*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Especial Q&M

   
Em entrevista ao GLOBO, por e-mail, da França, a francesa Sophie Kasiki, autora de “Nas sombras do Estado Islâmico” (Editora BestSeller), explica o que a levou a trocar Paris pela Síria, e revela: “Vi muito claramente a hipocrisia desses estranhos que dizem que vão ajudar os seus irmãos.” Abaixo trechos desta entrevista:
Como vê o aumento de ataques terroristas na França? É uma ameaça real?
As atrocidades repetidas em toda a França ou outros países devem fazer os Estados se questionarem sobre como lutar contra o EI e seus ideais. Vemos bem que essas ameaças são reais e terríveis, já que qualquer desequilibrado alegando ser do Estado Islâmico é apoiado pelo grupo. E também devemos lutar contra os problemas sociais nas comunidades imigrantes, contra o racismo... para tentar evitar que aquelas pessoas que se sentem rejeitadas por nossa sociedade encontrem nessas formas de extremismo as respostas para seus males. [...].
Como você definiria a vida na capital do EI? O que foi mais assustador em Raqqa?
Eu compararia com a ocupação do Reich na França durante a Segunda Guerra Mundial (quando a França foi ocupada pela Alemanha nazista). Estes (extremistas) islâmicos saqueiam, roubam, matam e impõem seus ideais injustificáveis num país que não é deles. Muitas coisas são assustadoras em Raqqa: os jihadistas estrangeiros fortemente armados andando pelas ruas, o sentimento de medo que reina entre estranhos, e as milícias que circulam para monitorar todo mundo. [...].
Que argumento deles realmente a convenceu de que ir para Raqqa era uma boa ideia? Qualquer um pode ser atraído pela propagando do EI?
Com os jovens, troquei mensagens sobre o que eles viam nos hospitais de Raqqa. E meu desejo eterno de ajudar aqueles que mais precisam me levou até lá. O EI utiliza os mesmos métodos de doutrinação usados pela maioria dos cultos. Infelizmente, de muitas outras formas. Leia na íntegra

Comentário de rodapé: Toda a entrevista é impactante, mas as duas frases - em destaque – foram as que mais me chamaram a atenção, pois, involuntariamente - e respeitando as devidas “ideologias” -, parecem descrever o atual cenário da violência que, atualmente, se espalha Brasil afora. Substitua as palavras “jihadistas estrangeiros e EI”, respectivamente, por “facções de traficantes” e “Milícias”, que vai entender melhor.