“Somos como uma manada de búfalos trancafiada num cercado
de ripa de madeira. Se nos movimentarmos, essa situação muda.” Gil Castello
Branco, fundador da ONG Contas Abertas, em entrevista ao Correio Braziliense,
sobre como a sociedade pode interferir na crise moral que assola o país
Bandalheira
oculta – Graças à reforma política aprovada na Câmara dos Deputados, as
próximas eleições serão as primeiras em que 100% do financiamento empresarial
de campanhas será feito por meio de doações ocultas – aquelas em que é
impossível detectar o vínculo entre empresas financiadoras e políticos
financiados...
l Em 2014, porém, o TSE editou uma resolução que
obrigou os candidatos a registrar em sua contabilidade o “doador original” do
dinheiro que transitou pelo partido – ou seja, mesmo nos casos em que o partido
atuou como intermediário, foi possível detectar quais empresas doaram recursos
para cada campanha...
l A partir de 2016, as empresas estarão proibidas de
doar diretamente aos candidatos, mesmo que quiserem – os recursos
obrigatoriamente terão de ir para os partidos, que depois os distribuirão entre
as campanhas. E o TSE não poderá mais determinar a identificação dos doadores
originários, porque isso estará vetado pela legislação. A reforma política
estabelece que “os valores transferidos
pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de
contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas
dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos
doadores”. CONFIRA
è Ponfo final e não se fala
mais nisso, certo?
Bandalheira
às claras - Indeferido em todas as instâncias técnicas pelas quais
passou desde 2004, o processo de regularização de edificação de um imóvel do
deputado estadual Enio Tatto (PT), na zona sul de São Paulo, foi aprovado na
quinta-feira em despacho do prefeito Fernando Haddad (PT). Trata-se de um
sobrado comercial que tinha um terço de sua área construída irregularmente. Leia
na íntegra
Não é
sério – Após um final de semana de muitas reuniões entre a presidente Dilma
Rousseff e vários de seus ministros, o governo federal anunciou nesta
segunda-feira (14) um bloqueio adicional de gastos no orçamento de 2016 no
valor de R$ 26 bilhões. Além disso, o governo também anunciou uma nova rodada
de alta de tributos, com a proposta de retorno da CPMF. A CPMF, segundo os
cálculos divulgados pelo governo, vai ser responsável por metade do ajuste nas
contas públicas anunciado nesta segunda-feira para o ano de 2016, que é de R$
64,9 bilhões. "O objetivo é que a CPMF não dure mais do que quatro anos",
disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. CONFIRA
l "Em vez de reduzir impostos para estimular a
recuperação da economia, ele (Levy) está fazendo o oposto. Ele está aumentando
juros, reduzindo o crédito e aumentando impostos. Com isso, não vai haver fim
do ajuste fiscal. Ele vai derrubar a economia de tal forma que a arrecadação
vai continuar caindo e você sempre vai precisar de outro ajuste... Se o
ministro da Fazenda não tiver a competência para encontrar caminhos para
resolver a questão econômica brasileira a não ser o caminho do aumento de
impostos, é melhor ele arrumar a mala dele e ir fazer outra coisa. Ele vai
prejudicar muito o Brasil." Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) - CONFIRA
l “A Febraban [Federação
Brasileira de Bancos] entende que as medidas refletem o compromisso do
governo em promover o equilíbrio fiscal, condição indispensável para abrir
caminho a retomada do desejado crescimento da economia do país. CONFIRA
É
sério: “Há uma epidemia
concentrada de tuberculose no Brasil” - A tuberculose é uma doença
extremamente desconhecida ou ignorada no Brasil. Cerca de 50% da população não
sabe que ela ainda existe e acredita se tratar de uma enfermidade que matou
escritores, poetas e românticos no início do século XX. Outra pesquisa também
mostra que 50% dos profissionais da saúde não sabem diagnosticá-la ou tratá-la...
"Nossa maior
dificuldade é que temos uma epidemia concentrada em determinadas populações
extremamente vulneráveis, tanto do ponto de vista social como biológico...
Temos os piores indicadores de tuberculose, além de hepatites, DST, entre
outros. Há condições insalubres de habitação, uma densidade demográfica
escandalosa e uma transmissão maior porque não há mecanismos de prevenção",
explica o médico sanitarista formado pela Universidade Federal Fluminense. A
tuberculose é principalmente um problema social: está relacionada com a extrema
pobreza e se dissemina com mais facilidade em grandes aglomerações de pessoas,
nas quais a luz é escassa e o ar mal circula... Leia
na íntegra
No mais:
“A Rocinha não precisa de teleférico, mas
sim de saneamento básico... Há 20 anos moro na Rocinha. Há 20 anos não sinto o
cheiro da minha comida. Há 20 anos me deito todos os dias para dormir com esse
cheiro de esgoto ao lado”. Assim resumiu uma moradora da favela da Rocinha
a falta de saneamento básico, que dissemina doenças e pode inclusive
comprometer o desenvolvimento de uma criança em sua fase de crescimento.
Grandes valas que concentram e misturam esgoto, lixo e ratos são os principais
vizinhos dos mais de 100.000 habitantes dessa comunidade... Em uma das ruas
principais na parte de baixo da Rocinha, um grande canal a céu aberto,
conhecido como valão, recebe todo esse esgoto e o despeja na praia de São
Conrado, localizada a poucos metros da comunidade. Leia
na íntegra
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes,
disse nesta segunda-feira (14) que não há espaço para o governo falar em
aumento de impostos enquanto a sociedade está indignada com a corrupção.
Destacou ainda que o "contexto de crise" impede uma reforma política.
"Como falar em aumento de impostos neste contexto geral? Como pedir
sacrifícios às pessoas quando elas estão indignadas com a corrupção?",
perguntou o ministro no seminário "Saídas para a crise", em um painel
sobre política e rumos das mudanças, realizado na capital de São Paulo. CONFIRA