A proto-síntese
das Humanas Criaturas
ADÃO E EVA de Michelangelo
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Lutou
pregou e corrompeu para alcançar o poder... [1] Tornou-se conhecido como
requintado epicurista*, entregue a
seus prazeres, suas dívidas e intrigas. Sua base política eram os
desmoralizados “populares”, que também apoiavam [2] e [3]. Pouco depois entrava
ele num verdadeiro emaranhado de intrigas políticas, com o objetivo de fazer
avançar seus planos...
Estava sempre à frente de qualquer desusada que lhe
trouxesse bastante publicidade e o colocasse em evidência, especialmente entre
as classes populares, que cortejava abertamente. As festas e espetáculos
públicos que ofereceu, à custa de pesados empréstimos, contribuíram certamente,
para obter suficiente popularidade [para disputar] o cargo [com] dois outros
candidatos altamente qualificados, como [4] e
[5]. Gastou rios de dinheiro para corromper aqueles de cujos votos dependia. Se
não fosse eleito, estaria quebrado.
Quanto à corrupção, entretanto, não se é de admirar que [1] a
tenha utilizado como instrumento para sua ascensão... havia até escritórios
organizados para comprar votos a varejo e os vender em grosso a quem mais
pudesse pagar. O dinheiro era o que menos importava, arranjava-se emprestado, a
juros altos. Não faltavam agiotas que quisessem fazer um bom investimento num
político promissor. Este, obtido o posto, recuperava-se...
Junte-se a tudo isso o respeitável poder de [1] como orador.
Não tivesse ele [6] pela frente, seria o maior de seu tempo... No entanto, em
política, fazia qualquer negócio para continuar na crista dos acontecimentos. Quando
[2] regressou a [7], coberto de glória, concertou com [1] um cambalacho político:
apoiar [1] na sua candidatura em troca do apoio que [1], lhe daria se eleito,
às medidas propostas por [2]...
[Neste época], "a
corrupção eleitoral tinha chegado a um grau de perfeição admirável... Os tais
escritórios eleitorais funcionavam da seguinte forma: organizava-se uma
companhia ou sociedade que empregava agentes e se estabelecia em recintos
abertos ao público...
Por mais surpreendente que possa nos parecer, o texto acima
narra episódios políticos vivenciados na cidade de Roma nos anos 60 a.C – não
tem erro não é isso mesmo que você leu: 60 a.C.
Pra relacionar os personagens envolvidos no texto
acima, basta substituir o número entre colchetes pelo nome na relação abaixo,
mas se quiser fazer um upgrade destes nomes para os dias atuais é fácil:
substitua os nomes da relação por Lula, Dilma, Zé Dirceu, Eduardo Cunha, Zé
Sarney e vai... a seu critério e até aonde sua imaginação permitir. Ah! Para substituir
Roma por uma cidade do século XXI, que possa servir de cenário para estes acontecimentos,
sugerimos, por exemplo, Brasília... mas é só uma sugestão.
[1] Julio Cezar
[2] Pompeu
[3] Crassus
[4] Lutatius Catulus
[5] Servilius Isauricus
[6] Cicero
[7] Roma
*epicurista - pessoa dada aos deleites da mesa e do
amor
Enviado por Antonio de Pádua – Extraio do livro de Hermínio
C. Miranda, “Os Senhores do Mundo”; capítulo “Julio Cezar” (págs. 149 a 153)