*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

ESPECIAL – Novas realidades ou é só uma questão de preço?

Rinaldi em um momento,
digamos, “jornalístico”
 “Sou uma mulher de 44 anos atraente e educada, em um casamento aberto, que procura homens solteiros de 35 a 50 anos que possam ajudar a explorar minha sexualidade. Você deve ser confiável, inteligente e com habilidade para conversar, bem como na cama”.
Ao publicar esse anúncio em um site de relacionamentos, a jornalista americana Robin Rinaldi deu início a uma jornada de descobertas sexuais. Ela descreve a experiência de um ano - período em que dormiu com 12 estranhos, sendo dez homens e duas mulheres — no livro “The wild oats project”, recém-lançado em inglês, ainda sem tradução para o português.
“O experimento me mostrou que tenho um lado selvagem e menos inibido. Ele me mostrou que eu poderia agir com ousadia, em vez de medo. Isso me fez perceber que eu l. E o mais importante: que eu estava pedindo demais do meu casamento: paixão, segurança e um propósito. Hoje, não espero mais tudo isso de uma relação”, avalia Robin, por e-mail, seis anos após o experimento erótico.
A ideia surgiu quando o parceiro da escritora há 18 anos fez uma vasectomia. Ao perceber que sua vontade de ser mãe iria para o espaço, ela estourou: “Me recuso a ir para o túmulo sem filhos e com apenas quatro amantes na conta”, comunicou ao marido, propondo a relação aberta. Depois que Scott (nome fictício) aceitou, Robin, uma bem-sucedida jornalista freelancer... alugou um apartamento para passar a semana. Robin e o marido decidiram se separar, amigavelmente, após o projeto... Enviado por Cacau Quil - Leia na íntegra

OPINIÃOQ&M (?) - Engraçado - se “engraçado” fosse a palavra que eu queria usar, porém não me veio outra mais neutra - como os “conceitos” mudam no tempo (pelo menos nesse meu tempo). Outro dia batendo um papo, por telefone - taí a primeira constatação da minha antiguidade, ”bater papo por telefone” - com meu amigo Foca Veiga, ele me saiu com essa: Atualmente o prazo de validade de uma virgem é de seis meses que é garantido na certidão de nascimento. A partir daí tem que ser revalidado, todo ano, por um ginecologista. Exageros, claro, até porque sabemos que Foca Veiga é um anarquista social, mas os “conceitos sociais” estão mudando radicalmente. Por exemplo: manga com leite já não mata mais como matava nossos avós/bisavós, tempos idos; ovo não é mais o vilão do colesterol – aliás, atualmente, colesterol é coisa trash e só é encontrado em brechós ou antiquários no shopping da Siqueira Campos em Copacabana ou na Rua do Lavradio, Lapa, ambas no Rio de Janeiro...
lPorém, homossexual não pode mais ser chamados de gay, boiola, viado e outros qualificativos assemelhados – sei nem se pode ser chamado de homossexual; assassino, menor de idade, quando detido, não é “preso”, é “apreendido”, mas se você der uma palmada em seu filho, em público, pode ser preso. Se no clímax de uma partida de futebol, tipo decisão de campeonato, o juiz fizer “uma das dele” e você o chamar de “macaco filho de uma puta” - e a Globo filmar - cê tá no sal. Isso sem falar nas cotas pra isso e para aquilo, independentes da competência pessoais dos candidatos a isso e aquilo.
lEsse discurso pode se estender por horas e laudas... como por exemplo a história, acima, da Robin Rinaldi, que na reportagem é qualificada como “uma bem-sucedida jornalista freelancer”, mas que nas hora vagas poderia também ser chamada de... deixa pra lá, até porque, neste blog ninguém tem muita convicção de coisa nenhuma  - daí o (?) - e vai que amanhã a gente mude de opinião, né mesmo, e contrate os serviços “jornalísticos” da mocinha, pois como disse o Juca Chaves - conforme reza a lenda - tudo se resume em uma questão de preço: Juca Chaves, em uma das sua viagens, sentou-se ao lado de uma bela senhora a interpelou sem rodeios: -Por cinquenta mil dólares, a senhora faria amor comigo? Após breve hesitação, ela respondeu: -Bem, por cinquenta mil dólares... acho que sim. -E por cinquenta dólares, faria amor comigo? Empertigou-se a senhora: -Mas o que é que o senhor está pensando, que eu sou alguma prostituta? No que replicou o Juca: -Bem, a essa questão a senhora já tinha respondido na primeira pergunta. Agora só estávamos discutindo o preço.
Essa estória é antiga - já foi replicada neste bloguinho algumas vezes, pois com o tempo acabou incorporada às diversas estórias assumidas como verdade no inconsciente do povo brasileiro – mas, o importante é reavivar o registro das nossas lembranças, uma delas neste caso é o que vem a ser uma puta original. Pense nisso.
lAntes de encerar esta querela, que parece ser preconceituosa, e é sim, mas, o é, contra a hipocrisia das humanas criaturas que tentam uma nova “ordenação” das verdades, como esta, proposta pela “jornalista” Rinaldi. Mas que fique bem claro: não temos absolutamente nada contra as verdadeiras putas, muito pelo contrário, até porque... mas isso é assunto pra outra prosa. Mas é claro que tem a pergunta que não quer calar: Depois dos “12 experimento eróticos” ela, a “freelancer”, além de escrever um livro, engravidou?