*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Seria sério se não fosse absurdo

Somos como uma manada de búfalos trancafiada num cercado de ripa de madeira. Se nos movimentarmos, essa situação muda.” Gil Castello Branco, fundador da ONG Contas Abertas, em entrevista ao Correio Braziliense, sobre como a sociedade pode interferir na crise moral que assola o país 

Bandalheira oculta – Graças à reforma política aprovada na Câmara dos Deputados, as próximas eleições serão as primeiras em que 100% do financiamento empresarial de campanhas será feito por meio de doações ocultas – aquelas em que é impossível detectar o vínculo entre empresas financiadoras e políticos financiados...
l Em 2014, porém, o TSE editou uma resolução que obrigou os candidatos a registrar em sua contabilidade o “doador original” do dinheiro que transitou pelo partido – ou seja, mesmo nos casos em que o partido atuou como intermediário, foi possível detectar quais empresas doaram recursos para cada campanha...
l A partir de 2016, as empresas estarão proibidas de doar diretamente aos candidatos, mesmo que quiserem – os recursos obrigatoriamente terão de ir para os partidos, que depois os distribuirão entre as campanhas. E o TSE não poderá mais determinar a identificação dos doadores originários, porque isso estará vetado pela legislação. A reforma política estabelece que “os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores”. CONFIRA è Ponfo final e não se fala mais nisso, certo?
Bandalheira às claras - Indeferido em todas as instâncias técnicas pelas quais passou desde 2004, o processo de regularização de edificação de um imóvel do deputado estadual Enio Tatto (PT), na zona sul de São Paulo, foi aprovado na quinta-feira em despacho do prefeito Fernando Haddad (PT). Trata-se de um sobrado comercial que tinha um terço de sua área construída irregularmente. Leia na íntegra

Não é sério – Após um final de semana de muitas reuniões entre a presidente Dilma Rousseff e vários de seus ministros, o governo federal anunciou nesta segunda-feira (14) um bloqueio adicional de gastos no orçamento de 2016 no valor de R$ 26 bilhões. Além disso, o governo também anunciou uma nova rodada de alta de tributos, com a proposta de retorno da CPMF. A CPMF, segundo os cálculos divulgados pelo governo, vai ser responsável por metade do ajuste nas contas públicas anunciado nesta segunda-feira para o ano de 2016, que é de R$ 64,9 bilhões. "O objetivo é que a CPMF não dure mais do que quatro anos", disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. CONFIRA
l "Em vez de reduzir impostos para estimular a recuperação da economia, ele (Levy) está fazendo o oposto. Ele está aumentando juros, reduzindo o crédito e aumentando impostos. Com isso, não vai haver fim do ajuste fiscal. Ele vai derrubar a economia de tal forma que a arrecadação vai continuar caindo e você sempre vai precisar de outro ajuste... Se o ministro da Fazenda não tiver a competência para encontrar caminhos para resolver a questão econômica brasileira a não ser o caminho do aumento de impostos, é melhor ele arrumar a mala dele e ir fazer outra coisa. Ele vai prejudicar muito o Brasil." Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) - CONFIRA
l “A Febraban [Federação Brasileira de Bancos] entende que as medidas refletem o  compromisso do governo em promover o equilíbrio fiscal, condição indispensável para abrir caminho a retomada do desejado crescimento da economia do país. CONFIRA
É sério: Há uma epidemia concentrada de tuberculose no Brasil” - A tuberculose é uma doença extremamente desconhecida ou ignorada no Brasil. Cerca de 50% da população não sabe que ela ainda existe e acredita se tratar de uma enfermidade que matou escritores, poetas e românticos no início do século XX. Outra pesquisa também mostra que 50% dos profissionais da saúde não sabem diagnosticá-la ou tratá-la... 

A tuberculose na Rocinha - Em certos pontos da comunidade, de grande adensamento populacional e baixa incidência de luz solar, lâmpadas ficam acesas 24h. A falta de luz solar e muita umidade são dois dos principais fatores de propagação da doença.
"Nossa maior dificuldade é que temos uma epidemia concentrada em determinadas populações extremamente vulneráveis, tanto do ponto de vista social como biológico... Temos os piores indicadores de tuberculose, além de hepatites, DST, entre outros. Há condições insalubres de habitação, uma densidade demográfica escandalosa e uma transmissão maior porque não há mecanismos de prevenção", explica o médico sanitarista formado pela Universidade Federal Fluminense. A tuberculose é principalmente um problema social: está relacionada com a extrema pobreza e se dissemina com mais facilidade em grandes aglomerações de pessoas, nas quais a luz é escassa e o ar mal circula... Leia na íntegra
No mais: “A Rocinha não precisa de teleférico, mas sim de saneamento básico... Há 20 anos moro na Rocinha. Há 20 anos não sinto o cheiro da minha comida. Há 20 anos me deito todos os dias para dormir com esse cheiro de esgoto ao lado”. Assim resumiu uma moradora da favela da Rocinha a falta de saneamento básico, que dissemina doenças e pode inclusive comprometer o desenvolvimento de uma criança em sua fase de crescimento. Grandes valas que concentram e misturam esgoto, lixo e ratos são os principais vizinhos dos mais de 100.000 habitantes dessa comunidade... Em uma das ruas principais na parte de baixo da Rocinha, um grande canal a céu aberto, conhecido como valão, recebe todo esse esgoto e o despeja na praia de São Conrado, localizada a poucos metros da comunidade. Leia na íntegra

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, disse nesta segunda-feira (14) que não há espaço para o governo falar em aumento de impostos enquanto a sociedade está indignada com a corrupção. Destacou ainda que o "contexto de crise" impede uma reforma política. "Como falar em aumento de impostos neste contexto geral? Como pedir sacrifícios às pessoas quando elas estão indignadas com a corrupção?", perguntou o ministro no seminário "Saídas para a crise", em um painel sobre política e rumos das mudanças, realizado na capital de São Paulo. CONFIRA