*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Somos todos bacalhau

Era esperado. Era esperado que um dos membros do “ministério pragmático” de Michel Temer, desse com os burros n’água, fosse pego com a boca na botija, não tivesse destreza para dar nó em pingo d’água. Afinal, para quem é bacalhau, basta. Não é assim que pensam nossos governantes? Não somos todos bacalhau em casa de ferreiro, espeto de pau?” Monica De Bolle/Estadão

Engole o choro! - Os protestos em frente de sua casa, na capital paulista, deixaram o presidente interino indignado. Na segunda-feira, quando um grupo de 40 manifestantes se concentraram em frente a sua residência aos gritos de "golpista", sua mulher, Marcela, telefonou a ele, em Brasília, preocupada que houvesse invasão. Marcela estava chorando ao telefone, segundo relato de um auxiliar presidencial. O filho caçula, Michel, acordou com o barulho e a mãe de Marcela foi para a janela pedir que parassem. Durante discurso nesta terça-feira, Michel Temer afirmou que foi secretário de Segurança de São Paulo e "tratava com bandidos". Ele se referia especificamente aos protestos em frente da sua casa. CONFERE LÁ èEngole o choro! Tá na chuva é pra se molhar. Da próxima vez, viu que vai chover, não saia de casa ou então leve um guarda-chuva. 

Tolinho - O presidente interino, Michel Temer, ficou muito decepcionado com o ex-ministro Romero Jucá. Um assessor conta que ele teria comentado que “todos dizem que não tem problema”. Jucá repetia que era investigado, mas estava tudo sob controle. Para Temer, o fato foi contundente, e, diante da realidade, era sua obrigação pensar no governo acima de qualquer outro tipo de consideração. O afastamento de Romero Jucá não foi pacífico. Jucá recusou-se a deixar o Ministério, mas Temer não titubeou. Para Jucá a entrevista tinha bastado. Mas Temer estava convencido de que viria muita pancadaria e que era preciso colocar um ponto final num fato que ofuscava as iniciativas para criar uma agenda positiva.
Para o time de Temer, era preciso reagir. O episódio poderia contaminar o governo, e, por isso, era fundamental limpar o terreno. Ilimar Franco/O Globo, terça, 24 èO Q&M quer saber: Nesta fast-defenestração, quem você acredita quem leva o troféu “Tolinho”:
1.Michel Temer.
2.O “Um assessor”.
3.“O time do Temer”.
4.O coelhinho da páscoa.
5.Marcela Temer e Michelzinho.     
6.O “bacalhau da casa do ferreiro”.

Um bacalhau na sala - O STF, que legisla sobre tudo e qualquer coisa, precisa resolver de uma vez por todas o problema que criou para a Câmara dos Deputados com a suspensão do mandato de Eduardo Cunha. Como Cunha teima em não renunciar à presidência da Câmara, embora impedido de exercê-la, os deputados não podem eleger um novo presidente. Assim será até fevereiro próximo quando termina o mandato de Cunha como presidente. Ricardo Noblat/O Globo, quarta 25.

Um twitter que não quer calar

O ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, usou sua conta oficial no Twitter para repercutir o escândalo que levou à saída de Romero Jucá do Ministério do Planejamento. “Bem, eu avisei”, disse o ex-ministro. CONFERE LÁ

Se há uma coisa que Michel Temer não pode dizer é que a cigana o enganou. Estava escrito nas estrelas e em toda parte que não seria aconselhável nem aceitável subestimar o peso da Lava Jato na escolha de nomes para compor o Ministério. Numa imprudência que não lhe é peculiar, o presidente foi logo de início avisando que a condição de investigado não impediria ninguém de compor sua equipe. Contratava, naquela declaração, um risco. O mais óbvio em vista das circunstâncias: provocar justificadas contrariedades. Afinal, uma das razões que levaram a maioria da população a querer ver o PT afastado do poder, foi o repúdio não só às más condutas comprovadas, mas também àquelas questionadas sob os aspectos da legalidade e da ética. Dora Kramer/EstadãoLeia na íntegra