“Eu achava que isso poderia prejudicar profundamente
a presidente Dilma. Eu, que ajudei de certa maneira a eleição dela, não seria a
pessoa que iria destruir a presidente. Nessa época já iniciava um processo de
impeachment" João Santana, dizendo por que não
admitiu que o dinheiro depositado em sua conta no exterior era para pagar
dívida de campanha de Dilma Rousseff na eleição de 2010
No fim do
depoimento ao juiz Sérgio Moro, [na quinta 21], o publicitário João Santana fez
uma espécie de desabafo. Abaixo a equipeQ&M
selecionou as melhores pérolas extraídas deste mexilhão fixado na parede da Grande
Muralha que circunda a Corrupção Brasileira:
-“Se tivesse o mesmo rigor que
está tendo comigo em relação a essas pessoas, teria uma fila saindo atrás de
mim que iria bater em Brasília, chegaria a Manaus. Poderia ser fotografada de
satélite.”
-Acho que precisa rasgar o véu da
hipocrisia que cobre as relações políticas eleitorais no Brasil e no mundo... ou
faz a campanha dessa forma, ou não faz.” [Em referencia a utilização dos
“caixas 2”].
-“Eu tinha consciência de uma
prática ilegal. Dinheiro sujo, jamais. Caixa dois não é necessariamente caso de
corrupção”. [Sobre o empresário Zwi Skornicki, que depositou US$ 4,5 milhões
numa conta dele na Suíça, mas não que ele e sua mulher soubiam qu era dinheiro
de propina].
-“Onde chega no nosso
conhecimento, [que] isso é caixa dois. Não se podem julgar personagens e
lendas, mas pessoas. Temos nossa reputação destruída nacional e
internacionalmente. Erramos, sim, não estou querendo piedade ou clemência.
Quero proporcionalidade, que o senhor, este juízo, consiga resolver essa
contradição.” Martirize-se
na íntegra