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segunda-feira, 2 de março de 2015

Levy: entre a cruz, a caldeirinha e a The Economist

"A desoneração foi importantíssima e continua sendo. Se não fosse, tínhamos eliminado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo" Dilma Rousseff, queixando-se de seu [ainda], Ministro da Fazenda

Capa da revista The Economist, na semana que passou
"A estagnação adormecida na qual o país caiu em 2013 está se tornando uma completa – e provavelmente prolongada – recessão, uma vez que a inflação pressiona os salários e a capacidade de pagamento das dívidas do consumidor", diz a revista. Leia na íntegra

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta sexta-feira (27) a Medida Provisória que, na prática, reduziu a desoneração da folha de pagamentos das empresas – que nos últimos anos tiveram um alívio no pagamento da contribuição previdenciária.
"Essa brincadeira [desoneração da folha] nos custa R$ 25 bilhões por ano, e vários estudos nos mostram que isso não tem protegido o emprego. Tem que saber ajustar quando não está dando resultado. Não deu os resultados que se imaginava e se mostrou extremamente caro. A gente não está eliminando. Está reduzindo [o benefício]", declarou Levy.
#Q&Mè A brincadeira começou a ser aplicada em 2011 e que em 2014, ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff tornou o benefício permanente, autorizando a ampliação dos segmentos beneficiados, hoje em torno de 60% - CONFIRA... mas  prossegue Levy: “Normalmente, você descobre que um emprego protegido nos custa R$ 80 mil, R$ 100 mil por ano. E esses, geralmente, são empregos de baixos salários. Então, você gastar, o governo, o Tesouro, cada um dos contribuintes, gastar R$ 80 mil, R$ 100 mil para manter um emprego não vale a pena. Por isso, a gente está reduzindo esse tipo de desoneração, pela relativa ineficiência dela. Ela não tem alcançado os objetivos para os quais ela foi desenhadaCONFIRA. èDe todo esse imbróglio fica no ar um assombro,e a pergunta: O que é “emprego protegido que nos custa R$ 80 mil, R$ 100 mil por ano” em relação ao assombro? O que é “assombro”? Confira abaixo e você vai se assombrar na íntegra:

Publicada no site CONGRESSO EM FOCO
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lDe todas as medidas de redução de imposto, a que era menos “brincadeira” era a desoneração sobre a folha, porque enfrentava um problema realmente existente. Mas as isenções ou reduções de IPI para carros merecem a definição do ministro Joaquim Levy. A tesoura afiada da dupla Levy-Barbosa é a única forma de o país sair do atoleiro em que foi jogado por erro, displicência e esperteza.
Há um longo caminho para se sair do buraco de um déficit nominal de 6,7% do PIB. Não é brincadeira não. Será preciso tomar medidas seriais, como os ministros da área econômica fizeram esta semana, e enfrentar o conjunto equivocado de crenças do partido do governo. Sozinha, a equipe nada fará. Se o governo como um todo não entender o tamanho do buraco, no primeiro número ruim o PT vai querer acabar com a brincadeira da equipe. E aí a crise que se seguirá não será nada engraçada. Por Miriam Leitão/O GloboLeia na íntegra
lA doutora Dilma encarregou o ministro Joaquim Levy de negociar com a agência Moody's para que a nota de crédito da Petrobras não fosse rebaixada. Ele tentou durante o carnaval, quando esteve em Nova York e novamente na segunda-feira passada. Deu água. Negociações como essa são comuns. Às vezes dão certo, às vezes fracassam. Valem pelo segredo em que são mantidas, seja qual for o desfecho. Se Levy fosse bem-sucedido, o sigilo evitaria que a Moody's parecesse ter sido pressionada.
Rebaixada a Petrobras, o governo (mas não a Fazenda) revelou a gestão malsucedida. Pode ter sido pura incompetência, ou um lace de fritura de Levy. Elio Gaspari/O Globo
Nota de rodapé: "A gente sabia que viria mais alguma coisa. Mas, depois de tudo, a gente esperava ser chamado para que nos dissessem alguma coisa antes" Um líder do PT no Congresso Sobre o governo ter baixado a MP das Desonerações – Ilimar Franco O Globo