“O Brasil precisa de uma história que não o
celebre, mas sim que o entenda. O Brasil é muito mais triste do que aparenta”
Benjamin
Moser escritor e pesquisador norte-americano, que debateu interpretações de
estrangeiros
“Impeachmania” - Com
68 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados, a presidente afastada,
Dilma Rousseff (PT), ultrapassou com folga o número de petições contra Fernando
Henrique Cardoso (18), Itamar Franco (4) e Fernando Collor (29), juntos, quando
ocupavam a Presidência. Em cinco anos e meio de governo, a petista teve
exatamente o dobro de pedidos de impedimento que seu antecessor. Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), teve 34 em seus oito anos de mandato. [...].
Segundo o cientista político Carlos Pereira, da Fundação
Getulio Vargas, há quatro condições, presentes nos dois governos, que motivaram
os pedidos: crise econômica de grandes proporções, escândalo de corrupção com
envolvimento do Executivo e queda da popularidade do presidente, mobilizações
de massa e quebra da coalizão governista no Legislativo.
"Os números são reveladores nesse sentido, porque nunca
tivemos um escândalo bilionário dessa proporção [Lava Jato] e uma crise tão
grave com desemprego e inflação. Com Dilma, houve uma reversão de expectativa.
Havia a promessa de que as coisas estavam em ordem e não estavam", diz Pereira.
Leia
na íntegra èÉ impressionante:
o Brasil conseguiu banalizar até o Impeachment. Hoje qualquer um pode “impeachchar”
qualquer outro. Do sindico do prédio ao professor de matemática do seu filho;
do cunhado safado à filha baderneira do vizinho do 4º andar. Quando o
parlamento inglês, na segunda metade do século XIV, instituiu e colocou em prática,
pela primeira vez, o “impeachment”, nunca pensou que séculos depois esse
instrumento jurídico virasse moeda de troca nas bancas do Feirão da política brasileira.
Hoje o impeachment, assim como a batata, o tomate e o feijão, interfere no
índice da inflação do País.
-Esse mês o vilão da
inflação foi o impeachment do deputado Fulano de tal, que foi negociado no
mercado a uma taxa de 36,982% por delação premiada. Uma alta de mais de 15% em
relação ao mesmo período no ano passado quando do impeachment do deputado Sicrano
- informa Mirian Leitão, direto de Brasília, para o Jornal Nacional.
Aleluia
irmão!
Da série: “Os missionários das burras cheias”
Ricardo Lewandowski - aleluia
irmão! - agindo flagrantemente em desacordo com a lei, parece que tentou
de algum modo constranger o juiz federal Sérgio Moro. Na calada da noite
da última quarta-feira (6) um inusitado despacho do presidente do STF deu a
Sérgio Moro um prazo de 48 horas para esclarecer sua decisão de ter autorizado
e retirado o sigilo das conversas gravadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Notadamente a decisão atende a defesa de Lula que vislumbra
suspender as investigações da Operação Lava Jato... no sentido de que
todos as peripécias do ex-presidente passem a tramitar exclusivamente no
aconchegante STF.
Lewandowski - aleluia irmão! - deu
com os burros n'água! Mesmo que todas as interceptações telefônicas feitas na
investigação contra Lula, sejam derrubadas, isso não terá efeito nas denúncias
que o MPF prepara contra o ex-presidente. Isto porque os grampos em nenhum
momento foram utilizados para instruir os processos da Lava Jato.
As conversas do ex-presidente tiveram tão somente a
consequência que Moro pretendia, ou seja, o efeito midiático, no sentido de
conseguir o que ele vem pedindo reiteradamente, o apoio popular, para tanto
buscou demonstrar como Lula age no submundo. Nenhum pedido cautelar, sejam
buscas e apreensões, a quebra de sigilo bancário e a condução coercitiva dele,
nada foi feito com base nas gravações. CONFERE
LÁ
Nota de rodapé: Conforme
já divulgado na postagem de ontem, as saudações “aleluia
irmão!” são por conta da equipeQ&M, em tributo a seita “Os missionários
das burras cheias” etc... etc... Aleluia!
“Acho muito boas as decepções recentes. Elas nos fazem
avançar, mesmo de lado, como siris-do-mangue. O Brasil evolui pelo que perde e
não pelo que ganha. Sempre houve no país uma desmontagem contínua de ilusões
históricas. Esse é nosso torto processo: com as ilusões perdidas, com a
história em marcha a ré, estranhamente, andamos para a frente. O Brasil se
descobre por subtração, não por soma. Chegaremos a uma vida social mais
civilizada quando as ilusões chegarem ao ponto zero. Erramos muito, quando
vivíamos cheios de fé e esperança - dois sentimentos paralisantes” Trecho da
crônica “Nosso atraso ficou atrasado” de Arnaldo Jabor/Globo – Leia
na íntegra