“Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.”
Trecho da poesia “Não sei quantas almas tenho” de
Fernando Pessoa
Praga urbana – A
maior parte das doenças infecciosas que afligem os humanos surgiu primeiro em
animais. Entre os bichos, nossas fontes de preocupação mais frequentes são os mamíferos:
deles partiram doenças como a aids, a raiva, o ebola... A ciência chama essas
doenças de zoonoses, e infectologistas do mundo inteiro tentam descobrir formas
de prever os próximos surtos dessas patologias. [...]
A pesquisa também mostrou a quais espécies devemos estar
atentos. As espécies de roedores [em destaque os ratos], são aquelas que
carregam maior número de doenças perigosas para os humanos: 85. Elas tendem a
se concentrar em regiões densamente povoadas e urbanizadas, que reúnem bom
número desses animais. Os morcegos estão entre os bichos menos perigosos –
carregam patógenos responsáveis por 25 diferentes doenças. Os primatas carregam
61; animais carnívoros, 83; e os ungulados, como cavalos e camelos, 59 doenças.
Leia
na íntegra – A surpresa nesta pesquisa fica por conta dos morcegos que parodiando
o “bonitinha, mas ordinária”, de Nelson Rodrigues, eles fazem o tipo “feinhos mas
gente boa”. Já à má atuação dos roedores não causa espanto, principalmente aqueles
que se locomovem em duas pernas.
E já que o assunto é
pragas, ratos e assemelhados... Dentre as doze sedes da Copa do Mundo de
2014, o estádio que possui a menor taxa de ocupação, com 13%, é a Arena
Pantanal, em Cuiabá, Mato Grosso. O motivo? A construção do estádio ainda
não acabou. Com problemas nas partes elétricas, hidráulicas, na
limpeza e até no gramado, a CBF vetou partidas em Cuiabá.
Construída com “concepção multiuso” para abrigar shows, a
Arena custou R$ 700 milhões aos pagadores de impostos de todo o país, além do
custo mensal de R$ 650 mil. Mais uma vez, o seu dinheiro foi utilizado pelo
estado de forma cara e ineficiente. Do site ilisp, nesta quinta (16) – CONFERE
LÁ - Enviado por
Foca Veiga nosso homem no twitter èA
gente colocou a grana e “eles” usaram-na mesmo que não saibamos “pra que” e
“aonde”, mas, pelo menos, a “concepção multiuso” foi mantida, né não?
A delação de Cunha
- Enquanto a maioria dos políticos se volta para destrinchar a íntegra da
delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a cúpula do PMDB
acompanha de perto todos os movimentos do presidente afastado da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na madrugada de ontem, depois de aprovado o parecer
pela cassação de seu mandato, ele ficou até as duas da matina disparando
recados aos companheiros de partido: “Desçam para me ajudar, porque senão…”
O problema é que a ajuda desejada por Cunha, a permanência
no Congresso e uma “aliviada” por parte da Lava-Jato, independe dos atores que
ele pretende arrastar para o cadafalso. O problema dele é que a Lava-Jato
fisgou-lhe a mulher a e a filha. E, para evitar que elas terminem na cadeia,
não lhe restará alternativa fora da delação premiada. Foi o envolvimento da
família que levou Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras) e o próprio
Machado a partirem para a delação. Com Cunha, o tempo dirá.
Mas os canalhas
também amam – “A única vez que os políticos viram Eduardo Cunha com os
olhos marejados e como queixo tremendo de ódio foi quando ele mencionou o
envolvimento da mulher e da filha na Lava-Jato. Para defendê-las, ele será
capaz de tudo”. Por Denise Rothenburg/Correio Braziliense
Enviado por Cacau Quil è
No mais, é como disse o José Simão na Folha: "A Dilma caiu, o Dunga caiu,
o Cunha caiu. Agora só falta a tomada de três pinos!"
Já passou da hora
“Foro Privilegiado é
um mecanismo presente no ordenamento jurídico brasileiro que designa uma forma
especial e particular para julgar-se determinadas autoridades. Tal dispositivo
é uma clara exceção ao princípio da igualdade, consagrado na constituição
brasileira” e desde a constituição de 1946 que essa excrescência vigora é até
hoje ninguém teve peito de extirpar da esse tumor maligno fragilizada a saúde da
nossa democracia.
Editorial de rodapé: Em 03 de Fevereiro de 2015, - tá
errado não, o ano é esse mesmo: 2015 - Arnaldo Jabor publicou no Estadão a crônica
“Adeus às ilusões” que iniciava assim: “O
Brasil está sem assunto. O governo nos surripiou, entre outras coisas, o
assunto...”. De lá pra cá a falta de
assunto vem piorando cada dia mais. Na verdade assunto há e até por demais, mas
gira num turbilhão de informação sobre ele mesmo como se fosse um buraco negro
sugando toda a inventividade da mídia e levando nossa imaginação e criatividade
no turbilhão desta espiral. Até aqueles que nunca escreveram sobre política têm
hoje que dar um pitaco senão acabam sendo esquecidos pela mídia. No twitter a
coisa chega a ser enfadonha, parece um disco da Anitta, repetindo uma cantilena
a cada letra, em cada palavra de cada postagem, sem parar, sem parar, sem
parar... sem parar... sem... Mas vamu lá! É preciso “acreditar”. Não dá pra
ficar na janela esperando a banda passar “cantando coisas de amor”... e eu, preciso
“acreditar”.