*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Delírio tropical

Estamos vivendo um momento excepcional, em que o cidadão é preso e tem a promessa de ser solto se ele delatar alguém. Aí, ele passa a delatar até a mãe, para poder sair da cadeia. O dado concreto é que nós estamos vivendo quase um estado de exceção.Lula em discurso na sexta-feira à noite, em Salvador

Mulçumano da peste - Ex-presidente demonstrou irritação ao ser questionado por jornalistas sobre as denúncias envolvendo o empresário e amigo José Carlos Bumlai;  "Hoje é sábado, eu sou muçulmano e sábado eu não falo de política", disse Lula, confundindo-se com os judeus, que guardam o período do shabat, que vai do por do sol da sexta-feira até o início da noite de sábado; ex-presidente também afirmou estar "irritado" com a citação de seus familiares na Operação Lava Jato e que  agora tem que defender eles também, além do próprio PT. CONFIRA - è E esta notícia foi publicada no site “brasil247” que “funciona como um aparato do PT contra adversários...”. Mas o melhor desta notícia foi o comentário de Gabriel Henrique, um dos leitores do site: “Lulla se você fosse mulçumano, teria perdido a mão inteira e não apenas um dedo”.
No mais: Neste domingo (25), o macarrão tem pela primeira vez o seu dia oficial, o Dia Nacional do Macarrão. A data foi instituída em dezembro de 2014 pelo Governo Federal – Confere lá è A gente até entende, pois a pizza tava dando de lavada, né não?

Pegou fogo a reunião de ontem do conselho de administração da Petrobras. O encontro entra, com certeza, para a história da estatal pelo nível do confronto entre conselheiros e o presidente da empresa, Aldemir Bendine. Várias propostas de Bendine foram rejeitadas. Uma delas, cara a ele: a reforma estatutária que faria com que 40 gerentes executivos passassem a ter status de diretores. Também foi rejeitada a proposta da diretoria de patrocínios diversos, entre eles o da Fórmula 1, no valor de 75 milhões de reais.

MNo meio disso tudo, Bendine deixou a sala de reunião, bateu a porta  e foi embora. Antes de sair, disse que aquilo tudo era uma "hipocrisia, uma palhaçada", de acordo com o relato de dois conselheiros. Lauro Jardim/O Globo

Enterro VIP - O conceito do "VIP" chegou aos enterros. Duas limousines funerárias equipadas com bancos de couro, teto solar, luz neon, bandeja automática para o caixão e laterais internas acolchoadas passaram a fazer parte da frota da concessionária que administra seis cemitérios da cidade, como o São João Batista.

A família de Yoná Magalhães, morta na terça passada, foi a primeira a usar o serviço. Aos poucos, os carros "VIP" vão substituindo os antigos rabecões, onde só cabia o motorista e o caixão — e nada mais. A ideia da Rio Pax é que o parente vá para o enterro "junto ao ente querido". è Cá pra nós, para muitas famílias é a chance de matar dois coelhos num enterro só, pois com um pouco de sorte podem enterrar o morto e também o “parente”, principalmente se o morto deixou um rico testamento. Cleo Guimarães/O Globo

De saco cheio - Dilma nem bem fez uma reforma ministerial e já se prepara para novas mexidas. O que se diz é que José Eduardo Cardozo (Justiça), Valdir Simão (CGU) e Luís Inácio Adams (AGU) procuram vida fora do governo. Ancelmo Gois/O Globo
Aliás: “A antipatia de Lula por José Eduardo Cardozo é antiga e antecede os governos do PT e muito antes das tentativas recentes de Lula tirar Cardozo do cargo. Começou em 1997, quando Cardozo integrou a comissão interna do PT que investigou o caso da Consultoria para Empresas e Municípios (Cepem), com sede em São Bernardo do Campo, o primeiro escândalo de corrupção do PT.

A Cepem teria sido contratada sem concorrência por prefeitos petistas, com o objetivo de se desviar verbas públicas para os cofres do partido. Em seu relatório, feito em conjunto com o Hélio Bicudo e Paul Singer, Cardozo recomendou que o advogado Roberto Teixeira, dono da Cepem e padrinho de um dos filhos de Lula, fosse submetido a uma comissão de ética. Lula nunca perdoou. A propósito, Roberto Teixeira tem participado de reuniões para combinar como tirar Cardozo do Ministério da Justiça.” CONFIRAè Tão chegando lá.

Quem já leu Raimundo Faoro, Roberto DaMatta e a carta de Pero Vaz de Caminha sabe que a política no Brasil – talvez em qualquer parte do mundo – é feita de troca de favores. Abaixo da linha do Equador o quadro é muito evidente! E por demais assustador. A troca é explícita: eu lhe dou e você me deve, e assim a banda toca. Fica o dito pelo não dito e pronto. 
Eu lhe dou em troca do voto a licença para ter uma autonomia de táxi, por exemplo. Ou se votar na minha emenda sobre determinada lei eu voto na sua. Assim vai indo desde que Pero Vaz de Caminha, ao escrever para o rei de Portugal anunciando a descoberta da nova terra, termina sua carta com um pedido antes do beija-mão: “E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro – o que d'Ela receberei em muita mercê.”... Por Yvonne Maggie/O Globo - CONFIRA


Pra começar bem a semana

Claudio Paiva/O Globo
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Delírio tropical - Dilma lembrou-me, esta semana, de uma piada que li na velha revista "Esquire" Alguém dizia para Nikita Kruschev na ONU: seu alfaiate deveria ser mandado para a Sibéria. No caso de Dilma não é quem faz a roupa, mas a agenda, que deveria passar um tempo na Sibéria. No auge da crise econômica, condenada por um rombo no orçamento que pode ser de R$ 50 bilhões, desemprego em alta, lojas fechando, carros oficiais sem gasolina, ela decide ir à Suécia reafirmar uma compra milionária de caças. Por Fernando Gabeira/O Globo - Leia na íntegra