“É impensável supor que alguém tenha a capacidade de
paralisar as investigações. Ou que qualquer pessoa pode ter acesso ao Supremo
para parar as investigações. O ministro que chega ao Supremo só responde a sua
biografia e a mais ninguém” Luís Roberto Barroso, ministro do STF, referindo-se à
divulgação de grampos, em que Romero Jucá, fala sobre um “pacto” para deter a
Operação Lava-Jato.
Na pressão1
- O deputado Eduardo Cunha, suspenso do mandato por decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal), voltou a ser sondado sobre a possibilidade de renunciar à
presidência da Câmara dos Deputados. Em troca, não seria cassado pelo Conselho
de Ética, e sim suspenso (desta vez por decisão do parlamento) por até três
meses. Cunha rechaça a proposta.
O grupo que defende a ideia deve voltar a insistir. Diz que,
sem a renúncia de Cunha, a confusão na Câmara tende a aumentar, dificultando a
vida do governo, que dificilmente conseguiria aprovar medidas impopulares que
planeja enviar à Casa sem um presidente forte para tocá-las adiante. Waldir
Maranhão (PP-MA), que assumiu o cargo depois que Cunha foi afastado pelo STF,
nem sequer consegue presidir sessões corriqueiras. Mônica Bergamo/Folha, terça 24
Mas, enquanto o
“japa” não vem: Dinheiro meu, seu, nosso - Os gastos autorizados pela Mesa
Diretora com o deputado afastado Eduardo Cunha somam R$ 536.485,63 por mês! O
levantamento foi feito por técnicos a pedido do PSOL. Ancelmo Gois/O Globo na segunda 23
Na pressão2 - O presidente em exercício Michel
Temer sabia que não seria fácil, mas não sabia que seria tão difícil. Cada dia,
sua agonia – ou, cada dia, o seu amigo ou ministro problemático. Se Eduardo
Cunha é um peso enorme, Romero Jucá não fica atrás. Os dois, juntos, já puxam
Temer e seu projeto para um limbo de interrogações. Mas eles não são os únicos.
Na fita revelada ontem pelo repórter Rubens Valente, Jucá
discute com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um “pacto” para
garantir o impeachment de Dilma Rousseff, a posse de Michel Temer e a
interrupção pelo meio da Operação Lava Jato. No caso da Lava Jato, era
inexequível, pouco mais que um devaneio, mas virou um imenso constrangimento
para o governo interino e um explosivo combustível para o discurso da nova
oposição e os movimentos que acossam Temer. Por Eliane Cantanhêde/Estadão
– Leia
na íntegra
Comentário de
rodapé: Pode ser só uma impressão, mas a conversa entre o ministro
Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, descrita em
gravação publicada hoje [segunda, 23], na Folha, é o primeiro, significativo e,
a depender da reação, definitivo estrago do governo interino de Michel
Temer. Ali não tem escapatória: os dois dão ao impeachment o caráter de
salvação para os políticos envolvidos na Operação Lava Jato. Não há outra
interpretação possível. Não falam de economia, de crise nem nada. A referida
“sangria” a ser estancada, a que se referem, é a Lava Jato. Refazendo a
primeira frase: não é mera impressão, é constatação. Dora Kramer/Estadão – CONFERE
LÁ
Opinião de
rodapé: O receio é o caldeirão, em que vai sendo cozido, em fogo
altíssimo, toda essa mixórdia, não resista a tanta pressão e exploda... e aí, sabe-se
lá as consequências.
Parlamentar latente
- Sophie Tanner, de 37 anos, está comemorando um ano de casada. Com ela mesma. Sim,
a moradora de Brighton (Inglaterra), decidiu se casar com ela própria depois de
procurar em vão, durante 20 anos, o parceiro ideal. O casamento foi tradicional
e com forte apoio dos familiares. O pai de Sophie a levou a um altar
improvisado e um amigo vestido de religioso celebrou o matrimônio. Vestida de
branco, a inglesa jogou o buquê e seguiu todo o protocolo. Só faltou o noivo.
"Casar-me comigo mesma foi algo que nunca havia
planejado, mas estava feliz e quis me comprometer comigo mesma", disse
Sophie, de acordo com reportagem do "Daily Star", porém... Em um ano de
"casada", Sophie saiu com alguns homens. Entretanto ela nega que
tenha cometido "traição". "Não estou cometendo qualquer
crime", disse. Ninguém lhe agradou e ela continua comprometida com ela
mesma. CONFERE
LÁ - èCom
tanta engenhosidade se Sophie vivesse no Brasil e se candidatasse a uma vaga - seja
lá em que “casa” fosse - no Congresso Nacional ganhava fácil, né não? Quem sabe
até viesse a comandar um Ministério. E “Há Vagas”... isso se o ‘‘caldeirão’’
não explodir.
Em palestra no Fórum
o organizado pela revista "Veja" nesta segunda-feira, o ministro
afirmou que o sistema político brasileiro é um fomento à corrupção no Brasil,
que a sociedade atual não aceita mais a corrupção e que é necessário a
continuidade das investigações. O magistrado defendeu o fim do foro privilegiado
da maneira como existe hoje no Brasil.
“O foro frequentemente
leva à impunidade, porque ele é manipulado e permite a manipulação da ação...
Nós temos um sistema político caríssimo e um mecanismo de financiamento
eleitoral que é um fomento à corrupção” — afirmou o ministro. Leia
na íntegra