do regime cubano em relação aos católicos, deflagrada a partir do livro de Frei Betto “Fidel e a religião”, em 1985, começou com um pedido singelo ao Comandante. O brasileiro conseguiu autorização para que a Igreja cubana importasse grande quantidade de Bíblias, em espanhol. Só que, quando a carga chegou a Havana, boa parte dos livros sumiu. Betto desconfia que eles foram desviados por gente do PC, que praticava a religião às escondidas. - Posts, acima, coluna Ancelmo Gois/O Globo, sexta 26.