“Desemprego é como ressaca; só aparece depois do pileque;
Se a recessão está aumentando é inevitável que venha mais desocupação”
Celso
Ming/Estadão
#dedoduro1: A
presidente Dilma Rousseff anuncia que não respeita delator. Se tudo o que ela
tem a dizer sobre o esquema de corrupção ora em processo de desmanche se resume
ao tal sentimento, aliado ao confuso raciocínio em que compara atos da ditadura
a ações do regime democrático em defesa da legalidade, francamente, é de se
concluir que a presidente não sabe o que diz. Em primeiro lugar porque pouco
interessa se ela respeita ou não a figura do delator. Importa, sim, que
respeite as leis em vigor no País que governa. Notadamente uma lei sancionada
por ela, que prevê o instituto da delação premiada ao qual aderiu Ricardo
Pessoa, dono e ex-presidente da UTC, apontado como o “chefe do clube”das
empreiteiras. Por Dora
Kramer/Estadão – leia
na íntegra
#dedoduro2: Um dos
enigmas do comportamento político de Dilma Rousseff está na sua capacidade de
viver numa realidade própria. É a essa característica que se deve atribuir
parte do descrédito que acompanha sua administração. Diz uma coisa, faz outra e
vai em frente. Recuando quase meio século na história do país para manipular os
desdobramentos da Operação Lava-Jato, a doutora afirmou o seguinte: “Eu não respeito delator, até porque estive
presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora.
A ditadura fazia isso com as pessoas presas e garanto a vocês que resisti
bravamente”.
lMistificando o presente,
associou o comportamento de quem passa pela carceragem de Curitiba com o dos
presos do DOI durante a ditadura. Seu paralelo ofende o Ministério Público, o
Judiciário e o Supremo Tribunal Federal, que homologa cada um dos acordos onde
estão as confissões. Nenhum preso da Lava-Jato passou por qualquer
constrangimento físico. Até agora, todos os atos praticados pelos
investigadores respeitaram o devido processo legal. Por
Elio Gaspari/O Globo – Leia
na íntegra
No mais: Celso Antônio Bandeira de Mello, o
advogado, acusou o juiz Sérgio Moro de “usar as prisões da Lava-Jato para
coagir”. Para ele, “com o apoio da imprensa, o país está caminhando, a passos
largos, para o fascismo”. Numa democracia, uma opinião assim é bem-vinda.
Mas o doutor deveria informar que trabalha para a Mendes Júnior, enrolada na
Lava-Jato, num processo contra a Chesf de alguns bilhões de reais. Ancelmo Gois/O Globo
Um Centro Municipal de
Saúde do Jardim Itapuã, localizado na zona sul de Londrina, no norte do Paraná,
fechou durante o horário de expediente para a realização de um chá de bebê de
uma das funcionárias da unidade. Por conta disso, os pacientes não puderam ser
atendidos. O caso está sendo investigado pela Secretaria Municipal de Saúde.
lUm dos pacientes, que preferiu não ser identificado,
disse que foi alertado sobre o fechamento, mas que a justificativa seria uma
reunião interna. "Eu cheguei por volta das 10h45. Aí tinha um cartaz lá
dizendo que ia ser fechado para uma reunião interna. Eu ainda consegui pegar
meu medicamento porque faço tratamento de saúde. Aí eu vi que estavam fechando
as janelas do posto com uns panos". CONFIRA
Em coletiva ao lado do
presidente Barack Obama, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira
que não será pela imprensa que anunciará decisão sobre o futuro dos ministros
da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de Comunicação Social,
Edinho Silva. Segundo depoimento de delação premiada do dono da UTC, Ricardo
Pessoa, Mercadante teria recebido caixa dois da empreiteira nas eleições de
2010, enquanto Edinho teria chantageado a empresa para obter R$ 7,5 milhões,
saído do esquema de propina da Petrobras, para a campanha de Dilma no ano
passado. Os dois negam as acusações do delator.
“Em várias
democracias, nós preservamos o direito de defesa das pessoas e a obrigação da
prova ser formada com fundamentos e não simplesmente com ilações ou sem acesso
às peças acusatórias. Isso é um tanto quanto idade média. Não é isso que se
pratica hoje no Brasil”, afirmou.
Dilma disse que nunca demitiu ministros pela imprensa e que
não vai fazê-lo desta vez. Ela criticou ainda o que chamou de "vazamento
seletivo" do conteúdo da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa,
dono da UTC. CONFIRA
è Resumo da opereta: só falta
escolher o tipo de óleo e acender o fogo, pois já tem ministro na frigideira.
O Senado aprovou nesta terça-feira (30), em
votação simbólica, a medida provisória que fixa um reajuste escalonado da
tabela do Imposto de Renda. Pelo texto a correção irá variar de 4,5% a 6,5%,
conforme a faixa de renda. A MP segue agora para sanção da presidente Dilma
Rousseff... Apesar de encaminhar voto a favor da aprovação da MP, o líder do
PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, criticou o fato de o reajuste da tabela do
IR não ser válido para o ano fiscal por inteiro, mas apenas a partir de abril,
quando a medida provisória foi editada pelo governo... "O governo esta comendo mais quatro meses do
trabalhador brasileiro e nesses 4 meses, de forma mais grave, sem nenhum tipo
de reposição dos períodos inflacionários. Ou seja, durante 25% do ano o
trabalhador vai pagar imposto de renda sem nenhum reajuste, o que na prática
significa aumento da carga tributária", afirmou Lima. Confira
a tabela – è É
a Lei de Murphy atuando, em sua a oitava regra, conforme reza: Quando um trabalho é mal feito, qualquer
tentativa de melhorá-lo piora è que em
verdade deriva de sua “cláusula pétrea”: Se
alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no
pior momento e de modo que cause o maior dano possível
E pra azedar de vez esta quinta-feira
Assim como as distâncias das estrelas são medidas em
anos-luz - a distância que a luz percorre no vácuo no período de um ano, ou
seja, aproximadamente a 9.461.000.000.000 quilômetros; melhor ainda 9,4605284 ×
1015 metros – oque levou os cientistas a afirmarem algo como: “Elas viajaram por todo este tempo no espaço
e assim transportam uma imagem do passado, que já não existe mais. Esse é um
dos paradoxos da relatividade. Olhamos sempre para o passado e com ele
construímos a ideia do presente.” É o caso da imagem, acima, do
“impostômetro” que foi congelada ontem – 1º de julho de 2015, às 11:22 - e
com certeza retrata a realidade de um “passado,
que já não existe mais”. Hoje, 2 de junho, o número exibido já é bem maior.