"Cidadão livre: livre das amarras do cargo público.
Cidadão na plenitude dos seus direitos, pronto para opinar sobre as questões da
'Pólis'” Joaquim Barbosa em sua a conta no Twitter para se
defender das reações às suas recentes publicações, em que sugeriu a demissão do
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na terça-feira, 17
O
juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara
Federal em Curitiba, considerou ‘intolerável’ e ‘reprovável’ a atitude de
advogados de empreiteiras e acusados da Operação Lava-Jato de se reunirem com o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo ele, a mera tentativa dos
acusados e das empresas de “obter interferência política” no processo judicial
indica a necessidade da manutenção da prisão preventiva dos réus para garantir
a instrução e a aplicação da lei e “preservar a integridade da Justiça contra a
interferência do poder econômico”.
“Intolerável, porém,
que emissários dos dirigentes presos e das empreiteiras pretendam discutir o
processo judicial e as decisões judiciais com autoridades políticas, em total
desvirtuamento do devido processo legal e com risco à integridade da Justiça e
à aplicação da lei penal”, afirmou Moro. CONFIRA
O
ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, revelou nesta quinta-feira (19) que conversou sobre o suposto
vazamento de informações da Operação Lava Jato no encontro que teve com
advogados da empresa Odebrecht no último dia 5. Ele também disse que falou
sobre uma possível "colaboração internacional” que envolveria a empresa.
O encontro de Cardozo com a defesa da construtora gerou críticas
do juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos relacionados à
investigação, e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa,
que defendeu a demissão do titular da pasta da Justiça.
Segundo Cardozo, o tema do vazamento de informações foi
levado a ele porque havia um inquérito na Polícia Federal apurando a questão. CONFIRA
Cardozo
se defendeu ontem [19], das críticas dizendo que advogados “não são membros de
quadrilha” pela sua atuação profissional. Ele disse achar “lamentável” que no
Brasil existam pessoas que “ainda pensam dessa forma”. “Advogado não é o
cliente, advogado não está sendo acusado. E se tem alguma coisa acontecendo de
errado na Polícia Federal, quem é que tem que fiscalizar? O ministro da
Justiça. É de uma obviedade total”, declarou o ministro. Ele reiterou que teve
apenas um encontro com advogados para tratar da Lava Jato - o caso da Odebrecht
- e que defensores têm o direito de serem recebidos por autoridades
públicas. CONFIRA
Três
meses depois de serem presos - que se completam neste sábado [15] - empresários
e executivos que dividem as celas da carceragem da Polícia Federal em Curitiba,
acusados de formar cartel, pagar propina e inflar os preços de obras da
Petrobras, já não sentem apenas sinais de depressão e ansiedade. Azedaram as
relações deles com muitos de seus defensores. Advogados de renome, que fecharam
contratos milionários - e deram a seus clientes a impressão inicial de que
poderia ser fácil tirá-los da cadeia - agora ouvem uma pergunta à exaustão: Se o Renato Duque (ex-diretor da Petrobras)
está solto, e eu? Por que estou aqui? CONFIRA
Nota de
rodapé: Subiu a bandeirada dos advogados que cuidam dos envolvidos
na Lava Jato. Em dezembro uma banca apresentou à empreiteira UTC uma proposta
na qual pedia R$ 2 milhões de entrada e R$ 1,5 milhão condicionados ao sucesso.
Nas últimas semanas um peixe novo (e grande) topou pagar R$ 2,5 milhões de
saída e outros R$ 2,5 milhões como cláusula de sucesso, não se sabendo direito
o que se entende por "sucesso". Elio Gaspari/Folha #Q&Mè... e em primeira mão, o som que mais rolou pelas carceragens
da PF, neste dias de carnaval:
As águas vão
rolar,
garrafa cheia
eu não quero ver sobrar,
eu passo a mão
na saca, saca, saca-rolha,
e bebo até me
afogar, deixa as águas rolar.
Se a polícia
por isso me prender e na última hora me soltar,
eu pego a
saca, saca, saca-rolha e bebo até me afogar, deixa as águas rolar
Neguinho da Beija-Flor, em uma entrevista à Rádio Gaúcha
citando pontos polêmicos do carnaval do Rio de Janeiro: "Eu sou do tempo que desfile de escola de
samba era uma bagunça. Chegou a contravenção e organizou. Hoje eles batem no
peito e dizem com o maior orgulho: 'o maior espetáculo audiovisual do planeta'!
Agradeçam à contravenção". CONFIRA