*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Super Quinta Especial (em três capítulos)


Introdução: “A crise não nasceu em Quixeramobim, não nasceu em Maceió, não nasceu em Brasília. A crise nasceu no coração dos Estados Unidos e hoje tem muita gente pagando por essa crise. Tem gente que joga a responsabilidade em cima da Dilma, mas essas mesmas pessoas que se apresentam como se tivessem a solução para os problemas do mundo esquecem que, quando eu cheguei à Presidência, esse País estava quebrado, dependia do FMILula, nesta terça-feira, 11

1º capítulo
O homem bomba

E Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, hein? Está cada vez mais só. É fato que ainda conserva uma maioria de deputados sob seu comando capaz de fazer algum mal ao governo. Mas essa maioria já foi mais confortável.
De resto, no momento ele assiste à debandada para os lados do governo do seu colega de partido Renan Calheiros, presidente do Senado. Faça o que Eduardo fizer na Câmara, ele dependerá do Senado para ser bem-sucedido na tarefa de emparedar a presidente da República.
M Não se sabe ainda o preço que o governo pagará para garantir a companhia de Renan. Afinal, Eduardo e Renan correm o risco de ser denunciados pelo Procurador Geral da República por envolvimento com a roubalheira na Petrobras.
Eduardo perde também prestígio aqui fora. Empresários que antes o admiravam, cada vez mais aflitos com a crise econômica, acham que ele só atua para piorá-la. O responsável pelas pautas bombas no Congresso virou naturalmente um homem bomba. Por Ricardo Noblat/O Globo – Leia na íntegra
Epílogo do 1º capítulo: "Tentar esconder a real situação de fragilidade do governo sem base na Câmara me culpando pelas suas derrotas é querer não enfrentar o problema. A verdade nua e crua é que não existe base do governo... Presidente da Câmara não é o dono da Câmara e nem do voto dos deputados" - Por Eduardo Cunha, em sua conta do twitter na tarde de domingo, 9 " - CONFIRA

2º capítulo
O dissimulado

Em uma semana, o senador Renan Calheiros deu uma guinada tal em seu comportamento político que, ao mesmo tempo, isolou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, agora chamado de "incendiador-geral da República", e atropelou o vice Michel Temer no papel de articulador político do governo. Ao voltar a se aliar com a presidente Dilma, e apresentar um conjunto de medidas que ficam distantes de aumentos de gastos para o governo, embaladas como "pacote Brasil", Renan deu novo fôlego ao governo numa semana crucial que antecede às manifestações de rua programadas.
l O governo já conhece Renan: é um ótimo aliado e um temível adversário. E ele já mostrou que passa de um lado a outro com grande rapidez, sem dar aviso prévio. Neste momento, o governo comemora a mudança brusca de Renan. Ao mesmo tempo, Cunha já o carimbou como alvo destes próximos dias e Temer foi obrigado a "correr atrás" para não perder o que conquistara dias atrás como alternativa confiável para importantes setores da sociedade. Temer almoça nesta quarta com a bancada de deputados do PMDB na Câmara, que vive dividida entre estar contra ou a favor de Cunha. Por Cristina Lobo/O Globo - Leia na íntegra
Epílogo do 2º capítulo: As bancadas do PT na Câmara e no Senado ainda não desistiram do sonho de ver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeado ministro... Os parlamentares do PT estão perdidos no Congresso com a falta de reação de Dilma Rousseff e contam com Lula num posto-chave no governo para tentar encontrar um caminho de reação. CONFIRA

3º capítulo
O mestre

A estrela da reunião dos líderes do Senado com a presidente Dilma, na noite de anteontem, foi o ex-presidente Fernando Collor. O senador foi duro ao criticar as recentes declarações da presidente: A senhora não devia chamar para si, dizer que aguenta pressão, que é forte. Todo mundo sabe que a senhora é corajosa.
l Collor também fez referência ao processo de impeachment que enfrentou. Argumentou que alegar a legitimidade das urnas é muito relativo, pois “eu também tinha, fui eleito pelo voto”. Questionou o bordão “quanto pior melhor”, usado contra a oposição. Alegou que a população pode querer isso mesmo, piorar tudo para melhorar depois. Por Ilimar Franco/O Globo

Le grand finale

Possuído, de súbito, pelo espírito cívico de próceres de seu partido, em especial as almas agregadoras de Tancredo Neves, Ulisses Guimarães e Michel Temer, o mártir Renan Calheiros abriu um pergaminho com propostas para todas as crises brasileiras. "Ofereço meu corpo, meus cargos comissionados e minhas concessões de rádio e TV pelo bem geral da Nação", anunciou, com a voz grave e braços abertos. Em seguida, com uma bata branca e um violão, entoou "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã..." Calheiros prometeu também salvar o Vasco da Gama do rebaixamento, reeleger Fernando Haddad e despoluir a Baía de Guanabara. Ao tomar conhecimento de que a Assembleia Geral da União Astronômica Internacional constatou que as galáxias produzem cada vez menos energia e que o Universo pode estar morrendo, Calheiros bateu no peito e foi enfático: "Deixa comigo." - By the i-piauí herald/revistapiaui/estadão