“Era esperado. Era esperado que um dos membros do
“ministério pragmático” de Michel Temer, desse com os burros n’água, fosse pego
com a boca na botija, não tivesse destreza para dar nó em pingo d’água. Afinal,
para quem é bacalhau, basta. Não é assim que pensam nossos governantes? Não
somos todos bacalhau em casa de ferreiro, espeto de pau?” Monica De
Bolle/Estadão
Engole o choro! -
Os protestos em frente de sua casa, na capital paulista, deixaram o presidente
interino indignado. Na segunda-feira, quando um grupo de 40 manifestantes
se concentraram em frente a sua residência aos gritos de "golpista",
sua mulher, Marcela, telefonou a ele, em Brasília, preocupada que houvesse
invasão. Marcela estava chorando ao telefone, segundo relato de um auxiliar
presidencial. O filho caçula, Michel, acordou com o barulho e a mãe de Marcela
foi para a janela pedir que parassem. Durante discurso nesta terça-feira, Michel
Temer afirmou que foi secretário de Segurança de São Paulo e "tratava com
bandidos". Ele se referia especificamente aos protestos em frente da sua
casa. CONFERE
LÁ èEngole
o choro! Tá na chuva é pra se molhar. Da próxima vez, viu que vai chover, não
saia de casa ou então leve um guarda-chuva.
Tolinho - O
presidente interino, Michel Temer,
ficou muito decepcionado com o ex-ministro Romero Jucá. Um assessor conta
que ele teria comentado que “todos dizem que não tem problema”. Jucá repetia
que era investigado, mas estava tudo sob controle. Para Temer, o fato foi
contundente, e, diante da realidade, era sua obrigação pensar no governo acima
de qualquer outro tipo de consideração. O afastamento de Romero Jucá não foi
pacífico. Jucá recusou-se a deixar o Ministério, mas Temer não titubeou. Para
Jucá a entrevista tinha bastado. Mas Temer estava convencido de que viria muita
pancadaria e que era preciso colocar um ponto final num fato que ofuscava as
iniciativas para criar uma agenda positiva.
Para o time de Temer,
era preciso reagir. O episódio poderia contaminar o governo, e, por isso, era
fundamental limpar o terreno. Ilimar Franco/O Globo, terça, 24 èO Q&M quer saber: Nesta
fast-defenestração, quem você acredita quem leva o troféu “Tolinho”:
1.Michel Temer.
2.O “Um
assessor”.
3.“O time do
Temer”.
4.O coelhinho da
páscoa.
5.Marcela Temer e Michelzinho.
6.O “bacalhau da
casa do ferreiro”.
Um bacalhau na sala
- O STF, que legisla sobre tudo e qualquer coisa, precisa resolver de uma vez
por todas o problema que criou para a Câmara dos Deputados com a suspensão do
mandato de Eduardo Cunha. Como Cunha teima em não renunciar à presidência da
Câmara, embora impedido de exercê-la, os deputados não podem eleger um novo
presidente. Assim será até fevereiro próximo quando termina o mandato de Cunha
como presidente. Ricardo Noblat/O Globo, quarta 25.
Um twitter que
não quer calar
O ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, usou sua conta
oficial no Twitter para repercutir o escândalo que levou à saída de Romero Jucá
do Ministério do Planejamento. “Bem, eu avisei”, disse o ex-ministro. CONFERE
LÁ
Se há uma coisa que Michel Temer não pode dizer é que a
cigana o enganou. Estava escrito nas estrelas e em toda parte que não seria
aconselhável nem aceitável subestimar o peso da Lava Jato na escolha de nomes
para compor o Ministério. Numa imprudência que não lhe é peculiar, o presidente
foi logo de início avisando que a condição de investigado não impediria ninguém
de compor sua equipe. Contratava, naquela declaração, um risco. O mais óbvio em
vista das circunstâncias: provocar justificadas contrariedades. Afinal, uma das
razões que levaram a maioria da população a querer ver o PT afastado do poder,
foi o repúdio não só às más condutas comprovadas, mas também àquelas
questionadas sob os aspectos da legalidade e da ética. Dora Kramer/Estadão – Leia
na íntegra