“Uma sociedade culta no sentido tradicional da palavra é
mais difícil de enganar por governos mafiosos e autoritários. Se tudo se torna
frívolo, puro entretenimento, perde-se esse efeito crítico e transformador da
cultura” Vargas Llosa em entrevista a revista ÉPOCA
Assim fica difícil -
A nova edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, publicada na última
quarta-feira, 18, é um desafio para aqueles que gostam de ver o copo meio
cheio. Sim, o número de leitores no Brasil aumentou desde 2011. Eles passaram
de 50% a 56%. Mas, quando se considera que 44% dos habitantes da oitava
economia do mundo não leem regularmente, em pleno século 21, e que 30% nunca
adquiriram um livro, é difícil encontrar causa para celebração. Leia
na íntegra – èNão
é bolinho não – Fazendo uma conta rápida sem muitas elucubrações, pois isso não
é uma tese acadêmica, levando em consideração(*) uma população de 200 milhões
de brasileiros, na faixa etária que vai de 12 a 60 anos - aproximadamente 140milhões
de potenciais leitores, já descontando os analfabetos - 30% representam 42 milhões de
brasileiros. Vixe! (*) Fonte dos números: censo IBGE e outras.
E assim, mais difícil
ainda - Anitta é imbatível no Rio e sucesso em várias grandes
capitais. De acordo uma pesquisa inédita da Crowley, consultoria especializada
em música, Anitta deu voz às duas músicas mais tocadas nas rádios cariocas
entre janeiro e abril, "Essa mina é louca" e "Bang". Em
Salvador, é a segunda mais executada; em Porto Alegre a sétima; e, em São Paulo
e Brasília, é a oitava mais ouvida... As vinte músicas mais tocadas nas rádios
são “sertanejas”, a praga do momento - Lauro Jardim/O Globo domingo 22.
Nota de rodapé:
As aspas do “sertanejas” são minhas, pois com todo respeito ao Lauro, existe
uma grande diferença entre música sertaneja e a "música" das duplas sertanejas,
estas sim, “a praga do momento”.
Mas... “Não tá fácil
para ninguém” - Uma casa de saliência na Rua Ouvidor, no Centro do Rio,
passou a aceitar o parcelamento do programa em três vezes sem juros. O cliente
ainda tem direito a um cartão de fidelidade - Ancelmo Gois/O Globo domingo 22.
Estamos perdidos
- A criminalidade que mata, fere e aleija é um assunto lateral da política,
reservado ao discurso dos demagogos. E, no entanto, a criminalidade é
onipresente no cotidiano de todas as classes sociais, em especial as mais
pobres, que não têm o refrigério de, às vezes, experimentar a libertação de
andar numa rua de nação desenvolvida.
O Brasil é o país com o maior número absoluto de homicídios
por ano. Em 2014, foram 59.627. Ou 29 em cada 100.000 habitantes. Para
mostrar como estamos longe da civilização, na Itália, a proporção é de 0,9 por
100.000 habitantes. Sim, a Itália das grandes máfias. Mais um susto
estatístico: somos responsáveis por 10% de todos os assassinatos cometidos no
planeta, embora sejamos apenas 3% da população mundial. O Brasil é de uma
ferocidade bem calculada.
Em 2006, coordenei uma edição da Veja dedicada à
criminalidade brasileira. Os repórteres levantaram as suas causas. Falta de
policiamento ostensivo, investigação precária, leniência penal e sistema
prisional em ruínas estão na base do nosso medo de levar um tiro. A porosidade
das fronteiras também. Publicamos um mapa detalhado, para mostrar por onde
entram drogas, armas e contrabando de bens. A edição foi muito elogiada por
políticos, mas desde então a situação só fez piorar.
Recentemente, ouvi de um ministro que o Exército não queria
ajudar no combate a traficantes e contrabandistas, porque os comandantes tinham
medo de que oficiais e soldados passassem para o lado dos bandidos. Estamos
perdidos - Por Mario
Sabino/OAntagon!ista na sexta 20.
A foto que não
quer calar
Postado no Twitter por Paulo36
@Paulox36
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