*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

É preciso acreditar

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.

Trecho da poesia “Não sei quantas almas tenho” de Fernando Pessoa

  
Praga urbana – A maior parte das doenças infecciosas que afligem os humanos surgiu primeiro em animais. Entre os bichos, nossas fontes de preocupação mais frequentes são os mamíferos: deles partiram doenças como a aids, a raiva, o ebola... A ciência chama essas doenças de zoonoses, e infectologistas do mundo inteiro tentam descobrir formas de prever os próximos surtos dessas patologias. [...]
A pesquisa também mostrou a quais espécies devemos estar atentos. As espécies de roedores [em destaque os ratos], são aquelas que carregam maior número de doenças perigosas para os humanos: 85. Elas tendem a se concentrar em regiões densamente povoadas e urbanizadas, que reúnem bom número desses animais. Os morcegos estão entre os bichos menos perigosos – carregam patógenos responsáveis por 25 diferentes doenças. Os primatas carregam 61; animais carnívoros, 83; e os ungulados, como cavalos e camelos, 59 doenças. Leia na íntegra – A surpresa nesta pesquisa fica por conta dos morcegos que parodiando o “bonitinha, mas ordinária”, de Nelson Rodrigues, eles fazem o tipo “feinhos mas gente boa”. Já à má atuação dos roedores não causa espanto, principalmente aqueles que se locomovem em duas pernas.
E já que o assunto é pragas, ratos e assemelhados... Dentre as doze sedes da Copa do Mundo de 2014, o estádio que possui a menor taxa de ocupação, com 13%, é a Arena Pantanal, em Cuiabá, Mato Grosso. O motivo? A construção do estádio ainda não acabou. Com problemas nas partes elétricas, hidráulicas, na limpeza e até no gramado, a CBF vetou partidas em Cuiabá.
Construída com “concepção multiuso” para abrigar shows, a Arena custou R$ 700 milhões aos pagadores de impostos de todo o país, além do custo mensal de R$ 650 mil. Mais uma vez, o seu dinheiro foi utilizado pelo estado de forma cara e ineficiente. Do site ilisp, nesta quinta (16)CONFERE LÁ - Enviado por Foca Veiga nosso homem no twitter èA gente colocou a grana e “eles” usaram-na mesmo que não saibamos “pra que” e “aonde”, mas, pelo menos, a “concepção multiuso” foi mantida, né não? 

A delação de Cunha - Enquanto a maioria dos políticos se volta para destrinchar a íntegra da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, a cúpula do PMDB acompanha de perto todos os movimentos do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na madrugada de ontem, depois de aprovado o parecer pela cassação de seu mandato, ele ficou até as duas da matina disparando recados aos companheiros de partido: “Desçam para me ajudar, porque senão…”
O problema é que a ajuda desejada por Cunha, a permanência no Congresso e uma “aliviada” por parte da Lava-Jato, independe dos atores que ele pretende arrastar para o cadafalso. O problema dele é que a Lava-Jato fisgou-lhe a mulher a e a filha. E, para evitar que elas terminem na cadeia, não lhe restará alternativa fora da delação premiada. Foi o envolvimento da família que levou Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras) e o próprio Machado a partirem para a delação. Com Cunha, o tempo dirá.
Mas os canalhas também amam – “A única vez que os políticos viram Eduardo Cunha com os olhos marejados e como queixo tremendo de ódio foi quando ele mencionou o envolvimento da mulher e da filha na Lava-Jato. Para defendê-las, ele será capaz de tudo”. Por Denise Rothenburg/Correio Braziliense  Enviado por Cacau Quil è No mais, é como disse o José Simão na Folha: "A Dilma caiu, o Dunga caiu, o Cunha caiu. Agora só falta a tomada de três pinos!"

Já passou da hora

Foro Privilegiado é um mecanismo presente no ordenamento jurídico brasileiro que designa uma forma especial e particular para julgar-se determinadas autoridades. Tal dispositivo é uma clara exceção ao princípio da igualdade, consagrado na constituição brasileira” e desde a constituição de 1946 que essa excrescência vigora é até hoje ninguém teve peito de extirpar da esse tumor maligno fragilizada a saúde da nossa democracia. 

Editorial de rodapé: Em 03 de Fevereiro de 2015, - tá errado não, o ano é esse mesmo: 2015 - Arnaldo Jabor publicou no Estadão a crônica “Adeus às ilusões” que iniciava assim: “O Brasil está sem assunto. O governo nos surripiou, entre outras coisas, o assunto...”.  De lá pra cá a falta de assunto vem piorando cada dia mais. Na verdade assunto há e até por demais, mas gira num turbilhão de informação sobre ele mesmo como se fosse um buraco negro sugando toda a inventividade da mídia e levando nossa imaginação e criatividade no turbilhão desta espiral. Até aqueles que nunca escreveram sobre política têm hoje que dar um pitaco senão acabam sendo esquecidos pela mídia. No twitter a coisa chega a ser enfadonha, parece um disco da Anitta, repetindo uma cantilena a cada letra, em cada palavra de cada postagem, sem parar, sem parar, sem parar... sem parar... sem... Mas vamu lá! É preciso “acreditar”. Não dá pra ficar na janela esperando a banda passar “cantando coisas de amor”... e eu, preciso “acreditar”.